Orçamento financeiro: 3 passos para um casamento feliz

Hoje o assunto é totalmente familiar: vamos falar de filhos, de conta em conjunto, de casamento e também sobre o orçamento financeiro.

Será que tem como unir tudo isso e manter o equilíbrio?

Primeiro, vamos falar dos filhos, que é onde a educação financeira começa a ter importância para formar um adulto consciente.

Depois, vamos direto ao ponto crucial deste artigo, o relacionamento.

Os tópicos que vão seguir são:

  1. Casamento é sinônimo de conta conjunta?
  2. Como convencer a família de suas escolhas financeiras?
  3. Não deixe o dinheiro acabar com seu casamento!

Agora, por enquanto, o tema central são os filhos. Bora lá?

Isso tem a ver com o futuro dos seus filhos, mais especificamente sobre como educá-los para a inteligência financeira na adolescência.

Você sabe como prepará-los para que se tornem adultos financeiramente conscientes para suas escolhas?

Provavelmente não e isso não é culpa apenas sua. Por um lado, os pais tem deficiência em ensinar sobre o dinheiro para os seus filhos.

Mas, isso decorre do fato de nunca terem aprendido sobre o tema.

O fato é que uma hora ou outra isso vai precisar acontecer.

E se você está tendo a chance de ensinar educação financeira para os pequenos e adolescentes, faça isso imediatamente.

O mundo preciso de pessoas mais bem preparadas financeiramente.

O crescimento dos filhos

A adolescência traz uma série de novos desafios financeiros para os pais.

Demandas que até então não existiam, como: roupas da moda, viagens, passeios com amigos, presentes para os namorados e as namoradas…

Tudo isso se soma ao aumento nos gastos, com: mensalidade escolar, material didático, cursos preparatórios, entre outros gastos domésticos e que fazem parte da idade.

Para piorar um pouco mais isso (e por um capricho da natureza da nossa sociedade) essa fase coincide com o período em que o pais passa a considerar uma redução no ritmo de trabalho em meio às neuroses da maturidade.

É por isso que esta é uma ótima fase para estabelecer limites financeiros!

Isso vai ajudar os filhos a se tornarem adultos independentes.

E uma das formas de fazer isso é passar a dar mesada para os jovens em valores compatíveis com o orçamento da família e com sua realidade social.

É incrível como alguns pais temem confiar recursos aos filhos adolescentes com receio de que eles cometem loucuras impensadas.

Só que não é a disponibilidade de dinheiro que leva o jovem fazer bobagens, mas sim a falta de orientação ou de confiança dos pais em relação a ele.

Que tiro foi esse, amigos? Verdade seja dita!

Educação financeira infantil

A mesada, além de custear a independência dos filhos, é uma ótima experiência para que eles aprendam se disciplinar em relação ao uso do dinheiro.

E também é uma ótima desculpa para que pais e filhos conversem sobre dinheiro.

Se você acha que nunca teve oportunidade para isso, está aí a prova de que tem sim.

Sempre há uma chance de falar sobre dinheiro com os filhos. Sempre!

Por isso, a sugestão é que antes de estabelecer um valor para distribuir aos filhos, você converse com eles, identifique os possíveis gastos semanais.

Faça o seguinte: monte um pequeno orçamento financeiro, negocie e se proponha a entregar um valor um pouco inferior ao que eles demandam.

Isso é importante para dar a ele a lição de que a vida é feita de escolhas e de que eles terão de fazer essas escolhas de consumo.

Mesmo em meio a restrições no orçamento que receberam.

Mas, e quando os filhos não conseguem controlar o dinheiro e resolve pedir um extra para realizar seus muitos anos de consumo?

Nesse caso, há duas atitudes que você pode tomar.

I – Os empréstimos!

Quando o dinheiro da mesada é insuficiente, a prática de emprestar em troca de juros pode ser um ótimo ensinamento do bom uso do dinheiro.

Afinal, é isso que acontece na vida real, não é?

É uma forma de o jovem perceber os prejuízos que os juros trazem para a sua vida.

Eles acabam passando a controlar melhor o seu dinheiro para evitar pagá-los.

Mas, não se esqueça: não perca a oportunidade de explicar ao jovem, com cálculos, o efeito do descontrole financeiro.

Seu objetivo sendo pai e mãe não é ganhar juros, mas usar essa ferramenta como forma de educação financeira.

E acredite: a dor da perda educa muito mais do que o afago do amparo.

Agora, se ainda assim ele não entender a desvantagens de estar sempre no vermelho, você pode partir uma forma de disciplina que gera resultados verdadeiramente fantásticos.

