A Melhor Renda Fixa – CDB, Debênture, CRI, CRA, LCI ou LCA

A Redução da Taxa Básica de Juros da Economia, a Selic, fez com que o hábito do investidor brasileiro de lucrar 1% ao mês não se mantivesse, levando em conta o perfil conservador. Isso faz com que a melhor saída seja buscar alternativas mais rentáveis para o aumento de patrimônio.

Mas, na atual conjuntura, qual será que é o melhor investimento financeiro ou, pelo menos, o mais rentável?

“O investidor está percebendo que a carteira dele vem crescendo em uma velocidade menor. Crescia até 1% ao mês e agora está girando na faixa de 0,5%. O corte de juros mais agressivo do Banco Central cria essa demanda de diversificação e os ativos que ainda não pagam imposto geram ainda mais atratividade”, contou André Rosenblit, do banco Santander.

Nessa busca por melhores aplicações financeiras, os investidores, muitas vezes, acabam optando pelos debêntures de infraestrutura e os certificados de recebíveis, chamados CRAs e CRIs.

Para os gestores, essas opções oferecem a oportunidade de retorno mais interessante apesar de serem mais arriscados que os Títulos Públicos.

Conforme a Anbima, os pequenos investidores absorvem cerca de 23% das ofertas de debêntures, CRAs e CRIs no mercado até julho deste ano. A porcentagem é o dobro dos 13% abocanhados no mesmo período de 2016. Em 2015, por exemplo, a taxa foi de 10%.

Já os debêntures são títulos emitidos pelas empresas que pagam aos investidores um percentual do CDI ou alguma taxa que fique acima da inflação.

Para Arnaldo Curvello, da Ativa Investimentos, os CRAs e CRIs cresceram em comparação às LCIs e LCAs, que ficaram mais escassas no mercado. Assim, os títulos tornaram-se mais acessíveis.

Para Mario Markus, do Banco Modal, com aplicações que vão até 5 mil reais, é possível obter diversos títulos isentos de tributação, porém, o investidor precisará estar atento aos riscos.

“Cada operação tem uma característica particular. Não dá para generalizar. É importante entender o risco com auxílio de um assessor para não ter uma surpresa negativa”.

Análise Detalhada dos Investimentos Financeiros

O especialista recomenda olhar o projeto que está por trás de cada papel.

Por exemplo, no caso das Debêntures, o investidor tem que se informar sobre a situação de crédito da empresa, já que ela é a responsável por garantir o pagamento da aplicação. Para isso, usa-se as agências de classificação de risco para avaliar o projeto.

“Normalmente, eles têm algum tipo de garantia adicional por trás da operação. O CRI costuma ter lastro em uma carteira imobiliária com garantia real. No CRA, o lastro pode ser a produção de um empreendimento agrícola”, diz.

Além disso, a liquidez também é importante já que no caso das Debêntures Incentivas, por exemplo, é mais fácil se desfazer dos papéis antes do vencimento. Nos certificados, o prazo médio é de 4 anos.

Na prática, Mario usa o exemplo da CRA da Fibria, que paga 98% do CDI. O valor é considerado baixo, mas pode ser vantajoso se for comparado com um título pós-fixado do Tesouro Direto que rende mais do que isso, mas tem a tributação do IR.

Eduardo Borges é um investidor que tem metade do seu investimento em títulos privados. Ele diz que se convenceu dos benefícios desse tipo de aplicação e está disseminando informações com os amigos.

“Até 2015 não via vantagem porque consegui uma rentabilidade muito boa no Tesouro Direto. Quando ficou claro que os juros iriam cair, fui migrando para esses papéis”, afirmou ao comentar sobre sua carteira que rende cerca de 135% do CDI.

Reprodução: Google

E o CDB – Certificado de Depósito Bancário?

São investimentos provenientes de instituições financeiras, como bancos, que concedem empréstimo aos clientes. Quanto o investidor ganha com essa aplicação financeira vai depender da taxa que foi acordada no início do contrato, que pode variar conforme o banco ou o emitente.

