5 vantagens de se investir no exterior e 3 maneiras de fazer isso legalmente

Para alguns especialistas, o Brasil sairá logo da sua crise financeira que se estabeleceu por um longo período. Para outros, esse período ainda vai se alongar por mais algum tempo. O fato é que investir no exterior é uma das formas de minimizar os riscos dos investimentos.

Este tipo de aplicação resulta naquilo que os economistas chamam de “ideal” para quem está buscando uma boa rentabilidade e, ao mesmo, a segurança de ter um patrimônio preservado.

Mas, a maior parte dos brasileiros não sabe como fazer isso e quando buscam temas sobre o assunto acabam resvalando em polêmicas como investimentos ilegais.

Mais do que isso, quando encontram as formas certas, consideram a aplicação inacessível.

Só que Aigo Pyles, da Genesis Associados, faz uma breve reflexão: “Se o próprio Banco Central tem reservas em moeda estrangeira por que você e eu não fazemos o mesmo”?

Parece óbvio que se até o BC faz isso é porque investir no exterior não é algo tão arriscado ou inacessível assim, né.

“Ter uma reserva em moeda forte é uma ótima estratégia, sobretudo quando o real está desvalorizado. Existem riscos, como qualquer aplicação, mas eles são baixos e quando geridos com cautela não representam entraves”, garante.

Só que como investir no exterior legalmente?

Há várias possibilidades, como a compra de imóveis em outros países, que além de tudo é uma forma sólida de investir dinheiro; ou através dos fundos de investimentos, que fica disponível em plataformas de distribuição.

Vamos falar um pouco mais sobre como você pode conseguir isso no decorrer do artigo, mas antes vamos focar na legislação – será que investir no exterior é permitido por lei?

Investir no Exterior – O que diz a legislação

Investir no exterior, seja em imóveis ou em fundos, é permitido por lei e não representa nenhum tipo de delito – você não vai ser preso nem pagar multas se fizer isso, tá?

No entanto, a grande questão gira em torno das informações que você deverá prestar à Receita Federal, considerando que existe uma documentação necessária a ser entregue ao Banco Central.

“São certificados e comprovantes oficiais que precisam ser preenchidos e enviados aos órgãos responsáveis. A recomendação é sempre ter uma assessoria para te ajudar nisso”, diz Pyles.

O mais importante, nessa questão, é seguir a lei para que o investimento financeiro não seja comprometido em decorrência de erros simples.

E tem que ser feito porque tem a ver também com a legislação do outro país [além do nosso], considerando que existem acordos internacionais feitos e que precisam ser obedecidos.

Para você ter uma ideia, existem casos onde é preciso uma mediação jurídica ou administrativa, sobre quando há impossibilidade de ida até o país para fechar o negócio.

Sintetizamos essas leis, confira!

As Leis Brasileiras

A compra de um imóvel no exterior necessita da Declaração de Capitais Brasileiros no Exterior do Banco Central do Brasil.

Nela estão as principais normais de declaração de bens, conforme Decreto 1060, de 1969.

Também é preciso observar a Medida Provisória 2224, de 2001, que estabelece multa de até 250 mil reais ao não fornecimento de informações ou prestação de informações falsas.

A Resolução do Conselho Monetário Nacional 3854, de 2010, fala sobre a necessidade de declarar os imóveis para valores iguais ou superiores a 100 mil dólares.

Também dá para citar a Circular 3574, de 2012, que comenta sobre os prazos em que as Declarações de Capitais Brasileiros no Exterior (CBE) devem ser prestadas por meio eletrônico através do site do Bacen.

Como temos a saída da moeda do país para a compra do imóvel, é preciso se atentar a Lei 7492, de 1986, sob pena de crime.

As Leis Estrangeiras

Na Flórida, por exemplo, há o Imposto de Transmissão do Imóvel para casos de morte do proprietário e esse valor pode chegar a 47% do valor de mercado do imóvel.

Nesse caso, o investidor perderia praticamente metade da aplicação.

