Tesouro Direto com rentabilidade baixa – saiba se vale a pena investir

Você não precisa ser alguém que fica o dia todo focado nas notícias do mercado financeiro para se perguntar sobre o fato de valer a pena não investir no Tesouro Direto com rentabilidade baixa. Afinal, a taxa realmente baixou nos últimos meses.

Por outro lado, se a rentabilidade dos ativos do Tesouro baixou, com certeza, a da poupança e de outras aplicações da renda fixa também. Então, calma lá. Vamos analisar um pouco de tudo para saber se o Tesouro ainda vale a pena como renda fixa segura.

Isso sem deixar de considerar que os títulos podem ser comprados a partir de R$ 35 mensais e a maioria das corretoras de investimentos (e até mesmo alguns bancos) não cobram taxas para fazer a administração dos ativos dos títulos públicos.

A rentabilidade do Tesouro Direto

Desde o ano de 2016 o Tesouro Direto sofreu muito com a sua rentabilidade, de um modo geral. Atualmente, o Tesouro Selic rende 3,75% ao ano, o IPCA fica em torno de 4% no mesmo período e o prefixado pode chegar a 7,99%.

Em termos comparativos, saiba que em 2016 essas mesmas taxas estavam bem mais altas. O Selic estava a 14%, o IPCA batia 7,8% e o prefixado era mais de 16% ao ano. É praticamente o dobro do rendimento que temos hoje.

Resumidamente, se a gente analisar apenas esses números o que teremos é uma certeza só: o Tesouro Direto com rentabilidade baixa não vale mais a pena para ninguém. No entanto, nunca devemos olhar um lado só da moeda, concorda?

Sendo assim, o que devemos fazer é analisar as características do Tesouro com os seus atuais objetivos e a montagem de uma carteira de investimentos diversificada. Logo, a conversa começa a mudar porque o Tesouro tem ótimos atrativos para vários objetivos.

Os objetivos dos investimentos

Nessa parte do conteúdo, vamos explicar os objetivos com base nesses três ativos do Tesouro que foram mencionamos: o Selic, o IPCA e o prefixado. Dessa forma, ficará mais simples entender esse investimento sem pensar apenas na rentabilidade dele.

O Tesouro Selic é para quem quer guardar dinheiro no curto prazo, como para reservas de emergência, viagem de final de ano ou a troca do carro (no máximo daqui 2 anos). A ideia é que ele renda exatamente o que rende a Selic.

O Tesouro IPCA é para o longo prazo, como para comprar uma casa daqui há 10 anos ou para se aposentar no futuro. Logo, o rendimento é sobre o IPCA, que é o índice da inflação do Brasil. Ele segue esse movimento e rende um pouco a mais.

O Tesouro Prefixado é aquele que já tem uma taxa prefixada. Ou seja, você sabe o rendimento final antes mesmo que esse prazo chegue. Obviamente, é indicado para o médio prazo, já que você sabe o rendimento e saberá o prazo final também.

Mas, o Tesouro vale a pena ou não?

Para saber essa resposta só tem um jeito: comparando com as outras opções do mercado. Só que antes disso não devemos considerar o que é o Tesouro em si e como ele funciona. Afinal, hoje é considerado o investimento mais seguro do país.

Basicamente, a aplicação é conservadora e não trará os maiores retornos ao investidor. No entanto, isso não é ruim. Dentro da renda fixa, o Tesouro segue uma média de rendimentos – mesmo considerando o atual cenário do Tesouro Direto com rentabilidade baixa.

Para quem quer ganhar dinheiro rápido, a renda fixa não serve, de um modo geral. Então, para quem vai usar o Tesouro como diversificação da carteira, ele pode ser uma alternativa, sendo que é seguro e deixando para outros ativos mais arriscados a opção de rentabilidades maiores.

Isso sem contar que também é uma ideia inteligente para quem está começando a investir dinheiro. Até mesmo porque quase todos os títulos, quando respeitado os prazos de vencimento, acabam sendo melhores do que deixar o dinheiro parado na poupança.

Exemplo… De quando vale a pena!

Na internet, encontramos uma entrevista feita pela UOL com vários especialistas e eles afirmam quando o Tesouro vale a pena. A explicação está no fato de que você deve usar o título certo para o seu objetivo.

Um pouco disso já falamos acima, não é mesmo? Resumidamente, o Tesouro Selic é para o curto prazo, o Tesouro IPCA é para o longo prazo e o Tesouro Prefixado é para o médio prazo. Você se lembra disso, não é mesmo?

Logo, se a gente pensar em uma reserva de emergência, por exemplo, vamos ver que o Tesouro Selic é o único que dá certo. E quem explica é o Bernardo Pascowitch, da Yubb. “A queda da Selic afeta os títulos do Tesouro que tem componente prefixado”.

E completa, dizendo que “o Tesouro Selic rende menos, porém é o único em que a pessoa pode sacar a qualquer momento sem perder rendimento”. E ele ainda traz uma comparação com a poupança.

A comparação

Com base na data que ele fez as contas, o Tesouro Selic 2025 pagava a Selic (4,25%) e mais 0,02% ao ano. A poupança pagava 2,98% no ano e o fundo DI, com taxa de administração de 0,5%, estava pagando 3,29% ao ano. Logo, o Tesouro Selic era a melhor opção.

Tesouro Direto com rentabilidade baixa

A explicação é simples, apesar de ter o imposto de renda e o custo da bolsa de valores, que faz a negociação dos ativos, o Tesouro acaba tendo menos custos ou melhores rendimentos em meio as outras rendas fixas.

Por exemplo, a poupança rende apenas 70% da Selic porque tem uma nova regra, que está valendo desde 2012. Já o fundo DI tem a taxa de administração que corrói muito a rentabilidade. Então, o segredo é saber escolher o título certo para o seu objetivo.

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