Para investir em CDB, o investidor só precisa contratar o título com passos simples: abertura de conta, análises dos ativos e a realização da compra.

O risco do CDB é considerado baixo, já que normalmente eles vem dos bancos, que tem a garantia do FGC – Fundo Garantidor de Crédito – para valores de até 250 mil reais.

Mesmo com a garantia, a recomendação é sempre pesquisar muito sobre a instituição que você vai aplicar o seu dinheiro, considerando que a razão tem que ser maior do que a emoção. E o bolso tem que estar equilibrado com a realidade.

O ideal é potencializar o dinheiro e fazê-lo trabalhar para você.

Tipos de Títulos de Renda Fixa

Como existem muitas informações sobre os Títulos de Renda Fixa, acabamos deixando de falar sobre os Tipos de Renda Fixa. Mas, vamos corrigir esse erro agora mesmo.

Já citamos até aqui muitas opções – como CDB, Letras de Crédito e Tesouro Direto – mas, pode ser que você ainda não os conheça, então, vamos apresentar.

Considere ainda que esses são os mais “famosos”, porém, existem muitas outras opções.

CDB (Certificado de Depósito Bancário)

É um título privado emitido por bancos para a concessão de crédito. Quando você compra um CDB, você empresta dinheiro ao banco e recebe juros por isso.

LCI (Letra de Crédito Imobiliário)

É um título privado emitido por instituições financeiras e é lastreada em créditos imobiliários, garantidos por hipotecas ou alienação fiduciária. Quando você compra um título de LCI, você empresa dinheiro às instituições e recebe juros por isso.

LCA (Letra de Crédito do Agronegócio)

É um título privado também de instituições financeiras, atrelado à operações do agronegócio. Quando você compra uma LCA, você empresta dinheiro e recebe juros por isso.

LC (Letra de Câmbio)

É um título de crédito privado emitido por instituições financeiras. Ele é lastreado para contratos de financiamento para pessoas físicas e jurídicas, mas nada tem a ver com a compra ou venda de moeda estrangeira. Quando você compra uma LC, você empresta dinheiro e recebe juros por isso.

Debêntures

É um título emitido por empresas com a finalidade de financiar projetos e operações. Quando você compra debêntures, você empresta dinheiro à empresa e recebe juros por isso.

Tesouro Direto

É um título emitido pelo Tesouro Nacional, do Governo Federal, para captar dinheiro para financiar gastos ou rolar dívidas. Quando você compra títulos do Tesouro, você empresta dinheiro ao governo e recebe juros por isso.

Saiba Tudo sobre a Renda Fixa: Como Investir em Renda Fixa: O Guia Definitivo

Mas, qual a Melhor Renda Fixa?

Para calcular os ganhos da rentabilidade líquida dos investimentos financeiros, é preciso considerar o Imposto de Renda, por exemplo, que não ocorre na poupança e nem nas Letras de Crédito, seja Imobiliário ou do Agronegócio.

Além disso, a taxa básica de juros influencia na rentabilidade, levando em conta que apenas em 2017 tiveram mais de 4,5 pontos percentuais, atingindo 9,25% ao ano.

Para te ajudar nessa analise de opções, a B3 (BM&FBovespa e Cetip) desenvolveu uma simulação com parâmetros fictícios que compara o desempenho das modalidades, assumindo um investimento de 10 mil reais realizado no início do mês passado.

Confira como ficaram os rendimentos.

  • A poupança somou 10.633 reais em 1 ano e foi para 11.321 reais em 2 anos,
  • Letras de Crédito (90% CDI) foi para 10.711 e 11.568, respectivamente.
  • Já os CDBs (100% CDI) foi para 10.655 e 11.493, em 1 e 2 anos.

Vale ressaltar uma informação importante – o mercado financeiro prevê a Selic abaixo de 8,50% em outubro, o que altera a regra de remuneração da poupança no cálculo. Considerando uma TR+ 0,05% ao mês.

Em todos os casos citados há a garantia do FGC.

Com informações da Globo, Organizze e Infomoney

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