Para driblar esse imposto, é possível levar em conta comprar um imóvel como uma pessoa jurídica, em um paraíso fiscal (que tem custo mais baixo).

Entenda que comprar um imóvel por meio de uma pessoa jurídica não é crime – mas, se a compra tiver o único intuito de sonegar impostos aí sim pode caracterizar atos ilegais, conforme as condições, inclusive, como lavagem de dinheiro.

Investir no Exterior – Vale a Pena?

Bem, apesar de ser legalizado, investir no exterior dá um pouco mais de trabalho do que você acessar a renda fixa dos bancos, né.

Então, com isso em mente, fica uma pergunta bastante geral: será que vale a pena investir no exterior? E isso requer algumas reflexões – vamos lá!

A maior vantagem de se investir no exterior é a valorização de outras moedas se comparadas ao nosso real. Essas aplicações costumam ser estáveis, mas depende do país de origem.

Uma boa parte dos países que recebem investidores brasileiros é reconhecida pelo incentivo fiscal ou por políticas de suporte ao capital – que protege o capital contra a inflação e o câmbio.

O segredo, portanto, é estudar muito sobre o país que vai receber o investimento e avaliar se as políticas locais serão boas escolhas.

O que se sabe é que é um segmento que está crescendo na vida dos brasileiros, mas que ainda gera dúvidas especialmente porque pode ter um risco um pouco maior do que estamos acostumados.

Mas, de outro lado, também promete dar lucros maiores.

A dica é a mesma de sempre: nunca alocar todo patrimônio em um único investimento financeiro, nem mesmo se você quer proteger seus recursos e investir no exterior.

Explicar as vantagens de se investir no exterior é realmente bastante difícil, mas para facilitar o seu entendimento e sermos mais didáticos, criamos alguns tópicos sobre isso. Leia!

1 – Moeda Forte

Uma das vantagens de se investir no exterior é pensar que, geralmente, estamos falando em uma moeda forte, ou seja, é uma questão de balancear ativos e passivos.

É assim ó: a maior parte dos seus gastos está atrelada à moeda estrangeira (eletrônicos, roupas, eletrodomésticos, viagens internacionais). Só que os seus ativos estão atrelados ao real (imóveis, investimentos, etc).

Isso quer dizer que há um “descompasso” na balança que une os ativos dos passivos. É como se estivesse desequilibrada, entende?

Dessa forma, dá para entender o investimento feito no exterior como um balanceamento imediato entre seus ativos e o seus passivos, considerando essa moeda forte.

2 – Carteira Diversificada

Outra vantagem é ter uma carteira de investimentos diversificada – mesmo porque você já deve ter ouvido a velha história sobre “nunca colocar todos os ovos na mesma cesta”, né.

Então, o conceito é justamente esse: quando você divide a alocação dos seus recursos em uma variável maior de aplicações, você acaba por proteger seu capital contra possíveis perdas.

No caso do investimento no exterior, você minimiza essa perda quanto ao real, que pode ser desvalorizado em qualquer momento – e estamos falando em uma moeda forte, também.

3 – Proteger Patrimônio

Esse é um tópico complementar ao anterior – porque se você diversifica a sua carteira de investimentos, você corre menos risco.

Então, considere a frase de Harry Markowitz:

“O risco de uma carteira de investimentos é menor do que a média ponderada de cada ativo da mesma carteira”.

Assim, quanto maior a diversificação da carteira, menos volátil ela será.

Se você pensa em sempre ver seus recursos se valorizando e protegidos, investir no exterior é sim uma boa opção.

4 – Maiores Retornos

Além da segurança de proteger o patrimônio, investir no exterior também é eficiente quando o assunto é rentabilidade financeira, ou seja, ganho de lucros.

Se você não acredita nisso, pode ler o estudo “Does asset allocation policy explain 40, 90 or 100 percent of performance”.

Ele mostra que a promoção de uma boa alocação de ativos pode representar 90% do desempenho da sua carteira no longo prazo.

Assim se você sabe investir seu dinheiro corretamente, seu patrimônio pode ser 9 vezes mais importante do que quando você opta por investir em qualquer ativo.