II – O sistema de envelopes!

E essa é muito simples.

Quando o filho tem problemas financeiros frequentes, oriente para que eles dividam o dinheiro disponível para cada atividade em um envelope diferente.

Isso vai gerar uma saudável sensação de escassez no seu filho.

Quando o dinheiro do envelope acabar, ficará impedido de fazer essas despesas específicas até a próxima mesada.

E no mês seguinte e vai pensar duas vezes antes de fazer o tipo de consumo por impulso que levou a essa situação.

Funciona mais ou menos como o orçamento doméstico que todo mundo deveria fazer.

Reserve um tempo para discutir e rediscutir esses valores de mesada com seus filhos – pode ser uma vez por semestre, uma vez por ano.

A medida que eles buscarem maior autonomia, ofereça uma mesada mais polpuda para que eles próprios assumam suas despesas.

Isso tem a ver também com e administrar os gastos com educação, lazer e alimentação fora de casa.

Isso vai fazer toda a diferença para que eles se tornem adultos financeiramente inteligentes para tomarem decisões melhores ao longo de toda a vida.

orçamento financeiro familiar
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1 – Casamento e conta conjunta

“Eu quero saber se você aconselha os casais a unirem seus ganhos ou dividirem suas contas. Você acha que unindo tudo pode dar menos brigas”?

Essa é uma dúvida muito frequente na vida de muitas pessoas, especialmente dos casais novos, recém-casados, que passam a morar juntos – e dividir gastos.

Quando você coloca aqui, unir ou não unir as finanças – o que isso quer dizer?

Colocar tudo em conta conjunta ou simplesmente dividir as contas cada um contribui? Essa é a questão.

Na verdade, deixa muito claro nos livros de casais que não é a questão de juntar ou não juntar as contas que é o mais importante.

O grande segredo é juntar o planejamento!

Se o casal sentar juntos e discutir os seus planos, projetos, fazer contas juntos, saber de onde sai cada dinheiro e para onde vai o dinheiro que está na conta de cada um…

Então, não é necessário juntar as contas porque o próprio planejamento conjunto dirá se será mais oportuno para a casa ter apenas contas conjuntas.

Simplifica o processo de unidade.

Por exemplo: aumenta o relacionamento bancário ou de repente o casal entende que um dos dois até uma conta própria.

Então, não é questão de estar tudo junto.

Não!

Até porque em uma eventual separação ou falecimento, tudo pode ficar ainda mais complicado.

O casamento no contrato

A questão do que é de cada um está definida desde o começo no contrato de casamento, na certidão de casamento e tem vários tipos de certificar isso:

com comunhão de bens, comunhão de separação de bens, enfim, não importa se o dinheiro está toda em uma conta ou em outra.

Agora, se a dúvida fica persistente, é muito mais fácil focar no planejamento, especialmente quando ele é discutido a dois, com transparência.

Mesmo que eu não levo jeito para discussão, mesmo que eu não queira participar, mesmo que um dos dois não tenha muita habilidade de controlar, organizar, fazer escolhas.

E importante que no planejamento em conjunto, aquele que se envolve menos, tenha pelo menos uma visão do quanto se tem.

E também de onde vem o dinheiro, como se investe, de que maneira escolhe.

Isso para que todo esse planejamento seja conduzido com tranquilidade e não fica aquele sentimento de infidelidade financeira.

Isso pode até influenciar toda relação pessoal e evoluir com o sentimento de traição no futuro.

Conversem bastante, pratique o autoconhecimento, seja transparente que isso facilita a sua relação financeira, como uma relação conjugal também – planos unidos.

2 – A família e as escolhas financeiras

“Meu noivo e eu estávamos tentando comprar um apartamento, mas os juros do financiamento estão absurdos. Decidimos partir para um aluguel. O problema é a família”.

Essa é outra questão pertinente na vida das pessoas – afinal, como lidar com a família, com a opinião conservadora da família, com as justificativas?

Como convencê-los da nossa escolha?

É o seguinte: o primeiro ponto importante é você entender que o projeto de vocês é de vocês.

Haverá discórdia, algum tipo de rejeição, mas se vocês estão confiantes de que vão tomar a decisão correta, siga o caminho de vocês!

E façam isso com base no que estudaram, com base no que calcularam, com base nos planos de vocês!

O segredo é aguentar o tranco de reclamações, pois o tempo dirá que vocês estão corretos, o tempo dirá que vocês fizeram a escolha certa.

Agora, obviamente, pelo respeito que vocês têm aos pais de vocês e parentes que devem prestar contas, existe outro caminho.

