Previdência privada vale a pena ou investir por conta própria é melhor?

Essa é uma dúvida muito comum na vida de muitos brasileiros e pode ser que um deles seja você. Afinal, parece que a previdência privada vale a pena porque com 35 reais por mês já dá para fazer isso pensando no futuro.

Mas, será que “quando o milagre é demais até o santo não deveria desconfiar”?

Investir por contra própria, por outro lado, parece trabalhoso: você tem que saber fazer contas, porcentagens, tirar as taxas e os impostos e conseguir ver, lá adiante, a rentabilidade líquida do que você investiu.

E, então, meus caros amigos… Planos de previdência ou investimento por conta?

O que a gente vê em todo mercado financeiro é muita gente apenas investindo na previdência por acharem que ela é vantajosa. “É um excelente negócio”.

Só que um negócio da China, né – e já vamos te falar os motivos disso.

Por outro lado, quem opta por investir por conta acha que esse é um péssimo negócio.

A questão é: como podem as opiniões serem tão diversas.

Previdência privada vale a pena ou não?

Temos que buscar essa resposta ao longo do texto.

Os números das previdências privadas

Hoje o Brasil tem 13 milhões de pessoas com planos de previdência privada.

Calma que isso não quer dizer que a previdência privada vale a pena.

Na real, conforme a FenaPrevi (Federação Nacional de Previdência Privada), os números são positivos: aumento de 7% nas contribuições no último ano.

Para Gilvan Candido, que é da Fundação Getúlio Vargas (FGV), a previdência privada vale a pena para quem não quer depender apenas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).

“Isso permite que a pessoa tenha uma renda mais adequada na velhice. Se a ideia é essa, a previdência privada vale a pena e você pode começar a investir o quanto antes”.

Vantagens e desvantagens da previdência privada

Agora, de forma breve, vamos mostrar as vantagens e desvantagens da previdência.

Mas, esse é só um começo do artigo, ao menos, para você ter uma ideia de onde vamos chegar.

Porque também vamos falar sobre os investimentos financeiros por conta própria as suas vantagens e desvantagens.

Vamos à previdência!

– A previdência privada não é um investimento financeiro.

– Ela é um misto de seguros com investimento.

– É um mercado regulado pela SUSEP.

– Os planos de previdência costumam ter duas etapas distintas (acumulação e resgates).

– Os fundos de previdência são pouco engessados.

– A previdência privada como uma forma de poupança forçada.

Então, de forma resumida, essas são as principais características para começar a entender se a previdência privada vale a pena.

Os planos da previdência privada

Existem dois planos de previdência, que são os planos PGBL e VGBL.

Qual a diferença deles?

No PGBL, o imposto pago é no resgate.

Então, se você aplicou 10 mil hoje e quer resgatar daqui 3 meses  vai pagar imposto sobre este 10 mil mais a rentabilidade.

Assim, você não paga mais imposto!

Só que por outro lado existe um benefício fiscal muito interessante que funciona da seguinte forma:

Para as pessoas que fazem a declaração de imposto de renda no formulário completo, eles podem deduzir da base de  cálculo do imposto de renda devido num dado ano tudo o que foi aplicado em planos PGBL até 12% dessa base de cálculo.

Logo, digamos que a base de cálculo que seja 100 mil reais… Então, essa será a base de cálculo para o pagamento do imposto de renda.

Dessa forma, você pode aplicar 12 mil em PGBL e a nova base vai virar 88 mil  a pagar imposto porque você tira 12 mil.

E lá no final, no resgate do plano, 12 mil mais a rentabilidade.

Mas esse é um benefício fiscal que na verdade é posterior e não é uma anulação do pagamento que pode ser bastante interessante se você escolher bem o seu plano de previdência e ficar com ele por um bom tempo.

Além do PGBL, temos o VGBL.

E a grande diferença para o PGBL é que não tem a mesma regra.

E nem podiam, né, porque não tem como ser reduzido da base de cálculo do imposto de renda.

Mas, também o imposto de renda é calculado sobre o valor do rendimento das aplicações.

Tem duas formas de tributação: Progressiva e Regressiva!

Na regressiva, as alíquotas vão caindo conforme o tempo.

