Robô de investimento – as 10 dúvidas mais frequentes

Separamos algumas dúvidas frequentes entre nossos leitores sobre o tema de um robô de investimento: será que é arriscado, vale a pena, dá para confiar?

Por ser um algoritmo, os robôs tem facilidade em encontrar resultados.

Só que isso tem que ser analisado conforme o seu perfil para investir – que é a base de tudo.

“A gente monta portfólios para que eles tenham a melhor performance com o menor risco”, garante Tito Gusmão, que é sócio-fundador da Warren.

Nesse robô as aplicações são a partir de 100 reais para fundos do tesouro direto.

A Monetus também faz a gestão de carteiras, mas focada na alta renda.

“Escolhemos cada uma das ações que compõem a nossa carteira, acompanhamos de perto”, diz Daniel Calonge, presidente da empresa.

1 – O que os robôs de investimentos fazem?

Eles são programas que usam algoritmos para montar e balancear carteiras de investimentos conforme o perfil de quem está investindo.

2 – O que fazer para usar um robô de investimento?

É ter uma conta nesse programa.

Depois, seus recursos devem estar vinculados à uma corretora de valores para que a ação seja executada da melhor forma.

Alguns investidores deixam o programa funcionando em computadores remotos, quando se trata de investimento na bolsa de valores.

Para a renda fixa, os robôs são usados para saber onde e quanto aplicar em cada opção.

3 – Quanto custa investir em robô de investimento?

Esse é outro ponto importante a ser analisado porque para entender se um robô de investimento vale a pena é preciso considerar quanto ele custa, né.

Se de um lado os fundos de investimentos cobram altas taxas administrativas para fazer escolhas de ativos, por outro, essas fintechs também cobram um valor pela gestão.

Claro que os valores são variáveis, mas quase sempre os robôs são mais baratos.

Na Magnetis, para você ter uma ideia, as taxas são mínimas chegando à 0,40% ao ano no máximo! – os fundos podem chegar a 4% ao ano!

Outro ponto a ser analisado é justamente o seu risco, considerando que nem todos os produtos são garantidos pelo FGC (Fundo Garantidor de Crédito) ou pelo Governo Federal.

Bem, o importante é notar que um robô não vai te dar calote.

Isso porque ele faz apenas a gestão da carteira e o dinheiro deve ficar na corretora de investimentos e não nele.

Como citamos a Magnetis, saiba que no caso desse robô de investimento o valor ficará disposto na corretora Easynvest.

4 – É só ligar o robô de investimento?

Na verdade, como falamos em todo artigo, ele trabalha com o seu perfil para investir.

Sendo assim, pode demorar a entender as variações do mercado.

Logo, o ideal é que você ligue seu robô, mas esteja atento à ele sempre que possível.

Como quando entra em um fundo, você nunca deve fechar os olhos para sua aplicação.

5 – Robô de investimento é home broker?

Não.

Embora ambos tenham como objetivo dar autonomia aos investidores, essas plataformas são bem diferentes.

O home broker é uma ferramenta oferecida pelas corretoras de valores, que dá a chance de o investidor realizar compras e vendas de ações pelos traders.

Já o robô realiza uma estratégia de forma automática.

6 – Robô de investimento faz o que bem entender?

Todas as operações feitas pelos robôs são descritas conforme estratégias.

Um fator emocional pode prejudicar qualquer investidor e não necessariamente o robô.

Se você é atingido (emocionalmente) e muda seu perfil, o robô também será atingido.

Entenda que um robô investidor é customizável.

7 – Quais os benefícios do robô de investimento?

Sem pensar nas desvantagens, há alguns benefícios dos robôs de investimentos.

São eles: desconsidera o fator emocional, executa operações rapidamente, dá tranquilidade ao investidor na hora de investir, reduz erros durante a operação e dá para diversificar investimentos, além de outros.

8 – É preciso saber de programação para usar robô de investimento?

Não.

A sua única tarefa é confiar em uma empresa que cria o robô e, claro, manter-se atualizado sobre seus investimentos.

9 – Existem quantos tipos de robô de investimento?