O caminho de provar com números que vocês estão no caminho certo!

Se por um lado vocês apresentam a família um tipo de ideia, tem que mostrar também a simulação que fizeram com o cenário que foi construído.

As contas que fizeram, especialmente.

Considerando que um aluguel, por exemplo, seria mais barato e ainda sobraria dinheiro para investir.

E uma poupança trará certa flexibilidade para atender a possibilidade de investir em uma pós-graduação ou em qualquer mudança de planos.

Responda: quais os resultados que encontramos ao projetar certa evolução na renda, na carreira, e na evolução da moradia na medida em que se mostra necessárias?

Faça as contas

Simulem isso e mostra essa simulação para a família!

É assim que você convence parceiros, principalmente pessoas queridas.

É assim que traz pessoas junto para o time.

Se vocês lidam com argumentos consistentes, sólidos, contas bem feitas, não há porque se questionar.

Alguns vão resistir a entender, mas com passar do tempo vocês conseguirão mostrar as pessoas queridas que estão no caminho certo, usando argumentos consistentes.

3 – O dinheiro acaba com casamentos

É comum que um casal priorize decisões que garantam o bem estar familiar no início da vida a dois, como:

  • o custeio da casa própria,
  • da aposentadoria,
  • dos seguros,
  • da educação dos filhos.

Mas essa aparente ordem no planejamento das finanças podem rapidamente se tornar uma verdadeira ameaça à estabilidade da relação.

Quando um casal esgota seu orçamento financeiro por focar todos os seus rendimentos nessas decisões (ditas importantes) acaba se impondo limitações.

Que são limitações excessivas aos gastos com lazer e bem estar.

Pode não parecer à primeira vista, mas tem algo bastante errado nesse raciocínio.

Planos feitos por cada um dos envolvidos na época em que ainda eram solteiros, como:

  • investimento na carreira,
  • cuidados com o corpo,
  • viagens e
  • poupanças para objetivos individuais…

Acabam ficando limitados.

E anular a individualidade de cada um, pode tornar a vida a dois um grande fardo.

Pense na frustração dos envolvidos que quando solteiros ambicionavam conhecer o mundo, fazer trabalho voluntário ou estar na moda…

E, de repente, não conseguem mais atingir nenhum desses objetivos por causa dos projetos familiares.

Isso seria um estorvo, não é? O que é péssimo para o casamento.

Equilíbrio dos sonhos

Ou nos casais que fazem exatamente o contrário e tornam o casamento uma competição por conquistas ao focar apenas nas suas escolhas individuais, esquecendo do que os levou a começar uma vida juntos.

É por isso que o planejamento familiar tem que levar em consideração, sempre, o equilíbrio entre três tipos de objetivos ou sonhos:

  • os da família,
  • os do marido, e
  • os da mulher.

Em um casamento, um mais um dá três.

É preciso moderar o custo de vida para que as boas experiências do namoro continuem ao longo da vida do casal.

Só assim é possível garantir bem estar e satisfação de ambos as partes.

Essas são sensações que, além da vida pessoal, ajudam os envolvidos a ficarem mais motivados para trabalhar!

Consequentemente, para crescer na carreira e ter mais renda disponível.

Dois tipos de erro devem ser evitados.

Primeiro o do casal que só pensa no “nós”:

  • Nosso Futuro,
  • Nossos Filhos,
  • Nossa Aposentadoria,
  • Nossa Casa.

E acaba se esquecendo do “eu”.

  • Eu gosto de viajar, você de curtir a casa,
  • Eu gosto de estar com a família, você com os amigos,
  • Eu gosto de praticar esportes, você de cuidar do corpo.

Também deve ser evitado o comportamento do casal moderninho em que cada um cuida de seu dinheiro e só se consegue discutir o “eu”:

  • Eu cuido do meu dinheiro, você do seu,
  • Eu cuido do meu futuro, você do seu,
  • Eu gasto meu dinheiro como bem entender, você também.

Esse casal nunca consegue discutir sobre nosso filho, nosso futuro, nossas conquistas.

Em algum momento, essa “sociedade” vai sentir que faltou uma construção conjunta.

Construção conjunta

E a melhor forma de consolidar o casamento é por meio de diálogo entre o casal para conseguir focar sempre nos três tipos de objetivos do planejamento financeiro familiar.

E, assim, fazer escolhas cada vez melhores com seus rendimentos.

Planos conjuntos, mãos dadas para construir, aos poucos, os sonhos de um, do outro e dos dois, para que ambos se sintam motivados e engajados nessa construção.