Aqui é preciso entender que investir dinheiro é sim importante, só que saber onde investir seu dinheiro é que vai fazer você conseguir ganhar dinheiro ao longo do tempo.

5 – Economia Mundial

Bem, por fim, para terminamos esse assunto sobre as vantagens de se investir no exterior, vamos falar sobre a Economia Mundial.

O Brasil representa 3% de toda economia.

Partindo disso, e seguindo a teoria das finanças, os investidores tendem a manter seu patrimônio aplicado em ativos do seu país de origem por conta de um viés psicológico chamado viés do país de origem.

Portanto, isso quer dizer que você tem que observar a segurança de se investir em países que têm, justamente, essa segurança.

– Você investiria seu dinheiro na Bolívia?

– Da mesma forma, um americano talvez não investiria dinheiro aqui.

Agora, se falamos em Moeda Forte, em diversificação de investimento, em segurança… Então, pensar em investir no exterior [como nos Estados Unidos] é uma boa opção.

Investir no Exterior – como fazer isso legalmente?

Bem, você viu as vantagens, né. E, provavelmente, ficou com muita vontade de investir parte dos seus recursos no exterior [mesmo que tenha pouco dinheiro].

Agora, precisa saber também como fazer isso legalmente, então, vamos lá!

1 – Conta em bancos ou corretoras no Exterior

Essa é a forma mais usual e mais segura de se investir no exterior.

O conceito é o seguinte: você abre uma conta em algum banco ou corretora de valores que tenha sede em países do exterior [onde você queira investir] e faz uma transferência para lá, com o valor a ser aplicado [e mais os encargos].

Parece difícil, mas não é.

E essa é a forma mais clássica de se investir no exterior – considerando que há alguns entraves burocráticos, por conta das legislações nacionais e internacionais.

E já que citamos a legislação, vamos dar um exemplo.

Os investidores que aplica mais de 100 mil dólares no exterior precisam comunicar o Banco Central todos os anos dos seus rendimentos.

Os valores abaixo disso devem ser anunciados à Receita Federal, para que seja realizado o pagamento de impostos específicos – isso pode ser compensado na declaração de ajuste anual.

2 – Fundos de Investimentos no Exterior

Outra forma de investir no exterior legalmente é através dos fundos de investimentos que investem em ativos do exterior, obviamente.

Assim, o investidor evita ter problemas ou obrigações com o BC e com o IR.

E funciona assim: os bancos adquirem cotas do fundo e repassam aos investidores, ficando responsável por toda burocracia e gestão da carteira.

Por um lado: você tem mais comodidade e menos custo.

E tudo é legal porque esses fundos no exterior são obrigados, pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários), a incluir o sufixo “investimento no exterior” em cada nome de ativo.

Hoje em dia há muitos fundos que investem nesses ativos.

Agora, para você não dizer que não avisamos, vamos considerar alguns pontos que podem se tornar entraves no seu fundo de investimento:

  • Dificuldade em analisar os fundos investidos,
  • Taxas de administração potencialmente altas,
  • Restrição apenas para investidores qualificados.

Ainda vamos citar uma última forma de se investir legalmente no exterior, mas antes vamos especificar um pouco mais esses entraves e como minimizá-los.

Dificuldade em analisar os fundos investidos

O que se sabe é que os fundos de investimentos no exterior são destinados aos investidores mais qualificados e precisam manter, ao menos, 67% da carteira em ativos no exterior.

O que isso quer dizer?

Que o gestor do fundo tem liberdade para escolher os ativos, assim como entender a carteira dos fundos – respeitando essa classificação [que pode incluir a renda fixa, ações, multimercado, cambial].

Assim, a análise dos ativos é dificultada ao investidor, sendo que o ideal para a ser analisar o gestor e a sua capacidade de gestão [e não necessariamente no fundo].

Taxas de administração potencialmente altas

Como se trata de fundos com alto nível de complexidade, as taxas são bem altas.

