É melhor investir no Tesouro Selic, em CDBs ou em LCIs?

Entre tantas escolhas de investimento em renda fixa como, como será que devemos buscar o investimento mais rentável para você? Investir no Tesouro Selic é mesmo uma boa pedida para 2018? Confira as respostas e comparações abaixo!

Primeiro: por que se fala tanto em investir no Tesouro Selic?

Entenda que o Tesouro Selic é uns dos títulos públicos oferecidos através do programa do Tesouro Direto.

Esse é um programa criado pelo governo para que as pessoas físicas pudessem investir em títulos públicos.

E dentro os vários tipos de títulos públicos, o mais recomendado para quem está começando, é o tesouro Selic!

Isso porque é o mais simples de ser entendido!

Ele também é chamado a nova poupança da classe média.

O Tesouro Selic é o tipo de aplicação financeira na qual você investe e pode acompanhar o desempenho da taxa básica de juros da economia, a taxa Selic.

Essa é uma taxa que é definida pelo comitê de política monetária, o famoso Copom.

E o risco é baixo do Tesouro Selic é baixo porque normalmente o governo vai determinar uma taxa de juros para manter a economia em equilíbrio, sem inflação.

Logo, se a inflação subir, o governo tende a elevar a taxa Selic, também.

Então, você está, relativamente, blindado contra a inflação quando decide investir no tesouro Selic.

Assim, se economia está turbulenta ou muito especulativa, os juros serão ajustados para se acomodar a esse período, mas você não sofre com isso.

Isso prova porque investir no tesouro Selic é uma das coisas mais falada no mercado de investimentos financeiros.

Investir no tesouro Selic em 2018

Então, se as pessoas estão ganhando ou perdendo você está ganhando perdendo junto.

Só que você não correndo o risco de ganhar menos do que as outras pessoas ganham normalmente o tesouro Selic, porque quase sempre ele vai render mais do que a caderneta da poupança.

Isso faz com que as pessoas descartem a poupança como possibilidade de investimento financeiro.

Daí, as pessoas passam a investir em títulos públicos começando pelo tesouro Selic.

Agora, por que se recomenda o tesouro Selic, se qualquer pessoa pode abrir uma conta em um banco de pequeno porte e conseguir um CDB ou uma letra de câmbio com rendimento de 118% do CDI?

Tesouro Selic x CDB

Primeiro é preciso entender o que significa 118% do CDI.

CDI é o Certificado de Depósito Interbancário e é o fator multiplicador daquela taxa de juros.

Se a taxa Selic é 100% ao ano, 118% do CDI (que é o índice que acompanha taxa Selic) significa um rendimento de 118% ao ano.

Então, é 18% a mais do que rendi aquele título mais comum no mercado.

Se qualquer pessoa tem acesso a esse tipo de título por que não investir nele?

E aí vem a recomendação importante!

O tesouro Selic é o programa que você manda o seu dinheiro para a corretora de valores e a partir disso você faz um investimento nesse título.

E se você quiser resgatar o seu dinheiro, você manda a ordem para a corretora e no dia seguinte o dinheiro está na sua conta.

Normalmente, bancos e financeiras que oferecem rentabilidades maiores vão exigir que você abra mão de chamada liquidez – que essa possibilidade de ter acesso ao dinheiro rapidamente.

Aí, os títulos são chamados de longo prazo.

Então, quanto menos liquidez mais tempo!

Para você obter o resultado esperado no investimento, com mais rentabilidade, o produto vai precisar de mais tempo.

Isso quer dizer que aqueles produtos de renda fixa mais rentáveis do mercado (125% ou 130% do CDI), normalmente, vão funcionar como um CDB.

Assim, ele vai ter rentabilidade só no vencimento (após dois anos de contratação).

Se você quer retirar dinheiro antes, em alguns casos podem perder rentabilidade.

Ganho e liquidez…

Basicamente, o que determina esse ganho a mais é a liquidez da qual você abre mão!

Então, investir no Tesouro Selic é um pouco diferente porque nesse caso você não abre mão da sua liquidez – e pode sacar os recursos quando quiser.

Normalmente, quando se investe em um banco pequeno, quanto maior dificuldade esse banco conseguir recursos de outros bancos, mais ele vai oferecer em termos vantagens ao investidor.

Sim, se ele tem dificuldade é porque ele está com a situação mais frágil do que os outros bancos, que estão negando o crédito.

