As primeiras contas do ano (IPVA e IPTU): parcelar ou pagar a vista?

Todo começo de ano é a mesma coisa: promessas e mais promessas. Mas não é só isso: também vêm as contas fixas, como o IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) e o IPVA (Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores).

E aí é que vêm várias perguntas: será que o pagamento à vista é mais vantajoso? Vale a pena usar o 13º salário?  E se atrasar, o que acontece? Quais os valores desses impostos?

Para tomar uma decisão sábia, o mais recomendável é analisar ou seu comportamento financeiro frente ao longo do ano que passou – você se preparou para essas despesas?

Se você juntou dinheiro para esse fim, então, estamos resolvidos. Você fez tudo certo e agora vai quitar esse débito sem precisar fazer empréstimos financeiros ou pagar com juros acrescidos em forma de multa.

Além do mais, quando se paga a vista o desconto é significativo – em São Paulo, por exemplo, a economia é de 4% no valor total e no Rio de Janeiro é de 7% no caso do IPTU. Para ambas as cidades o desconto é de 3% no IPVA.

Por outro lado, se você tem dinheiro aplicado em investimentos financeiros e não sabe se vale a pena tirar para esse fim… A resposta é: tem que analisar.

Nos dias de hoje não há no Brasil algum tipo de investimento que tenha rendimento maior do que o desconto obtido no pagamento à vista. Logo, se você tem a grana, pagar os impostos de uma só vez costuma valer a pena – mas, para não errar, faça as contas.

Algumas pessoas pensam que pedir empréstimo para conseguir o desconto oferecido no pagamento à vista é viável… Só que na maior parte das vezes isso não acontece.

Ela apenas é vantajosa se você conseguir um crédito com um CET (Custo Efetivo Total) menor do que os juros cobrados pelo governo.

De forma geral, as menores taxas estão nos créditos consignados. Vale a pena levar essa opção em consideração.

Agora, se por outro lado, você não juntou nada de dinheiro e gastou todo dinheiro que tinha no natal e no réveillon, então, aí pode ser que parcelar valha a pena – mesmo que os juros tiram sua vantagem financeira.

Ao considerar o parcelamento, considere as parcelas que cabem no seu bolso. Em caso contrário, as prestações podem te prejudicar no futuro e furar o seu orçamento financeiro pessoal.

Se ainda assim o valor estiver alto demais, a recomendação é cortar gastos imediatamente ou negociar o seu bem (seja o carro ou a casa).

Agora, se você está notando o quanto essas contas exigem planejamento, já pode começar por rever seus números para o próximo ano. Comece juntando desde o início de 2018 para que em 2019 você opte pela melhor opção, que é o pagamento a vista!

Pessoas vão usar o 13º para pagar IPTU e IPVA, diz pesquisa

Uma pesquisa feita pela Boa Vista SCPC mostrou que o número de pessoas que vai usar parte do 13º salário para pagar as contas de início de ano subiu de 29% para 46%.

Conforme o estudo, 21% delas vão guardar, ao menos, 30% de todo benefício para este fim.

Os valores do IPTU e IPVA para 2018

Os prazos para pagamento do imposto dos veículos e dos imóveis já estão definidos.

Para 2018, a correção do IPTU ficou estipulada em 1,94% com base na variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

O IPVA, como no ano passado, terá o reajuste de acordo com a tabela da Fundação de Pesquisas Econômicas (Fipe).

Os reajustes foram aprovados na Câmara Legislativa pela Secretaria da Fazenda.

A expectativa é a de que a arrecadação do IPVA no próximo ano seja de mais de 980 milhões de erais. Em 2018, esse tributo poderá ser dividido em 4 pagamentos, 1 a mais do que aconteceu em 2017.

Cada prestação, no entanto, deve ser maior do que 50 reais.

Os pagamentos vão começar em 19 de fevereiro para os veículos com placas de 1 e 2. Já o IPTU têm vencimentos iguais e podem ser pagos até em 6 prestações a partir do dia 10 de janeiro.

Reprodução: Google

Informações adicionais – quem deve pagar esses impostos?

O IPTU tem que ser pago por todo proprietário ou por quem tem posse de um bem imóvel, construído ou não e localizado em área urbana de um município. (as propriedades rurais tem outro imposto, que não o IPTU).

O IPTU é cobrado sobre a área excedente do terreno onde a edificação for erguida (todo território).

Se o imóvel for alugado, por exemplo, o dono ou locador continua sendo o responsável por esse pagamento governamental. Assim, o locatário só terá de pagar o IPTU se essa obrigação for expressa no contrato, conforme  a Lei do Inquilinato.

Sobre o IPVA, ele é de responsabilidade do governo estadual e os contribuintes são os proprietários de veículos novos ou usados, que não se restringem aos carros de passeio, sendo considerados todos os veículos.

Tendo como base a legislação paulista, fica responsável pelo pagamento quem comprou um veículo. Logo, se há dívidas sobre esse bem, o novo dono torna-se o responsável por esses débitos.

Como são feitos os cálculos do IPTU e IPVA?

No caso dos imóveis, assim como no caso dos veículos, os valores são incidentes sobre alíquotas, que é determinante. A alíquota é aplicada conforme o valor e uso.

O valor venal desses bens pode ser definido como aquele que a propriedade teria para comprar e venda à vista, conforme as condições do mercado. Ele pode ser feito por um órgão público ou por um instituto de pesquisas, como a Fipe.

Vamos supor alguns números para ficar mais fácil esse entendimento.

Um imóvel residencial que tenha valor venal de 150 mil reais pode ter uma alíquota de 1%. Logo, o valor do imposto pago será de 1,5 mil reais ao governo. Se o imóvel fosse não residencial, a alíquota seria de 1,5%.

Já para um carro que custe 30 mil reais, aplica-se um alíquota de 4% do valor venal. Isso dá uma soma de 1,2 mil reais. Mas há muitas diferenças, como no tipo de combustível, ano, se é de passeio, entre outros.

Aqui, fizemos apenas uma suposição, tudo bem?

Gestão Financeira Pessoal 

Quando não se tem um planejamento financeiro bem organizado, a consequência é eminente: dívidasgrandiosas e incontroláveis. Elas causam o maior alvoraço na sua vida – traz problemas pessoais, profissionais e familiares.

A questão é conseguir controlar os gastos pode te fazer ter gestão financeira efetiva. E fazer isso é muito fácil – não leva mais do que 5 passos, confira.

Conforme pesquisa do SPC (Sistema de Proteção ao Crédito), o consumidor brasileiro não tem o hábito de poupar dinheiro e quando o faz, geralmente, possui perfil conservador, de baixo risco, como as poupanças.

Aliás, é muito difícil controlar o orçamento financeiro doméstico em um país onde os preços do supermercado no mês anterior já não são iguais aos da compra atual. Ou, não raro, quando o salário não tem acompanhado as elevações da economia.

O segredo leva em conta os seguintes itens: dar prioridades às contas necessárias e cortar os gastos extras, procurar pendências com taxas de juros elevadas e renegociar elas e, mais importante que tudo, investir dinheiro em aplicações financeiras que rendam algum juros periodicamente.

Com informações da UOL, r7 e bemparaná

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