5 Motivos para Investir Dinheiro nos Títulos Verdes

Neste ano comemora-se o 10º Aniversário do 1º Título Financeiro de Dívida Verde emitido no Mundo… Mas, as mudanças climáticas continuam a acontecer e apresentar enormes desafios para todas as comunidades.

Os Títulos Verdes, chamados no original de Green Bonds, são Instrumentos Financeiros de Financiamento de Dívida que tem Recursos Voltados para a Economia Sustentável.

Apesar do cunho totalmente sustentável, os Títulos Verdes podem te fazer ganhar dinheiro, sendo que a parte financeira é tão importante quanto a sustentável, sendo que nenhuma exclui a outra.

Quando empresas ou o governo levantam recursos financeiros para investir em projetos que preservam o meio ambiente e que tenha foco no crescimento sustentável, toda comunidade global ganha, inclusive, o investidor financeiro.

Os Títulos Verdes e o BNDES

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) captou 1 bilhão de dólares para investir em projetos de geração de energia eólica ou solar por meio da emissão dos green bonds.

Essa é a 1º vez que um banco brasileiro acessou o mercado de títulos verdes.

“Os papéis têm características similares aos bonds convencionais, porém os recursos obtidos devem ser destinados a financiar projetos ambientalmente sustentáveis, atestados por uma empresa verificadora, especializada na área ambiental. No caso do BNDES, irão para projetos de geração eólica ou solar”, disse o BNDES.

O Banco ainda reforçou o seu caixa pra investir em projetos sustentáveis, com a captação de 300 milhões de dólares que será para o setor de bancos dos Brics, também investidos em energias renováveis.

Entre 2003 e 2016, o banco aprovou mais de 87 operações de financiamento para esse setor, que soma 28,5 bilhões de reais em crédito e aumentam a capacidade instalada em cerca de 10,7 GW.

Esses títulos de dívidas verdes serão listados na Bolsa Verde de Luxemburgo (a Luxembourg Green Exchange) e vencem em 2024, pagando taxa de 4,8% ao ano aos investidores.

“O sucesso dessa oferta de green bonds consolida a presença internacional do BNDES e proporciona uma série de benefícios, entre eles, reforçar a prioridade que o banco dá ao tema da sustentabilidade socioambiental; promover a difusão de melhores práticas de gestão socioambiental, incentivar o acesso de outros emissores brasileiros ao mercado e outros”.

Reprodução: Google

Conheça mais sobre os Títulos Verdes

Um estudo feito pela International Energy Agency estima que o combate efeito às mudanças climáticas custaria algo em torno de 1 trilhão de dólares por ano.

Teoricamente, esse é o preço que deve ser pago para evitar mudanças mais drásticas à vida humana – ou ao fim dela. A verdade é que houve avanços, mas estamos longe do investimento necessário.

Reverter os efeitos das mudanças climáticas não é tarefa apenas do pode público.

Em 2016, o mercado global desses títulos verdes movimentou algo em torno de “apenas” 81 bilhões de dólares. Para 2017, havia criado uma expectativa de dobrar o valor, chegando à, pelo menos, 130 bilhões de dólares.

Atualmente, a China é o país líder desses títulos, seguida por Estados Unidos, União Europeia e América Latina. O Brasil está entre os 24 países emissores dos Green Bonds no mundo, sendo que movimentou 3,2 bilhões de dólares até o momento.

“Estamos indo bem, mas não o suficiente bem. Apesar dos grandes progressos nos últimos anos, o mercado global de títulos verdes ainda é pequeno diante do enorme desafio das mudanças climáticas. A economia precisa mudar. Estamos falando em transformação do sistema financeiro mundial”, diz Sean Kidney, que é CEO e cofundador da Climate Bonds Initiative e que escreveu um artigo público na internet.

Outra iniciativa que está a par da situação é a Climate Bonds Initiative. Ela prevê que o Brasil invista 5 bilhões de dólares até o fim deste ano.

O objetivo dessa iniciativa é reunir e discutir propostas e oportunidades para que os investimentos verdes no Brasil atraiam capital em escala e instale no país o Conselho de Desenvolvimento Sustentável do Mercado, que será formado por instituições do mercado financeiro brasileiro, fundos de pensão, bancos, seguradoras e outros setores.

“O desafio agora é unir formuladores de políticas públicas e diversos atores do mercado local para criar condições que acelerem o fluxo de investimento verde, ao mesmo tempo em que proporcionem investidores institucionais, com retornos estáveis e de longo prazo”, afirma Kidney.

5 Motivos para Investir Dinheiro nos Títulos Verdes

Esses títulos de dívida emitidos por empresas e instituições financeiras visam viabilizar projetos com impacto ambiental positivo. Veja 5 motivos para investir neles.

1 – Título Verde x Título Comum

O título verde só pode ser emitido com o objetivo público e único de financiar projetos sustentáveis. Esse processo é feito por uma consultoria especial, responsável por avaliar se o recurso será de fato investido em ações ambientais e climáticas.

2 – Compromisso do Brasil

As empresas têm várias razões para se interessar pelas questão desses títulos – vamos citar nos próximos tópicos. Além disso, o Brasil assumiu o compromisso de reduzir emissões de carbono.

3 – Tendência Econômica

Assim que a situação se estabilizar, as empresas que tiverem mais preparo em relação aos títulos verdes terão vantagens. Se continuar nesse caminho, as companhias que assim fizer estarão prontas para operar no mercado.

A Apple, para ter uma ideia, emitiu 1,5 bilhão de dólares em títulos verdes para financiar projetos de energia renovável, armazenamento de energia, eficiência energética, construções verdes e conservação de recursos naturais.

A BRF – do Brasil – também vendeu 500 milhões de euros em papel verde para aumentar a visibilidade desses projetos sustentáveis.

4 – Novo Mercado

O país tem potencial gigantesco para investir em energia renováveis e, nesse sentido, os títulos verdes assumem o protagonismo e podem fornecer muitos recursos para o seu negocio.

5 – Preocupação com a Questão Ambiental

Novas portas para esse mercado serão abertas. Assim, é importante agregar um novo valor à imagem e mostrar como ações práticas estão em movimento com o desenvolvimento sustentável.

Com informações do correiobraziliense, g1 e cebds

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