Então, nessa instituição investir dinheiro é mais arriscado.

Só que tem um porém: o risco está na extinção, quebra ou se sofrer uma intervenção.

E, mesmo que a instituição sofra com isso, você está protegido pelo fundo garantidor de crédito (FGC).

Esse fundo garante até 250 mil reais para você.

Basicamente, recomendamos investir no Tesouro Selic (quem está começando) porque essas pessoas não tem plena consciência dessa liquidez.

E, de forma geral, elas estão investindo para criar uma reserva de emergências.

E ter uma reserva de emergências é ter que contar com o dinheiro a qualquer momento.

Leia TambémReserva de Emergências: qual o melhor investimento para 2018?

investir no tesouro selic

Com qual frequência investir no Tesouro Selic?

Vale a pena investir no Tesouro Selic semanalmente, considerando que o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) não é cobrado no ato da compra?

Há uma pequena confusão nessa pergunta.

Sobre o porquê de se cobrar imposto, quando se paga, em que momento que você vai fazer um bom negócio e investir.

O IOF é o imposto sobre operações financeiras.

Ele é um imposto que incide sobre as aplicações de renda fixa.

Normalmente, é pago nos primeiros 30 dias e há uma alíquota decrescente do primeiro até o trigésimo dia, em ordem decrescente.

Então, no primeiro dia, 96% de IOF – isto é uma taxa alta.

E se você sacar os recursos no 1º dia praticamente vai ficar sem lucro.

Muitas pessoas acham que basta você esperar 30 dias entre uma aplicação e outra para você fugir do IOF, mas também não é assim.

Não tem nada a ver.

Não importa o momento que você aplica, o que importa é quando você saca – isso é fundamental para ter ou não incidência do IOF.

Basicamente, você tem dinheiro na conta, aplicou dinheiro em Tesouro Selic e depois de 20 dias resolveu resgatar. E agora?

Você vai ter um lucro, vai ter a tributação de 22,5% sobre esse lucro no Imposto de Renda e vai ter o IOF proporcional a esse prazo que decorreu desses 20 dias.

Simples assim.

Se passar de 30 dias, a tributação segue apenas a tabela do imposto de renda de 22,5%, depois cai para 20%, 17,5%, até 15%, depois de 2 anos.

Mas, o IOF não incide mais depois dos 30 dias que você investir no Tesouro Selic.

Aplicação diária…

Se você aplicar todos os dias no Tesouro Selic, a partir do momento que você começa a resgatar esse dinheiro, mesmo que daqui a 20 dias, o primeiro resgate será dos títulos mais antigos.

Então, você poderá fugir desse prazo de 30 dias de resgate para conseguir o melhor negócio.

Então, o IOF incide só quando o seu dinheiro permanece menos de 30 dias aplicado, está bem?

Agora, vale a pena investir semanalmente?

O dinheiro parado na conta, se você não vai usar esse dinheiro, deve ir para o Tesouro Selic (ou qualquer outro tipo de investimento) sem sombra de dúvidas.

Se ele está aplicado no Tesouro Selic, você sabe que vai precisar desse dinheiro amanhã, você solicita o resgate hoje, simplesmente.

Amanhã estará na sua conta!

Então, todo dinheiro parado vale a pena ser investido sim em Tesouro Selic!

Até porque no Programa Tesouro Direto, diferentemente de fundos de investimentos (e também dos CDBs), quem tem mais dinheiro, não consegue taxas melhores.

Leia Tambémos 19 melhores fundos de investimentos de 2018!

A taxa é a mesma para quem aplica 30 mil reais ou para quem aplica 400 ou 500 mil reais.

Vale a pena sim você não deixar esse dinheiro parado na conta e investir no tesouro Selic.

Muita gente tem investimentos feitos através do aplicativo no smartphone e vê o saldo disponível.

Isso pode ser positivo para saber quanto o seu dinheiro está crescendo na conta.

É mais vantajoso investir em tesouro Direto ou LCI?

Uma questão mais específica é ponderar a LCI e o tesouro Selic em termos de características específicas interessantes ao investidor.

A LCI é a Letra de Crédito Imobiliário e é uma forma que o banco tem como captar recursos de seus clientes para dirigir especificamente para financiamentos imobiliários, de operações do mercado imobiliário.

Ela tem uma característica muito particular que é a isenção de imposto de renda!