Hoje em dia existem dois tipos de consultores-robôs. Confira…

I – Robô advisor

Ele faz a consultoria e a gestão da carteira de investimento de forma automatizada.

Os algoritmos usados analisam o perfil do investidor e os investimentos buscando o melhor mix de ativos para compor uma carteira de investimentos.

Ela pode incluir aplicações em renda fixa (como CDB, Letras de Câmbio, títulos do Tesouro Direto) e a renda variável (ações, câmbio e ouro).

Cada empresa pode ter um serviço conforme sua própria estratégia… Na maior parte das vezes, o foco é a diversificação dos ativos – que minimiza os riscos e maximiza o retorno no longo tempo.

II – Robô trader

O robô trader é um sistema usado para realizar operações de curto prazo, especialmente na renda variável.

É comum no uso das operações diárias (day trade)…

Esses robôs permitem que um investidor programe uma venda de emergência caso ela fique abaixo do patamar (stop loss) ou estipule uma venda de ações (stop gain).

Ele é muito usado para quem não tem tempo de acompanhar a volatilidade do mercado e quer tentar ganhar dinheiro no curto prazo.

10 – Qual o melhor robô de investimento do Brasil?

Essa é uma pergunta difícil de ser respondida, mas vamos nos ater a alguns fatores que podem te ajudar durante a sua escolha.

Atualmente, o mercado brasileiro tem alguns nomes importantes, como Magnetis, Vérios, Warren e Alkanza.

Confira as características de cada uma delas…

Vérios e Warren

A Vérios e Warren administram e fazem a gestão da carteira porque são gestoras de recursos credenciadas pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários).

A Vérios aplica em títulos do Tesouro Direto e ETFs.

E as aplicações partem dos 12 mil reais e os aportes adicionais são de 100 reais.

A taxa da vérios é de 0,95% ao ano e inclui as despesas dos produtos, a taxa de custódia e de corretagem, além de outras.

Já a Warren opta pelos fundos de investimentos da renda fixa e multimercados. E as aplicações são a partir de 100 reais.

A taxa da Warren é de 0,80% ao ano e inclui todas as taxas.

Magnetis

A Magnetis é uma consultora de investimentos e monta a sua carteira de investimentos. Tem como parceira a corretora de valores Easynvest.

Ela aplica em fundos DI, CDB, Letra de Câmbio, LCI, LCA, fundos multimercados e ETFs (fundos de índices).

As aplicações financeiras precisam ser a partir de 10 mil reais e os aportes adicionais são de 100 reais.

O custo total varia entre 0,49% e 1,18% ao ano – incluindo a taxa das aplicações (taxa de administração, de corretagem, outras).

Alkanza

A Alkanza é um robô que só faz recomendações de carteiras que é gerenciada pelos investimentos da corretora Rico.

Investe em títulos públicos do Tesouro Direto e ETFs. Além dos Fundos de Investimentos.

As aplicações financeiras são a partir de 3 mil reais.

As taxas são de 0,50% ao ano.

O percentual, porém, não inclui o custo de cada produto, que tem a taxa de custódia e de corretagem.

Bônus – Robô de investimento x fundo de investimento?

“O Brasil tem muitas distorções e os robôs acabam por não captura-las como um gestor profissional faz”, diz Gustavo Pires, head de fundos da XP Investimentos.

Para ele, está claro que os fundos de investimentos (quando com taxas de administração baixas) são mais vantajosos ao investidor.

Ele cita, por exemplo, o fato de o mercado nacional operar com base em notícias.

Isso daria certo, mas apenas em mercados como o norte-americano, onde as performances (de gestores e robôs) são similares a um custo mais baixo.

No Brasil, a queda Selic tornou o mercado muito mais volátil do que já era, ele afirma.

“No caso brasileiro, há diversos setores enormes pouco representados na bolsa, como telecomunicações e agronegócio”.

Agora, vamos ao outro lado da moeda – a opinião da Magnetis, através do seu diretor Vinícius Maeda.

Se você quer saber a opinião das próprias fintechs, melhor ler o artigo na íntegra: Robô de investimento vale a pena ou fundo de investimento é melhor?

Da redação

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