Você sabe o que é uma carteira cotizada? Então, descubra isso

No mercado financeiro, a gente acaba ouvindo algumas expressões que passam direto. Ou seja, a gente ouve, mas não entende completamente. Talvez, “carteira cotizada” seja uma delas para você. Por isso, nós vamos explicar o que é uma carteira cotizada.

Até mesmo porque pensar em uma carteira de ativos é um ótimo começo para quem vai investir ou dar os primeiros passos nisso. Se a gente estiver falando de uma gestora, por exemplo, esse portfólio é ainda mais importante. Logo, o conjunto de ativos pode dizer muito.

A partir da carteira, a gente fica sabendo das posições compradas ou vendidas, além de todo gerenciamento que foi feito em um período. Tudo isso parte de uma conta que é feita para saber quanto um investimento valorizou em determinado período de tempo. Vamos explicar.

O cálculo da cota

Se você faz mais de um aporte em um período, com resgatas parciais, fazer as contas sobre a rentabilidade do ativo é bem mais complicado. Além do mais, nem sempre a gestora tem uma gestão ativa, o que quer dizer que pode desinvestir em um ativo e investir em outro.

Sendo assim, o sistema de cotas pode funcionar muito bem na hora de substituir os milhares de contas que precisam ser feitas para saber sobre o rendimento da carteira. Aqui, a gente começa a entender o que é uma carteira cotizada.

Para entender na prática, vamos pensar naquela ideia do condomínio. Logo, temos um conjunto de dinheiro das pessoas que estão sob responsabilidade um gestor. Certo? Assim, cada cliente é dono de uma parte do que foi aportado. Simples.

Mas, para ficar ainda mais simples, vamos a um exemplo.

Vamos pensar em 4 investidores que aportam R$ 100 cada um. Logo, cada investidor tem 25% do fundo. Assim, cada um deles tem 1 cota, sendo que o valor da cota é R$ 100. Então, após várias operações, inclusive com as taxas de administrações, o patrimônio do fundo aumenta.

Portanto, ao invés de R$ 400, o fundo agora vale R$ 500. O que isso quer dizer? Que a gente continua tendo 4 cotas? Sim. Mas, cada uma das cotas vale R$ 125 e não mais os R$ 100. Até aqui ficou fácil, não é?

Mas, vamos dificultar a análise aqui: vamos pensar que o fundo tenha um novo cotista, que aplica R$ 250. Então, como cada cota vale R$ 125, ele terá 2 cotas. Logo, o fundo totaliza 6 cotas e patrimônio de R$ 750. Correto? O problema é que esse fundo desvalorizou.

Ou seja, agora ele está valendo R$ 600. Então, a gente continua com 6 cotas. Porém, cada uma voltou a valer R$ 100. A partir disso, fica fácil demais saber o que é uma carteira cotizada. E para que ela serve? Vamos explicar também.

Para que serve uma carteira cotizada

Se você entendeu o exemplo acima, com certeza, sabe dessa resposta. Mas, vamos tentar facilitar essa compressão agora mesmo. Quando a gente tem a carteira cotizada fica mais fácil saber o valor que será resgatado ou aportado com base no patrimônio do fundo, por exemplo.

No caso acima, se a pessoa tem 1 cota e quer resgatar, ela terá direto a R$ 100. Ou seja, sem complicações. Isso também permite ao fundo se aproveitar de uma grande escala de capital acumulado, pensando também em taxas menores e sem ter que separar contas.

Parece difícil, mas não é. E trazendo o assunto ainda mais para a prática, saiba que toda pessoa pode ter uma carteira cotizada se quiser fazer as contas mais fáceis sobre o rendimento. Portanto, não é um assunto restrito aos fundos ou aos gestores. Vamos imaginar isso, de novo.

A carteira cotizada para o investidor

Essa é uma última parte para entender o que é uma carteira cotizada. Portanto, vamos focar em você, investidor. Imagine que você consiga fazer aportes de R$ 500 mensais na renda fixa. A taxa de rendimento é de 1% ao mês.

Assim, em 12 meses, você teria acumulado R$ 6.340,25, concorda? Afinal, foram investidos R$ 6 mil e o retorno final em 5,6%. O problema é que esse rendimento é médio. Ou seja, o último aporte que você fez rendeu apenas um único mês e não o ano todo. Entende isso?

Logo, a rentabilidade da carteira, no final do ano, foi de 12,68%. E como sabemos disso? Considerando a cotização da carteira. O problema é que nem todo mundo sabe fazer a cotização da própria carteira. Por isso, acha o assunto difícil.

A boa notícia é que atualmente há vários aplicativos e planilhas prontas que fazem isso. Inclusive, algumas corretoras e gestoras também fazem esse trabalho, como a Guide Investimentos, que tem um sistema de carteira cotizada individualizada.

A diferença para o TIR

E para concluir o assunto, saiba que todas as vezes que a gente falar sobre o que é uma carteira cotizada, você também vai acabar encontrar a palavra TIR, que é uma sigla para Taxa Interna de Retorno.

o que é uma carteira cotizada

Porém, há uma diferença. A TIR é um cálculo que depende do aporte e dos resgates ao longo do tempo. Assim, considera o preço médio do volume investido. Ou seja, acaba sendo uma foto do retorno de todos os investimentos feitos no período. Logo, é um resultado estático.

De todo modo, saiba que não tem uma forma ou outra de fazer essa conta. Assim, ambos os cálculos de rentabilidade podem ser bons para você. Sendo que tudo vai depender do seu perfil, da sua necessidade, do seu gosto e da sua facilidade também.

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