Entenda o que é a taxa de performance de um fundo de investimento

A gente já criou diversos conteúdos aqui no blog falando sobre a importância de estudar sobre a taxa de administração em um fundo de investimento. Porém, sempre comentados sobre outra taxa e o texto de hoje é para falar dela. Vamos descobrir o que é a taxa de performance.

Afinal de contas, toda taxa que é cobrada em um investimento pode amenizar o seu rendimento no final do período de aplicação. Por isso, é importante conhecer essa taxa também, que em alguns casos pode chegar a 20% do índice, o que é bastante coisa.

O benchmark

E para começo de conversa, vamos considerar que o benchmark é um índice de referência usado em muitos investimentos, especialmente nos fundos. Ele serve para nortear o desempenho de um ativo. Por exemplo, os mais comuns são CDI ou Ibovespa.

Logo, o mais comum é que a taxa de performance seja cobrada sobre tais índices. Assim é comum você ver algo como 20% quando o fundo ultrapassar 100% do CDI ou ultrapassar o Ibovespa e assim por diante.

Agora, saiba que não é todo fundo que faz a cobrança dessa taxa. Então, além de entender o que é a taxa de performance, também vamos analisar porque algumas gestoras fazem a cobrança e outras não.

De modo geral e mais comum, saiba que ela é mais cobrada em fundos com gestões ativas. Ou seja, que geram mais trabalho ao operador, ao gestor. Especialmente, os fundos de ações e até mesmo os fundos multimercados. Já nos fundos de renda fixa ela é incomum.

A cobrança

O próximo ponto é entender que a cobrança da performance acontecerá quando a rentabilidade do fundo for superior ao benchmark estipulado. Então, ela é paga do investidor para o fundo quando a rentabilidade do fundo é maior do que a referência estipulada.

De modo simples e trazendo o assunto para a prática, o que temos é uma espécie de prêmio que é pago ao gestor pelo trabalho que fez. Obviamente, se ele não fizer um bom trabalho, o fundo não supera o índice e, portanto, ele não ganha a performance.

Por isso mesmo, muitos investidores acabam achando justo e até mesmo incentivador ter essa cobrança da performance – afinal, assim, o gestor vai ter motivações para conseguir superar o índice estipulado. Até mesmo porque ela só é paga quando ultrapassa o benchmark.

Ainda sobre a cobrança, considere que o pagamento é feito, pelo menos, a cada 6 meses. Mas, como regra, também dá para considerar prazos maiores. Essa informação deve estar descrita no fundo e a ideia do prazo é que ele permita ao gestor encontrar as melhores opções.

A linha d’água

Para entender completamente o que é a taxa de performance também devemos inserir aqui a expressão de “linha d’água”, que é bem comum quando a gente fala desse tipo de taxa. Então, o que significa isso?

É uma espécie de conceito que significa que a cobrança da taxa de performance será proibida se a rentabilidade ficar abaixo do benchmark no período anterior. Mas, se ela for acima da referência no período seguinte, ela poderá ser cobrada normalmente.

Parece complicado, mas é fácil entender: se um fundo teve rentabilidade inferior ao índice em um período, a taxa de performance no próximo período só pode ser cobrada após uma diferença ser compensada com o período anterior. Logo, o gestor tem que ser regular em conseguir resultados acima dos índices, o que é bom para os investidores.

Os exemplos

Para entender melhor essa cobrança, vamos trazer aqui alguns exemplos. Por exemplo, vamos considerar um fundo que tenha o custo de 15% de performance. E isso é cobrado sobre o que exceder os 100% do CDI.

Então, vamos considerar que o CDI chegou a 22% ao ano e o fundo alcançou 25% nesse mesmo período.

Logo, a diferença é bem simples e tivemos uma diferença de 3% do benchmark, concorda? Agora, a pergunta que vem é: qual será o valor pago pelo investidor? Nesse caso, basta que façamos a conta de 15% (valor da performance) sobre os 3%, valor excedente do fundo.

Assim, como resultado final, nós teremos uma cobrança de 045% sobre o patrimônio líquido do fundo, que será usado como taxa de performance.

Outros custos

E quando se trata de fundos de investimentos, a gente tem que considerar que há outros custos envolvidos, como a taxa de administração, que costuma ser uma verdadeira pedra no sapato das pessoas que investem.

E é fácil entender os motivos. Imagine que você tenha um patrimônio de R$ 100 mil aplicado. Agora, considere uma taxa de 2,5% ao ano. Ou então considere uma taxa menor, de 0,5%. Consegue imaginar a diferença que isso dá no rendimento final da aplicação?

Levando em conta com uma mesma rentabilidade, a gente teria uma diferença de R$ 2 mil de valor pago à administração entre os dois casos. É muita diferença, não acha? Por isso é que dificilmente se recomenda um fundo com taxa acima de 1%.

Além da taxa de performance e administração, os fundos também possuem os impostos, como o de renda e o IOF. Para piorar, em fundos de previdência você ainda terá a taxa de saída e entrada. Logo, esse tipo de fundo nem é recomendado do ponto de vista financeiro.

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