Então, quando o gerente oferece 74% do CDI, daquela taxa de referência dos bancos, é o mesmo que você conseguiria em outros produtos.

Só que a LCI não tem imposto de renda.

Então, será que 74% do CDI vale a pena?

É bom lembrar que os títulos públicos, como o tesouro Selic, vão pagar aproximadamente 100% do CDI.

E o certificado de depósito interbancário (CDI) sempre rende aproximadamente a taxa Selic.

Se no Tesouro Direto você tem 100% do CDI, quando valeria a pena receber 74% disso?

Essa é uma reflexão importante.

No tesouro você tem o imposto de renda que começa em 22,5% ao ano nos primeiros 6 meses e vai caindo ao longo dos primeiros 2 anos até chegar a 15%.

No melhor cenário você vai pagar 15% de imposto de renda!

Nesse caso, mesmo pagando o imposto de 85% seria melhor do que os 74% sem imposto.

Isso porque para acessar seus investimentos, você tem que pagar uma taxa de custódia também.

E mesmo que essa corretora tem a isenção de taxa de corretagem que algumas corretoras oferecem, a de serviços é a taxa de custódia da BM&FBovespa – que cobra essa taxa em 0,4% ao ano.

Então, você já começa perdendo 0,4% ao ano em uma conta.

Isso não parece interessante, né…

O que tem que ser feito ao mandar dinheiro para o tesouro direto se já perco 0,4% no primeiro ano? E vou perder 15% de imposto de renda?

Existe a opção de investir no tesouro direto que são fundos de renda fixa com taxas mais baixas do que esse custo de corretagem na Bovespa.

Esses valores vão fazer com que o investimento em um fundo que acompanha sempre o CDI seja superior aos títulos públicos que você compraria diretamente da corretora.

investir no tesouro selic

Orientações para quem vai investir pela 1ª vez no tesouro

Para algumas pessoas que queiram investir em títulos públicos, a história diz que provavelmente elas já têm um histórico de investimentos em fundos de clientes privados.

De maneira geral, esses bancos já investem em títulos públicos, só que o investidor nem sempre sabe disso!

Porque, veja bem, se você investe em um fundo de renda fixa, você está transferindo o seu dinheiro para um gestor de investimentos que aloca o seu dinheiro em uma carteira de títulos públicos – logo, do tesouro nacional.

Para isso, há uma cobrança de uma taxa de administração para colocar em prática uma estratégia que é descrita lá no prospecto deste fundo.

Então, existem várias formas de investir em títulos do tesouro nacional e a renda fixa é uma delas, ainda que seja de forma indireta.

Outra forma, muito mais direta, é entrar no site do tesouro nacional e cadastrar o seu conta, que tem que ser agenciada por uma corretora de valores.

Assim, é possível fazer a compra de forma direta.

E convenhamos: essa é uma forma inteligente porque você acaba fugindo das altas de administração dos bancos.

Só que tem um porém: você precisa conhecer o mercado financeiro para conseguir boas rentabilidades.

Isto porque os fundos de investimentos cobram taxa de administração para colocar o seu dinheiro em uma carteira em títulos públicos.

Atenção…

Quando você investe através da corretora, você não foge completamente de um custo porque existe a taxa de corretagem e custódia.

Algumas corretoras não cobram taxa de corretagem, mas tem a taxa de custódia da BM&FBOVESPA do mesmo jeito e essa taxa de custódia é fixa a partir da entrada no investimento dos títulos do tesouro nacional:

– 0,4% no primeiro ano e esse você vai pagar se ficar durante 15 dias ou durante 360 dias.

É importante entender que as vezes, quando você tem acesso a um fundo de renda fixa com taxa reduzida de 0,5% ao ano…

Por exemplo…

Pode ser que você esteja colocando o seu dinheiro em uma opção mais rentável do que investir diretamente em títulos públicos.

Resta a você fazer as contas…

Cabe você avaliar qual o custo que você vai ter de deixar esse investimento no fundo, qual vai ser o custo de manter em títulos públicos diretos, mas de certa forma hoje, emprestar o dinheiro ao governo é algo muito simples.

Quem tinha dinheiro na caderneta de poupança e nunca fez isso, quer começar?

Vai ter que vencer a barreira do conhecimento, da primeira informação, de preencher a ficha cadastral, talvez dedicar uma ou duas horas no primeiro movimento de investimento!

Mas, fez isso uma vez, todas as demais aplicações serão muito mais simples, provavelmente, através de app do tesouro ou da corretora no seu smartphone.