E, assim, quanto mais tempo você manter seu investimento menos imposto você vai pagar.

No caso da tributação progressiva, ela é aquela mesma tributação da tabela de cálculo do imposto de renda.

Portanto, se você fizer um resgate de até 1.903 mil reais por mês, não paga imposto.

E depois, conforme for aumentando a faixa de resgate, vai aumentando o imposto a ser pago.

Regras mais flexíveis

Em setembro de 2017, o Conselho Nacional de Seguros Privados aprovou novas regras que possibilitam aos fundos de previdência privada que invistam até 100% dos recursos em ações.

Só que essa flexibilidade beneficiou [e muito] os agentes previdenciários, que agora podem cobrar também a taxa de performance.

Além da administrativa [vamos falar mais sobre taxas posteriormente].

Para os consumidores, a maior mudança é o fato de que ele vai poder receber os recursos da forma que desejar, ao longo dos anos ou de forma vitalícia.

Com isso, vale se orientar ainda pelo fato de que “o produto previdência privada nada mais é do que um fundo de investimentos com particularidades no que tange tributação e sucessão”, diz Daniel Sena, do Grupo Vermont.

“Assim, quem quer poupar para o seu futuro não tem que fazer isso necessariamente via previdência privada”, diz.

Ele fala isso ao citar o tesouro direto, que é uma ótima maneira de guardar dinheiro, de maneira conservadora, segura e rentável.

Vamos lá…

Para responder o que vale a pena investir em previdência privada ou por conta própria?

O que temos pela previdência, quais são as suas principais vantagens?

Primeiro, não tem incidência de come cotas!

Essa é uma antecipação de imposto de renda no fundo de investimento pago!

E segundo, se você escolher um fundo ruim, plano ruim dá para fazer a portabilidade sem fazer um resgate.

Então, escolheu um plano muito ruim de previdência do seu banco e quer trocar para um plano de uma seguradora independente, será que pode?

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Sim, desde que escolha uma empresa independente que tem um gestor melhor, taxas menores, condições melhor para você.

Daí, você pode fazer essa portabilidade sem perder a sua base de cálculo.

Você pode substituir a sua previdência, sacou?

A princípio, portanto, investir em previdência privada vale a pena.

Depois, a vantagem contra os investimentos financeiros feitos por contra própria.

Entenda que por conta própria é a sucessão patrimonial que é a não incidência do ITCMD (Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação) e também o fato dele não passar por inventário.

Os planos de previdência, em geral, não costumam ter incidência do ITCMD.

Só que essa é uma discussão jurídica que vai acontecer nos próximos anos, onde alguns estados querem passar a entender que existe sim a incidência do ITCMD.

Logo, uma previdência seria mais investimento do que o seguro.

Portanto, então alguns estados como Minas Gerais, Rio de Janeiro cobram o ITCMD.

Nesse caso, previdência privada vale a pena? Não.

Por outro lado, temos as desvantagens do investimento via previdência.

E quais são?

O primeiro ponto é o engessamento da gestão.

Existem regras que o gestor de um fundo de previdência deve seguir para investir o patrimônio.

Separamos alguns pontos sobre isso.

– 10 % de limite em aplicação atrelado ao exterior, limite do fundo.

– Há uma aplicação limitada em renda variável, não pode aplicar 100% na renda variável.

– Regras específicas em relação ao prazo de investimentos de alguns ativos.

– As taxas cobradas são bem altas comparando ao fundo de investimento.

Logo, taxa alta significa uma corrosão do retorno do seu investimento.

Quanto maior a taxa de administração do fundo de previdência menor vai ser seu retorno!

E por conta desses pontos, a rentabilidade é bem inferior a do investimento direto em ativos e ao investimento através de outros fundos de investimentos.

Em termos de rentabilidade, a previdência privada vale a pena? Não, ainda mais se comparamos com simples fundos de investimentos.

E os últimos três pontos negativos são:

– Gestão não personalizada, não tem a ver com seus objetivos financeiros.

– Risco do administrador.

– Falta de liquidez.

Quanto é possível acumular na previdência privada?

Bom, existem várias formas de simular a previdência privada.

