Salário Bruto e Salário Líquido – Qual a Diferença? Invista do Jeito Certo

Quando estamos falando em investir dinheiro, sempre pensamos em porcentagens – obviamente, não se deve investir o salário todo em aplicações financeiras. Mas, o que se sabe é que os tutores do mercado financeiro recomenda investir, ao menos, 10% do salário todos os meses.

Mas, 10% sobre o salário… Seria sobre o Salário Líquido ou o Salário Bruto?

Afinal, qual a diferença entre eles? Mas, o que é, verdadeiramente, o salário? Entenda todas essas definições de forma simplificada e fácil para começar a investir dinheiro do jeito certo.

Basicamente, o valor cheio que recebemos dos nossos serviços prestados é chamado de Salário Bruto – o fato é que nunca vemos esse dinheiro todo na nossa conta.

Isso acontece porque do Salário Bruto são descontados os impostos do governo e outras tarifas, como o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e o Imposto de Renda. Aí, o valor que sobra é o que chamamos de Salário Líquido, que é aquele que aparece na nossa conta corrente todos os meses.

Obviamente, quanto mais alto é o salário, maior é o desconto do Imposto de Renda.

Visto isso, é preciso atentar-se ao fato de que ao se fazer um orçamento devemos considerar o Salário Líquido e nunca o Salário Bruto. É sobre ele que você deve calcular quanto poderá gastar no mês e quanto vai investir em aplicações financeiras.

Para nunca errar, ao saber quanto recebe mensalmente (Salário Líquido) fica mais fácil controlar os gastos, que devem compor uma planilha e incluir itens como as contas fixas (água, luz, condomínio, aluguel).

Basicamente, a maior diferente entre os salários são essas.

Mas, como não gostamos de fazer nada pela metade, vamos continuar o artigo mostrando alguns pontos importantes e que lhe devem respeito, como: quais impostos são cobrados no Salário Bruto obrigatoriamente e quais são opcionais. Confere aí…

Os Impostos cobrados no Salário Bruto que São Obrigatórios

Os mais comuns são os listados acima: INSS e Imposto de Renda. Mas, veja de forma geral todos eles que vão tirar uma boa porcentagem do seu salário real.

INSS – Instituto Nacional do Seguro Social

É uma contribuição feita para a Previdência Social.

Ela é calculada em uma tabela progressiva, sendo que quem recebe mais, paga mais imposto.

As taxas são variáveis, mas sempre ficam entre 8 e 11%.

A partir do dia 1 de Janeiro de 2017, as regras passaram a ser as seguintes:

  • Salário de até 1.659,38 reais tem o IR descontado em 8%,
  • Salário entre 1.659,39 e 2.765,66 reais tem o IR descontado em 9%,
  • Salário entre 2.765,67 e 5.531,31reais tem o IR descontado em 11%,
  • Salário acima de 5.5631,32 reais tem o IR descontado em 608,44 reais fixos.

IRRF – Imposto de Renda Retido na Fonte

É uma parcela do IR que se paga mensalmente, direto do Salário Bruto, quando o trabalhador está em uma faixa que lhe obrigue a declarar tal imposto.

O valor é feito em uma Base de Cálculo (Salário Bruto – Contribuição para o INSS – Pensão Alimentícia – Número de Dependentes x 189,59).

A partir dessa conta, o trabalhador vai pagar o imposto conforme alíquotas de 7,5% à 27,5%, também seguindo algumas regras específicas, veja:

Valor Calculado (R$)                       Alíquota (%)             Dedução (R$)

  • Até 1.903,98                                  0,00                       0,00
  • De 1.903,99 a 2.826,65                  7,5                         142,80
  • De 2.826,66 a 3.751,05                  15                          354,80
  • De 3.751,06 a 4.664,68                  22,5                       636,13
  • Acima de 4.664,69                         27,5                       869,36

Os Impostos cobrados no Salário Bruto que São Opcionais

Essa talvez seja uma das partes mais importantes do texto porque existem alguns valores que são tributados na folha de pagamento, mas que, de uma forma geral, não são obrigatórios permitindo ao trabalhador a opção de recusa.

Contribuição Sindical

Ela é dividida entre a Confederativa e a Associativa.

No caso da confederativa ela é sim obrigatória a todos os trabalhadores que tenham carteira assinada e o desconto é feito no valor de um dia de trabalho – onde a empresa faz o repasse do valor para o sindicato.