Essa escolha fortalece a relação e contribui para que seja para sempre, com um sentimento recíproco de que um ajudou o outro a colher o melhor da vida.

E você, considera os aspectos individuais de cada um em seu planejamento familiar?

orçamento financeiro familiar
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Cuidado – problemas com dinheiro…

É a principal causa dos divórcios!

E para você, que já tem uma família, nada como imaginar os próximos dias do ano ao lado dessas pessoas que você tanto ama.

E isso é muito (muito) importante mesmo para conseguir ter uma vida tranquila e equilibrada.

A participação da família (e também dos amigos) pode ser uma resultante direta no seu direcionamento pessoal e profissional.

Educação Financeira: o que falta para sairmos das dívidas e sermos bons investidores?

Porém, infelizmente, o que sabemos hoje é que a maioria dos casais (e da família) se desconstrói, na maioria das vezes, por causa do dinheiro.

Ou então, da falta dele. E, podemos dizer mais, as vezes nem é a falta dele, e sim, a falta de orçamento financeiro.

Isso é quase que instintivo para o brasileiro: gastar mais do que se ganha.

É a “mania” de viver a vida, viver o hoje, sem se preocupar com o dia de amanhã.

E isto não está errado, de forma alguma. Essa visão faz parte da personalidade de cada pessoa.

Assim como uns preferem a lua e outros, o sol. É totalmente aceitável.

Mas, precisamos trabalhar em cima de fatos e dados.

E o que temos em mão hoje é: o principal motivo dos divórcios é causado por problemas financeiros.

Diálogo

Perguntar não ofende, já dizia um velho ditado. E nem conversar!

É muito comum, também no Brasil, os responsáveis pelo planejamento econômico da família não dividir os assuntos com todos os integrantes.

No entanto, isso é muito importante, tanto é que é o primeiro passo para mandar bem na organização da família.

E não importa se você é aquela mãe ou aquele pai liberal, que acha que o filho adolescente não precisa ajudar em casa, mesmo assim, a conversa é importante.

E outra coisa, ninguém precisa saber qual o salário de ninguém (apesar disso ser uma coisa positiva), desde que todos colaborem com as economias de alguma forma.

Atenção

Não estamos falando de ajudar financeiramente, mesmo porque nem sempre é possível, mas a ajuda pode vir de pequenos atos, como usar menos água e economizar energia.

Se os seus filhos ou agregados são pequenos, melhor ainda, comece desde a ensinar a educação financeira à eles.

Precisamos abrir essas aspas para falar! Temos um artigo muito bom sobre a Educação Financeira para Crianças.

Lá tem até uma dinâmica que pode ser feita com crianças de mais de 7 anos e que tem resultados muito positivos.

Vale a pena ler: Descubra como você pode fazer o seu filho se tornar um empreendedor rico e de sucesso!

Mas, voltando ao assunto, é importante que exista diálogo entre as pessoas da família.

Independente de quantas pessoas são e de quais as idades. Nessas conversas, que podem ser mensais.

Por exemplo, é possível, inclusive, fazer os planos em conjunto seja sobre uma viagem de final de ano ou a troca do carro por um de modelo mais novo.

Quando todos sabem as prioridades, o trabalho em conjunto tem resultados mais exponenciais. Faça e comprove!

A realidade

É preciso encarar a realidade de frente, ser racional, podemos dizer. Entenda que organização aqui quer dizer: colocar na ponta do lápis os gastos e as receitas.

Para isso, temos um artigo muito bem explicadinho, que tem sido usado e aprovado, é sobre a Técnica dos Envelopes.

Leia: Planejamento Financeiro Pessoal Eficaz Usando a Técnica dos Envelopes!

Para quem trabalha de forma informal, é essencial que exista um valor mínimo, e é esse valor que será usado para registrar a entrada do dinheiro.

Exemplo: se eu tenho um renda mensal variável com uma média de 2 mil reais por mês eu NÃO vou usar essa média. Eu preciso usar o menor valor que eu ganho em algum mês.

Por exemplo, se a minha média é 2 mil, pode ser que o mês que eu menos ganho é de um valor de 1,3 mil reais.

Então, é o valor de 1,3 mil reais que tem que estar na entrada.

Para Saber Mais

Se você gostou desse texto e quer todas as informações na palma da sua mão, baixe o aplicativo SR Invest.

Lá tem informações diárias.

E é possível simular investimentos para ver qual te mais rentabilidade.

Sobre esse aplicativo, fizemos uma matéria recentemente explicando como usar e quais os benefícios. Leia.

Com informações do Youtube

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