Por exemplo, uma pessoa de 30 anos que declara o IR (Imposto de Renda) de forma simples, pode investir apenas 100 reais por mês e resgatar 135 mil reais aos 60 anos.

Isso considerando uma taxa de rentabilidade de 8% ao ano.

Aí, quando for resgatar, já pensando na aposentadoria, ela poderia optar por:

  • 60 recebimentos de 2,4 mil reais,
  • 120 recebimentos de 1,3 mil reais,
  • 180 recebimentos de 980 reais,
  • Ou uma renda vitalícia de 630 reais.

Outra simulação é a de uma pessoa de 40 anos que declara o IR de forma simples também, mas pode investir 200 reais por mês.

Então, aos 60 anos, com o mesmo rendimento, ele poderia ter um total de 110 mil reais acumulados.

Sendo um possível recebimento:

  • 60 recebimentos de 2 mil reais,
  • 120 recebimentos de 1,1 mil reais,
  • 180 recebimentos de 815 reais,
  • Ou uma renda vitalícia de 552 reais.

Agora, uma última simulação é de uma pessoa com 18 anos, na fase jovem, que pode poupar apenas 60 por mês.

Então, ao chegar à velhice dos 60 anos, o valor total seria de quase 220 mil reais.

E o resgate poderia ser:

  • 60 recebimentos de 4 mil reais,
  • 120 recebimentos de 2,1 mil reais,
  • 180 recebimentos de 1,5 mil reais,
  • Ou uma renda vitalícia de 1 mil reais.

Note que todos esses números foram simulados e podem ser alternados. A saída é fazer novas simulações sempre que possível, inclusive, junto à um especialista.

E agora, acha que a previdência privada vale a pena?

O que é preciso saber antes de contratar uma previdência privada?

Existem muitas informações que você tem que conhecer antes de fazer essa escolha.

Uma delas é quanto a taxa, aliás, as taxas.

Elas são de: carregamento, administração, corretagem, etc.

Confira mais informações importantes que você tem que conhecer.

Separamos alguns tópicos que aconselham você a não investir em previdência.

Confira os motivos e pode discordar se você achar que vale a pena!

Taxa de Administração

A maioria dos fundos de capital inicial baixo cobram taxas altas.

Essa informação é da consultoria NetQuant, especializada em previdência, que, através de uma pesquisa, mostrou que a média das previdências no Brasil é de 2,85% ao ano.

Para se ter ideia, essa é uma taxa mais alta do que a média dos fundos de renda fixa comuns, que, no varejo, é de 2,39% ao ano.

Então, já podemos concluir que a previdência não compensa? Depende.

Se você é um cliente de alta renda, com certeza, vai ter uma taxa menor, o que pode fazer vale a pena.

Com seguradoras, por exemplo, é possível conseguir taxas de 1,5% ao ano.

Uma opção é apostar nas Rendas Fixas com taxas que não ultrapassem 1% ao ano e, dependendo dos rendimentos, uma taxa de 1,5% ao ano também torna-se aceitável.

Taxa de Carregamento

É uma taxa adicional dos fundos de previdência e, a cada aporte, ela é cobrada.

Em números, é assim: se você investe 100 reais e a taxa de carregamento é de 1%, apenas 99 reais serão, de fato, investidos.

A notícia boa é que existem alguns fundos que isentam essa taxa e outros bancos, de grande porte, oferecem essa taxa, mas de maneira regressiva, ou seja, com o tempo, ela pode chegar à zero.

Falsas Simulações

Sabe aquela simulação que fizemos lá no começo do texto? Então, as vezes, ela pode ser irrealista, surreal.

Isso acontece porque, muitas vezes, o seu gerente não levará em consideração a inflação do período (ainda mais se for longo) e ele pode usar, para tal, um juros baixos, que é o que não acontece, de fato.

Se você quer fazer uma simulação real, o indicado é usar algo em torno de 2 ou 3% ao ano.

Com a atual Selic a 8% ao ano, e com a tendência de que os rendimentos reais dos fundos caiam, devemos considerar ainda que os fundos de previdência tornem-se ainda mais modestos.

Investimento Conservador

Ainda se formos pensar em longo prazo, o investidor tem a opção de pensar em investimentos menos conservadores.