Já a associativa não é obrigatória, sendo uma opção para o trabalhador.

“A contribuição associativa tem alguns direitos oferecidos pelo sindicato, como colônia de férias, atendimento médico, dentista. Se o funcionário não tiver interesse  deve fazer uma carta de próprio punho – não digitada – com a sua assinatura relatando que não tem interesse e levar ela ao sindicato”, diz Marcelo Domingues de Andrade, advogado.

Plano de Saúde da Empresa

Existem empresas que desconta a cobertura do plano de saúde.

Para esses casos, a dica é analisar se a parcela paga é pequena e vantajosa ou não.

“Para planos de saúde, os descontos são, normalmente, de 40 a 100 reais e costumam valer a pena porque comprar a cobertura por fora da empresa sairia mais caro”, recomenda Marcelo de Andrade.

Aí, é preciso se atentar também as normas da empresa, que pode acrescer valores em determinados serviços, principalmente no caso de dependentes. Para este caso, a dica é falar com a área de Recursos Humanos e se informar.

Vale-Transporte

O vale-transporte é um benefício que o empregador oferece ao trabalhador, de forma a cumprir a lei. Ele não tem natureza salarial, portanto o valor nunca é incorporado à remuneração do empregado e nem entra nos cálculos do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço).

O custo é dividido entre a empresa e o funcionário e o desconto em folha de pagamento pode ser de até 6% do salário bruto, excluindo valores adicionais. Quando o gasto excede o valor, a diferença é paga pela empresa.

Existe um país onde todo mundo sabe o salário de todo mundo…

Veja o exemplo:

O funcionário recebe um salário de 2 mil reais. O desconto do vale-transporte é de 120 reais. Se o funcionário gastar 200 reais de transporte, então, a empresa pagaria 80 reais na diferença.

O vale-transporte também é opcional por parte do trabalhador, mas é muito importante fazer o cálculo porque nem sempre vale a pena.

Empréstimos e Convênios com outras empresas

Algumas empresas têm convênios com outras instituições, entre elas, as financeiras. Assim, elas podem optar por descontar os valores de empréstimos na folha de pagamento, mas esse débito só é feito sob autorização do trabalhador.

“Os juros são mais baixos, normalmente. Justamente porque há o desconto em folha, então a empresa que concedeu o crédito tem a facilidade e segurança na hora de receber o dinheiro. Dificilmente ocorre uma inadimplência”, diz Marcelo de Andrade.

Nesses casos, o funcionário poderia fazer um empréstimo com valor máximo de 30% do salário. Vamos falar disso no último tópico do artigo.

Também existem outros benefícios como o convênio com academias, cursos, entre outros.

“Todo e qualquer desconto deve ser descriminado no holerite do empregado, indicando o valor exato deduzido e a que título”, diz Verônica Veiga, que é advogada trabalhista.

Mas, atenção

Existe um limite para os descontos, mesmo que a empresa tenha a autorização. A lei diz que as consignações voluntárias, como são chamadas, só podem ser descontados mensalmente no salário se não ultrapassarem o valor máximo de 35% da remuneração disponível ao trabalhador.

Conceitos de Palavras-Chaves expressadas no Artigo

Salário

É um termo que indica a relação com sal, que era a forma de pagamento que os Soldados Romanos recebiam na época. Atualmente, o Salário é a remuneração que o trabalhador recebe pelo seu serviço.

Salário Real

É a remuneração ou o pagamento que uma pessoa recebe de maneira periódica, geralmente mensalmente ou que pode ser a cada 15 dias, por exemplo.

Salário Base

É uma expressão que se refere à remuneração que o trabalhador recebe de forma periódica. Normalmente, é o que foi combinado na assinatura do contrato.

Já o conceito “base” se destaca sem se importar com outras circunstâncias, sendo que esse valor será pago independente de qualquer mudança no mercado.

Salário Mínimo

O montante acordado por lei a ser pago como mínimo a todo trabalhador que estiver em exercício de atividade. A expressão surgiu no século 19 na Austrália e na Nova Zelândia. No entanto, cada país estabelece suas próprias normas.

Direitos do Trabalhador

É um conjunto de leis e regras que tem como objetivo regularizar e organizar os diferentes sistemas trabalhistas que caracterizam os ser humano.

Reprodução: Google

Os Financiamentos Financeiros são Feitos sobre qual Salário: Líquido ou Bruto?

