Lembre-se desses 5 cuidados ao avaliar a renda fixa com a Selic baixa

Muita gente tem falado sobre renda fixa com a Selic baixa. Para alguns influenciadores digitais mais agressivos, ela morreu. Mas, para os mais sensatos e moderados, ela ainda sobrevive. Inclusive, a renda fixa é uma opção de “porto seguro” para pequenos e grandes investidores.

Sendo assim, o que a gente poderia considerar sobre a renda fixa nesses meses em que a Selic está lá embaixo? Será que vale a pena ou é melhor esperar a economia melhorar? Tem ativos mais indicados? O que precisamos saber? A gente usou esse texto para trazer alguns cuidados.

Logo, a nossa ideia é que você possa fazer as próprias escolhas financeiras. No entanto, para evitar a dor do arrependimento, o ideal é conhecer os riscos, os rendimentos, os juros, entre outros detalhes dessas aplicações. Inclusive, é justamente isso que vamos explicar abaixo.

Os 5 cuidados na renda fixa

Com essa simples e objetiva introdução, vamos ao que interessa. Aqui nós temos os 5 principais cuidados para se ter considerando a compra de um ativo da renda fixa com a Selic baixa. São dicas simples, mas que fazem toda a diferença.

1 – A remuneração da renda fixa

A primeira coisa é entender qual é a remuneração da renda fixa. Como assim? Atualmente, ela é feita de forma prefixada, pós-fixada ou mista. De modo rápido, saiba que os títulos prefixados devem ser mantidos até o prazo final para terem lucro.

Enquanto isso, os pós-fixados vão variar conforme taxas, como o CDI (que fica próximo a Selic). Portanto, em época de baixa da Selic esses ativos acabam perdendo rendimentos, mesmo que sejam bons por serem mais líquidos. Já se for atrelado ao IPCA, ele pode ser mais vantajoso.

2 – Os pagamento dos juros na renda fixa

O próximo cuidado é só uma continuação do que falamos acima. Assim, saiba que o pagamento dos juros vai depender justamente da remuneração do ativo. Ou seja, em época de queda na Selic, quem aplica com base no CDI pode perder poder de compra.

Por outro lado, se o ativo for atrelado a inflação, então, ele pode ter melhores resultados. Mas, lembre-se que ativos assim costumam ser melhores no longo prazo, como para daqui 5 ou mais anos. Por isso, aqui temos o próximo cuidado.

3 – A liquidez dos ativos da renda fixa

Continuando a estudar a renda fixa com a Selic baixa, saiba que a liquidez importa muito. Oras, acabamos de falar disso, não foi? Ativos prefixados tendem a ser piores nesse momento. No entanto, são mais líquidos. Enquanto que os mais longos podem ser melhores.

Mas, o que quer dizer essa coisa de liquidez? Quanto mais líquido é um investimento, então, mais fácil fazer o resgate dele. Por exemplo, o Tesouro Selic e o CDB com liquidez diária permitem resgates em no máximo 2 dias. Logo, são bons para a reserva de emergência.

4 – O risco da renda fixa

Mais um ponto importante para o nosso estudo é sobre o risco da renda fixa. Afinal, sempre que vamos investir dinheiro em algo a gente precisa avaliar isso. Curiosamente, a renda fixa é para todos os perfis, do conservador ao arrojado.

O que vai mudar, geralmente, é sobre o risco de crédito. Porém, atualmente, uma boa parte da renda fixa dos bancos tem a segurança do Fundo Garantidor de Crédito. Mas, nem todos, ok? E os títulos públicos são garantidos pelo governo.

5 – A rentabilidade da renda fixa

Quando não se conhece tanto assim de investimentos, as pessoas pensam que a renda fixa vai ter um resultado final conhecido. Se for um ativo prefixado, isso é verdade. Mas, se for pós-fixado, não é verdade. Por isso, a importância de estudar os rendimentos.

Vamos supor um CDB com 100% do CDI. Oras, se a Selic está baixa, o rendimento será baixo também. Se a Selic sobe, o CDI sobe e o rendimento melhora. Para todo caso, lembre-se de avaliar o mercado, a economia, o prazo, as opções.

Só por curiosidade, saiba que em 2016 era raro encontrar CDBs acima de 100% do CDI. Atualmente, devido a Selic estar baixa, a gente encontra bancos menores pagando até 170% do CDI para CDBs de mais longo prazo. Entende a diferença?

Então, onde investir com a queda da Selic?

Para concluir o texto, a gente vai fazer o que mais gosta: deixar aqui uma bela de uma reflexão. Oras, com base em tudo isso que falamos acima pode ser que você não tenha encontrado uma boa renda fixa com a Selic baixa.

Nesse caso, pode ser que você tenha entendido alguma coisa errada. Mas, também pode ser que o seu objetivo ainda não esteja alinhado com o ativo que você quer comprar. Como assim? É isso mesmo: definir o objetivo importa muito na hora de investir dinheiro em qualquer lugar.

Ontem, a gente fez um conteúdo com o seguinte título: “Quer saber onde investir com a queda da Selic? Em qualquer ativo. Entenda isso”. Na matéria, a gente explica justamente a importância do objetivo. A partir dele, você pode aplicar em CDB ou ações, por exemplo.

Leia e tire as suas dúvidas sobre aonde investir com a Selic baixa.

Curiosidade – a renda fixa não é só para reserva

renda fixa com a Selic baixa
Brazilian money.

Acima, a gente falou bastante sobre o Tesourou Selic e o CDB com liquidez diária. Esses são ativos da renda fixa ótimos para a reserva de emergência. No entanto, saiba que também há ativos para outros objetivos financeiros.

Por exemplo, o Tesouro IPCA+ é muito bem visto para o longo prazo, pensando na aposentadoria. Inclusive, grandes investidores diversificam a carteira com esses papéis do Tesouro, complementando com a carteira de ações.

Portanto, saiba que a renda fixa é ótima para vários objetivos e para vários prazos.

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