Tais como aqueles que tem uma porcentagem voltada para a renda variável e fazem esse percentual regredir à medida que o tempo passa.

Imposto de Renda

Na Previdência, a modalidade do PGBL permite que se abata o valor das aplicações em um valor de 12% da renda tributável, já o VGBL não permite o mesmo.

Assim, o PGBL só vale para quem faz a declaração completa do Imposto de Renda.

Vamos ser didáticos: quem fizer o PGBL e usar a declaração simples do IR, vai pagar o IR duas vezes.

De forma geral…

“As taxas são elevadas e os benefícios fiscais, muitas vezes, não compensam. A maioria dos planos que valem a pena são aqueles que tem contrapartida da empresa”.

“Evidentemente, as pessoas precisam se preocupar com a aposentadoria, mas isso não significa fazer o plano da Previdência”.

A frase acima é do professor de finanças Samy Dana.

Então, dito esses pontos da previdência, vamos para o investimento por conta própria.

Quais as vantagens de investir por conta própria?

Separamos outros itens.

– A carteira é totalmente personalizada de acordo com seus objetivos.

– Há uma melhor carteira de investimento para cada pessoa.

– Parte dos seus ativos pode possuir a garantia do fundo garantidor de créditos.

– Existe regra de isenção de imposto de renda por alguns ativos e algumas situações.

– LCI e LCA não possui incidência do imposto de renda.

– Taxa o investimento é feito de forma direta, né.

Vamos entender: o que faz um fundo?

Pega o dinheiro dos cotistas e cobra uma taxa por isso!

Depois, investe em alguns ativos e por conta própria você pode ir lá direto e investir os mesmos ativos que o fundo compra.

A totalidade tende a ser maior se você souber fazer de forma bem feita.

E por fim, temos as desvantagens do investimento por conta própria:

– Falta de benefício fiscal do imposto de renda.

– Questão do complemento da empresa que poderia estar na vantagem da previdência.

Planos corporativos

Existem planos de previdência privada que são planos corporativos.

Grandes empresas oferecem por seus funcionários esses planos.

Só que eles possuem uma regra em que o funcionário pode investir até o limite de X reais por mês e a empresa complementa esse aporte.

previdência privada vale a pena

Quais as opções de investimentos por conta própria?

Por ser um objetivo de longo prazo, a aposentadoria aceita praticamente todos os tipos de aplicações financeiras, desde a renda fixa até a variável.

Selecionamos algumas delas, com exceção do Tesouro Direto e da Previdência Privada, ambas já citadas neste artigo.

Considere que estamos apenas citando e não dizendo qual é a melhor, ok?

Debêntures

São papéis emitidos pelas empresas para financiar investimentos, geralmente, da construção civil.

Para atrair os investidores, a rentabilidade costuma ser alta (acima da poupança e do tesouro, por exemplo).

Além disso, é muito aconselhável para a aposentadoria porque tem prazos longos.

A desvantagem, porém, é o fato de que o investidor fica “impossibilitado” de vender antes do vencimento – perdendo o que é chamado de liquidez.

O custo tem a ver com o imposto de renda e segue a tabela regressiva. Mas, todas as debêntures que são de infraestrutura tem a isenção do IR – o que maximiza o rendimento.

Imóveis

São casas, apartamentos, terrenos, empreendimentos… Comprados com o objetivo do lucro – ganhar dinheiro.

A vantagem é que é um patrimônio líquido e sólido – o que aparenta dar segurança ao investidor.

Mas, a desvantagem pode acontecer na hora da venda e com as desvalorizações dos valores, inclusive, do aluguel.

O aluguel, inclusive, costuma ter rendimento igual da poupança (0,5%).

Além disso, os custos são altos porque envolvem taxas de cartórios, juros dos bancos (em caso de financiamentos), Imposto de Renda e outros.

CDB (Certificado de Depósito Bancário)

São títulos emitidos pelos bancos e tem rentabilidade maior do que a da poupança. Também tem a garantia do FGC e costuma ser fácil de vender – sendo que o próprio banco faz a compra.

A desvantagem, porém, é quando há o risco de calote (mas que é mitigado pelo FGC).