Quando se faz um financiamento, como o imobiliário, conforme a lei, a Parcela Máxima deve ser Correspondente à 30% do seu Salário… Mas, qual salário? O Salário Bruto!

Portanto, vale ressaltar que o salário bruto não é aquele que você recebe em mãos – e isso é extremamente perigoso.

Vamos à uma breve exemplo para você entender um pouco melhor a situação!

O trabalhador tem um salário bruto (que está apenas na carteira de trabalho) de 4 mil reais. Então, uma instituição financeira qualquer poderia aceitar o financiamento para um pagamento mensal de até 1,2 mil reais, que é equivalente aos 30% do salário bruto.

Mas, o que se sabe é que o Salário Líquido (aquele que cai na conta corrente) é de aproximadamente 3.380,80 se descontados os impostos, de uma forma geral. Com isso, a parcela de 1,2 mil reais representaria 35,5% do valor recebido mensalmente.

Assim, sem dúvidas, haveria um comprometimento financeiro acima do que é indicado pelos analistas financeiros – o que pesaria muito mais no bolso.

Consideração Final sobre Salário Bruto e Salário Líquido

Conhecer as diferenças entre os salários, portanto, é extremamente importante para conseguir fazer esse tipo de conta e não se endividar no futuro – tudo vai depender do quão a sério você leva o seu planejamento financeiro.

O que é possível notar, além de tudo, é que em tempos de crise, muitos trabalhadores estão insatisfeitos com seus salários, a começar pela quantidade e porcentagem de impostos que são cobrados mensalmente.

1ª Parcela do 13º Salário é Liberada – 7 Jeitos Certos de Usar o Dinheiro

Sendo assim, se pudermos dar uma dica final é a de que todo trabalhador tem o direito de se reinventar, inovar, criar e fazer o que for possível para ter uma vida mais digna e com salários que realmente representem a sua importância dentro da empresa.

Uma forma de conseguir isso é tendo planejamento financeiro, em busca da independência financeira – afinal, você também não queria poder trabalhar por conta própria e receber seu ordenado conforme o seu esforço, sem ter que ficar dando satisfação ou engolindo sapo?

Pense nisso, comece a valorizar o seu dinheiro desde já!

Leitura Complementar – Guia Rápido para Ficar Rico com um Salário Mínimo

Vamos considerar, para facilitar as contas, que o salário dessa pessoa seja um pouco mais baixo – de 900 reais, tudo bem?

Como dissemos, a ideia deste texto é informar e mostrar algumas alternativas para se chegar à riqueza, logo não ficaremos apegados aos valores exatos e sim aos hábitos e comportamentos.

Quitar as Dívidas

Dívidas são todas aquelas contas que estão a mercê ou sob empréstimo de outras pessoas ou instituições. Sabe aquele pãozinho que você ficou devendo na padaria? É uma dívida. Assim como os legumes da quitanda, o transporte feito pelo seu vizinho, o uso do cheque especial, as compras no cartão de crédito.

Tudo é dívida. Especialmente, as compras parceladas, como financiamentos.

É claro que tem salário baixo encontra mais dificuldade na hora de conseguir um empréstimo bancário, porém, isso é possível por outros meios. O importante é entender que todo dinheiro que não é seu, é dívida e precisa ser paga.

Logo, o primeiro passo foi aprender com um valor de 630 reais e isso é realmente fundamental. Agora, outro passo importante é usar o restante, 30%, que dá 270,00 para quitar todas as suas dívidas.

Se elas forem muitas, então, o ideal é soma-las e notificar qual tem os juros mais altos ou qual é mais antiga, por exemplo. Mas, você não deve fazer nada antes de pagar todas as dívidas. Até mesmo aquela do dono da quitanda, que é o seu amigo.

O seu salário é de 900, dos quais 270 são para outros fins. Então, vamos supor que você esteja devendo algo em torno de 1 mil reais, que seria o equivalente ao seu salário total.

Então, poupando os 30% todos os meses, você vai precisar de, pelo menos, 4 meses para quitar as dívidas. Combinado?

É doloroso, mas não é impossível sair da atual situação e ir para a riqueza. Pense sempre nisso, afinal, “Após a Tempestade vem a Calmaria”.

Bem, apesar de ser muito difícil seguir esses passos, até aqui a teoria ficou fácil não é?

Se você quer acompanhar os próximos passos do Guia, Continue Lendo…

Com informações da UOL e GLOBO

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