Saiba quem é Joseph Safra – o banqueiro mais rico do mundo

Você sabe quem é o banqueiro mais rico do mundo? Provavelmente deve ter pensando em algum profissional americano, talvez o dono de algum banco suíço? Mas, não. Esse título pertence ao brasileiro Joseph Safra, o dono do banco Safra.

Além disso, no ano passado (2019), ele assumiu o posto de brasileiro mais rico, ultrapassando o empresário Jorge Paulo Lemann, que é o sócio da 3G Capital. Ele liderava o ranking desde 2013, segundo a revista Forbes. Porém, Safra assumiu o pódio.

Ainda de acordo com a publicação do ano passado, Safra tem uma fortuna que passa os 20 bilhões de dólares e fica entre os 30 homens mais ricos do mundo também.

O seu banco já tem 131 agências espalhadas pelo Brasil, somando 200 bilhões de reais em ativos. Presente em 25 países e três continentes diferentes. Mas, afinal, quem é esse bilionário tupiniquim-libanês? Conheça agora mais sobre sua história.

O Joseph Safra

Quando vamos contar a história desse grande investidor é interessante saber que ao contrário de outros banqueiros e bilionários, Joseph Safra é muito reservado. Assim, pouca coisa se sabe sobre sua vida particular.

Definitivamente, ele não gosta de entrevistas e nem de aparecer nas mídias. Uma das suas características mais marcantes é o silêncio.

Dessa forma, o seu estilo é bem simples, evitando fazer atividades extravagantes que chamam a atenção do público. Entre os amigos é conhecido apenas como Zé. Pelos empregados como Seu José.

Além disso, ele adora futebol e o seu time do coração é o Corinthians. Além do mais, ele é um grande filantropo. Veja bem, estamos falando do seu jeito de viver e não das suas finanças. Ao menos por enquanto não.

A sua mansão está localizada no bairro do Morumbi, na cidade de São Paulo. O imóvel possui 11 mil metros quadrados, divididos entre seus 130 cômodos e 5 andares.

Para manter tudo isso regularizado é preciso desembolsar R$ 1 milhão apenas para IPTU, sem mencionar os gastos com funcionários e para manter o local.

É brasileiro – mas, de origem libanesa

Não misture o jeito simples do Joseph Safra com seu talento para gerir e multiplicar suas finanças, comandando com maestria o império do seu banco por décadas, que foi criado por seu pai, Jacob Safra, no ano de 1955.

O bilionário não é brasileiro de nascença, ele nasceu em Beirute, capital do Líbano. Conseguiu a sua naturalização anos depois alguns anos depois de vir morar no Brasil. Ele é casado com Vicky Sarfati, com quem teve quatro filhos: Jacob, Esther, Alberto e David.

A origem do império

O gosto por fazer negociações começou na Síria, com um tio-avô de Joseph Safra que custeava transações efetuadas pelo Ocidente e o Oriente.

Nos anos 20, bem após acabar da Primeira Guerra Mundial, Jacob Safra foi morar no Líbano e na capital do país criou o Jacob Safra Maison de Banque.

Quando a Segunda Guerra Mundial chegou ao fim, Jacob ficou com medo de ser perseguido, já que era de família de Judeus e fugir para o Brasil, onde no ano de 1955 fundou mais um negócio: O Banco Safra.

A instituição financeira começou suas atividades com apenas sete funcionários. Hoje o número de colaboradores já ultrapassou a marca dos 8 mil.

Os irmãos Safra

Joseph e o irmão Moise ficaram responsáveis para tomar conta dos negócios em São Paulo, aos olhos de Jacob. Já o outro irmão, Edmond, que era mais velho, desde cedo conduzia as operações que eram feitas fora do Brasil.

Edmond foi assassinado no apartamento onde morava em Mônaco, no ano de 1999, por um dos enfermeiros que tratavam do banqueiro. Ele assumiu que causou o incêndio que matou o patrão, pois queria chamar a atenção dele.

Joseph era o responsável pelo banco no Brasil e tinha interesse de adquirir a parte de Moise, já que não era tão atuante como o irmão.

Eles não chegaram a um acordo. Joseph então inaugurou outro banco, o J. Safra. Apenas sete anos depois, em 2006, que os irmãos chegaram a um denominador comum para que Joseph assumisse a participação de Moise, que morreu oito anos mais tarde.

Outros negócios

O banqueiro foi responsável pela compra do banco suíço Sarasin, pelo preço de US$ 1,1 bilhão, no ano de 2012. Essa foi a maior compra de grupo brasileiro fora do país no ano.

Outras negociações que ele fez e chamou muita atenção foi a aquisição da Chiquita, uma das mais renomadas produtoras de bananas do planeta, por US$ 1,3 bilhão e o arranha-céu Gherkin, em Londres, por US$ 1,1 bilhão.

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Bônus – Raízes de uma Jornada

O que pouca gente sabe é que Joseph Safra tem um livro. Isso mesmo uma obra publicada em 2009 e que não tem muitos exemplares. Mas, a gente encontrou na internet, na Estante Virtual (um sebo virtual), sendo vendido (seminovo) por pouco mais de R$ 30.

O que ele conta no livro é bem interessante: a história dos judeus em São Paulo. Assim sendo, em 2009, o Instituto Morashá de Cultural ajudou a realizar a obra, que tem mais de 450 páginas e traça o caminho das famílias de judeus.

Na internet, dá para ver que o propósito do livro é alcançado na medida em que o resgate as memórias nele contidas reafirmam a certeza dos laços entre judeus atuais e o mais antigos – que tiveram momentos de alegria e de tristeza.

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