E, com o cenário de queda de juros, o rendimento pode ficar abaixo do esperado, sendo recomendado apenas os ativos para o longo prazo, acima de 5 anos.

Há a incidência do imposto de renda.

LCI (Letra de Crédito Imobiliário) ou LCA (Letra de Crédito do Agronegócio)

São títulos emitidos pelos bancos e que tem lastro no crédito imobiliário e rural.

A rentabilidade é alta se comparado com os ativos citados e a garantia também é do FGC.

A rentabilidade cai em cenário de queda de juros, o que é uma desvantagem. E, além disso, os valores iniciais costumam ser altos, a partir de 20 mil reais para começar a investir.

É isento de imposto de renda.

Fundos de Renda Fixa

São títulos públicos e de empresas, mesclados.

A vantagem é que o investidor não precisa fazer a escolha individualmente, já que um gestor do fundo faz toda a gestão.

Além disso, há a facilidade para vender o título e os prazos não são um problema.

Por outro lado, as taxas de administração costumam ser elevadas e isso pode corroer os ganhos do investidor.

Além do mais, não há garantias do FGC.

E há incidência do IR.

Fundos de Ações

São fundos que compram ações de empresas na bolsa de valores.

Eles também têm um gestor ativo que fazem a carteira render mais através do estudo dos índices de referência do mercado – logo, o investidor não tem tarefas mais difíceis a não ser optar pelo fundo.

Do lado ruim, a renda variável não permite ter uma renda fixa, portanto, pode haver perdas.

Em se tratando de aposentadoria, os especialistas comentam que quanto mais perto desse prazo o investidor está, menos exposto ao risco ele deve ficar.

Essa é uma dica.

Nos fundos de ações há o imposto de renda sobre o ganho, além da taxa de administração, de performance, de entrada e de saída.

Fundos Imobiliários

São fundos que compram imóveis e terrenos.

É uma forma de investir no mercado imobiliário – e é muito mais barato do que comprar um imóvel. Alguns desses fundos pagam rendimentos mensais.

O lado negativo é que as cotas são negociadas na Bolsa de Valores, logo, podem variar também, como toda renda variável.

O ideal é ter uma carteira que diversifique o risco.

O imposto de renda é sobre o ganho também.

Fundos Multimercados

São opções que investem tanto na renda fixa quanto na variável, incluindo, as moedas.

Isso ajuda no investidor a diversificar seus investimentos e pode ter boas rentabilidades – maior do que as opções conservadoras.

A desvantagem é que pode oscilar entre ganho e perda – e não é indicada, portanto, para quem não tem sangue frio, como se diz.

Além disso, há taxas de desempenho e administração elevadas do que outros fundos.

Há a incidência do imposto de renda e taxas.

Ações

São parte do capital das empresas e são negociadas na bolsa de valores.

Elas podem render mais do que os fundos de ações, conforme o papel e as perspectivas da economia no país.

A desvantagem é que podem variar e ter dificuldades na hora da venda.

Tem custo de operação de compra e venda e do imposto de renda também, além da corretagem.

Previdência vale a pena ou não vale – melhor por conta própria?

Agora, vem a resposta para essa pergunta: o que vale a pena investir em através de previdência privada ou por conta própria?

Na maioria dos casos, a indicação é investir por conta própria!

Isso porque você investe direto nos ativos.

E os custos de previdência são realmente bastante elevados, maiores do que o custo de um fundo de investimento que já é de certa forma elevada.

E a carteira personalizada é algo assim que não tem preço!

Ter uma carteira aí com a sua cara, com ativos que faz sentido para você, por seus objetivos financeiros é uma diferença muito grande.

Mas, o fato de eu dizer que na maioria dos casos, é mais vantajoso fazer a gestão direta nos ativos não quer dizer que a previdência não deve ser considerada.

O que pensamos é que a resposta não pode ser uma visão binária “é melhor previdência ou é melhor conta própria”.

É que a gente diz que optamos por conta própria hoje.

Mas, tem alguns casos que a previdência pode ser um bom negócio para o investidor.

Cada caso é cada caso, então, confira esses exemplos!

– Quem faz a declaração completa do imposto de renda, então usa os 12% de investimento.