O dinheiro está na conta, transferiu para a corretora, aplique quantos reais?

A partir de 30 ou 40 reais você consegue comprar uma fração de títulos públicos.

É simples, é acessível, recurso pequeno, o dinheiro fica disponível na sua mão quando você precisa.

Resgatou nesse momento até as 6 horas da tarde você tem na sua conta!

Ou seja, liquidez imediata. Não há empecilhos, não há entraves para você deixar de investir em títulos públicos.

Mas, o que é o Tesouro Direto?

O programa do Governo Federal foi criado em 2002 e em 2017, exatamente no mês de julho, alcançou a marca inédita de 1,5 milhão de pessoas cadastradas, conforme o Tesouro Nacional.

Quanto aos tipos de títulos, aqueles que estão vinculados à taxa básica de juros da economia, Selic, foram os mais investidos, representando 43% do volume total do Tesouro.

Depois, ficam os títulos indexados ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), assim como o Tesouro IPCA+ e o Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais.

Eles somaram 37% do total de títulos negociados no período.

Já os títulos prefixados foram responsáveis por 19,7% do total.

Investir no tesouro…

Esse aumento significativo do interesse pelo título público tem a ver com a perda de rentabilidade da poupança e obviamente dos juros básicos da economia, que chegou ao menor nível nos últimos 4 anos.

O investimento no Tesouro Direto é uma boa opção para quem não tem muito dinheiro inicialmente para aplicar.

Mas que, ao mesmo tempo, busca uma opção mais rentável do que a poupança, seja para o médio ou longo prazo.

Quando se opta pelos títulos públicos, a pessoa se torna credora do governo e recebe juros por isso.

Esses juros são bem melhores do que os pagos pelos bancos, na caso da poupança.

Esse é apenas um dos motivos que mostram porque é possível viver de renda no tesouro direto – e vamos contar como conseguir isso no decorrer do texto, acompanhe!

No tesouro direto, assim como nos fundos de investimento, existe a cobrança do imposto de renda, que segue uma alíquota regressiva, onde quanto mais tempo investido o dinheiro fica, menor é a incidência.

Além disso, existem outras taxas.

Mas, quando tudo é feito com planejamento, isso não se torna um impedimento para você conseguir viver de juros!

O que precisa ser considerado é que o tesouro é mais vantajoso do que a poupança.

Bem rapidamente, entenda isso em números.

Investimento de 300 reais mensais na poupança renderia algo em torno de 108 mil reais na poupança.

Já no Tesouro IPCA 2035 (5,98 + inflação no período), daria algo em torno de 270 mil reais.

Sim, 162 mil reais A MAIS. – no mesmo período!

É bem diferente no longo prazo né? E você achando que a poupança é a melhor opção…

Tipos de títulos do tesouro direto

Esse também é um tópico bastante resumido, mas é para você ter uma ideia do tanto de opções que há no tesouro direto, principalmente se pensado nos prazos de investimentos: curto, médio ou longo.

Tesouro Prefixado (antigo LTN) 

É quando o investidor vai receber o valor acrescido da rentabilidade na data de vencimento. Se resgatar antes, pode ter um preço variado negativamente.

Tesouro Prefixado com Juros Semestrais (antigo NTN-F) 

É indicada como renda complementar porque a cada 6 meses a categoria faz o pagamento de juros ao investidor, como uma antecipação da rentabilidade final.

Tesouro Selic (antigo LFT) 

É pós-fixados e muito contratado por quem busca realizar lucros com alta taxa de juros e sempre mantendo o poder de compra.

Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais (antigo NTN-B)

Oferece rentabilidade acima da inflação porque é composta por uma taxa de juros prefixada e pela variação da inflação IPCA.

Com isso, há a garantia de uma rentabilidade total do título sempre acima da inflação.

Tesouro IPCA+ (antigo NTN-B) 

Tem vencimento mais longo, por isso, é super indicado para quem está pensando na aposentadoria ou na faculdade dos filhos, por exemplo.

Também tem rentabilidade acima da inflação.

Já falamos aqui algumas vezes, mas vale repetir: o ideal é ter uma reserva de emergência, depois que já estiver com um bom valor para investir, vale pensar na diversificação dos investimentos, mesmo dentro do tesouro direto.

É aí que o dinheiro começa a trabalhar por você, vias de fato.

Com informações do Youtube

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