– Para quem quer liberar parte do seu patrimônio para seus herdeiros.

– Para quem é um empregado de uma empresa que iguala as contribuições.

Nesses 3 casos acima, a previdência privada vale a pena, talvez mais do que investir por conta própria.

Então, tudo vai depender do que você prefere, do que você quer, dos seus objetivos financeiros, da sua vida atual, da sua disciplina.

E agora, responda você: previdência privada vale a pena?

Se você tem dúvidas ainda, confira abaixo uma comparação das previdências com o Tesouro Direto.

Previdência Privada ou Tesouro Direto?

Fernando Meibak é especialista no assunto e diz que a melhor maneira de poupar dinheiro para o futuro é adquirindo títulos do Tesouro Nacional, por ser o investimento de menor riscoda economia atual.

“Se capaz de aplicar pequenos valores mensais não é empecilho para você investir no Tesouro direto, sistema de compra de títulos públicos que aceita valores a partir de 30 reais”.

Ele também fala do baixo custo porque nos planos de previdência privada, as taxas cobradas são altas, além de serem somadas a taxa de carregamento, de administração e outras.

“O que afeta a rentabilidade do investimento no longo prazo e geralmente torna este produto menos vantajoso do que aplicações feitas pelo programa”.

No Tesouro Direto, vale lembrar a taxa cobrada é de 0,30% ao ano – sobre o valor dos títulos pela custódia dos valores.

Também há um valor por cada negociação feita, mas as corretoras nem costumam cobrar isso.

Para o especialista, a recomendação é o Tesouro IPCA+, que paga uma taxa de juro prefixada mais a inflação (conforme variação no período).

5 comparações entre o Tesouro Direto e a Previdência Privada

Separamos 5 comparações para mostrar as vantagens e desvantagens dessas 2 formas de aplicar dinheiro pensando no longo prazo, confira!

1 – Rendimento

Nem há muito que falar… O rendimento do tesouro é bem melhor.

Isso acontece porque as taxas de administração das previdências são altas, sempre acima de 0,5%… Enquanto no tesouro é apenas 0,3%.

Os pequenos investidores são os que mais sofrem com as taxas altas. Imagine um deposito de 100 reais… Essa pequena porcentagem faz muita diferença, sim.

Além disso, os títulos públicos têm rendimentos atrelados a Selic (juros), ao IPCA (inflação) ou ser prefixado.

Já na previdência privada, o rendimento é variável porque aplica em juros, câmbio e bolsa – o que dificulta a comparação, além de tudo.

2 – Tributos

A alíquota do imposto de renda acontece de forma regressiva e incide sobre os rendimentos.

No caso da previdência, a diferença é que ela pode ser feita de duas formas: a regressiva ou a progressiva.

Na prática, funciona assim: no VGBL o imposto é sobre os rendimentos e no PGBL é sobre o valor total acumulado.

Não há vantagens ou desvantagens, tudo vai depender de como o investidor faz a sua declaração do IR.

3 – Sucessão

Essa talvez seja o único ponto no qual a previdência leva vantagem sobre o tesouro.

Quando o segurado morre, a sucessão é dos beneficiários e isso não entra em inventário.

No caso dos títulos públicos não há esse benefício.

4 – Portabilidade

Não que isso seja uma vantagem, mas na previdência privada é possível fazer a portabilidade para outras aplicações – para outros fundos sem que se perca o prazo relativo do IR.

Isso tem acontecido de forma constante quando os investidores percebem que o rendimento da previdência não é dos melhores.

No caso do tesouro, não há essa portabilidade, mesmo porque ela nunca tornou-se necessária.

5 – Formas de Investir

Os dois têm formas diferentes de investir dinheiro.

No caso do tesouro, tudo é preciso ser feito pelo site da Bovespa.

Só que aí basta ter uma corretora de valores, um banco ou mesmo uma instituição financeira.

Até o Nubank tem feito investimentos no tesouro.

No caso da previdência, ela pode ser conseguida em bancos e instituições financeiras. Algumas empresas optam por fazer isso de forma automática – neste caso, é preciso analisar com cuidado: os custos, rendimentos, valores.

Com informações do Youtube

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