E isso é sim um grande problema porque dificilmente você vai encontrar um fundo de investimento “Investimento no Exterior” que cobre um valor menor do que 1,5% da taxa de administração ao ano.

Essa é uma taxa cobrada sobre o montante investido e pode afetar a rentabilidade do fundo, portanto, cuidado!

Restrição apenas para investidores qualificados

Em um dos tópicos acima falamos em investidores qualificados – e você sabe o que é isso?

Conforme a instrução CVM 555/2014, esses fundos de investimento são restrito a investidores qualificados, que são aqueles que têm, pelo menos, 1 milhão de reais em aplicações financeiras.

3 – ETFs para investir no Exterior

Essa é a última maneira que vamos citar aqui para quem quer investir no exterior – através da ETF (Exchange Traded Fund), que é um fundo de investimento negociado em bolsa de valores.

Dessa forma, você pode comprar cotas destes fundos como se fossem ações, exatamente como os fundos imobiliários.

E se você acha complicado, descomplique. Porque elas são ferramentas de fácil acesso, inclusive, para o pequeno investidor – basta o acesso a internet, a conta na corretora e o dinheiro na conta.

Ela também permite o acesso à uma carteira diversificada de ativos por preços reduzidos.

Hoje em dia, na bolsa de valores do Brasil, existem dois tipos de ETFs para quem quer investir no exterior:

Ambas replicam os índices de ações norte americano S&P500 [que são as 500 maiores empresas listadas na bolsa dos Estados Unidos].

O custo das ETFs é o mesmo de se comprar uma ação ou um fundo imobiliário – incluindo a taxa de corretagem da corretora.

O entrave, nesse caso, é: você precisa ter mais de 1 milhão de reais em ativos ou ter um serviço de gestão de carteiras.

Abaixo também vamos falar brevemente sobre investir em imóveis no exterior, está bem?

Mas, antes, leia sobre comprar dólares como forma de investimento.

E sobre comprar dólar – isso é vantajoso?

investir no exterior

Bom, ao final deste artigo, vamos fazer um apanhado geral: você viu as vantagens de se investir no exterior e, posterior à isso, viu as 3 principais formas de fazer isso da forma mais segura e legal possível.

Agora, após tudo isso, você pode estar se perguntando: e aquela velha ideia de comprar dólares e guardar, pensando em uma supervalorização – vale a pena?

Bem, a resposta é a seguinte: considerando que um investimento é uma aplicação de capital que visa um retorno financeiro, podemos comparar com as ações, que geram os dividendos, além do lucro com a valorização das ações.

Por outro lado, se pensarmos em dólares é o seguinte: a cotação vai crescer indefinidamente, conforme a oferta e demanda – sendo que há um negócio por trás e nem mesmo você receberá juros por comprar dólar.

Considerando esse motivo, o dólar não deve ser visto como um bom investimento – você não vai criar mais dólares só porque comprou dólares e nem vai receber dividendos e nem juros.

A Variação do Câmbio

Esse talvez seja um dos principais cuidados que o comprador deve ter – o atual cenário do dólar frente ao real (ou vice-versa) tem levado as pessoas a deixarem de levar em conta os riscos do financiamento em moeda estrangeira.

Porém, o drama pode ser visto também com o que aconteceu em 1999, quando o aumento da cotação do dólar causou prejuízos enormes para os consumidores brasileiros dos carros importados, que faziam leasing bancário atrelado ao dólar.

Assim, para quem vai financiar um imóvel no exterior, corre o risco de sofrer com a variação cambial. Observe o exemplo:

Um comprador paga 100 mil dólares de entrada e financia outros 200 mil dólares em prestações mensais de 1 mil dólar.

Se o dólar está cotado em 2 reais, o preço da prestação é de 2 mil reais e o saldo, 400 mil reais. No entanto, se o dólar sobe para 4 reais, o valor da prestação e do imóvel também dobra.

Investir em imóveis no exterior

Comprar um imóvel no exterior sempre foi um investimento feito por pessoas ricas, de alta renda. No entanto, sabe-se que muitas outras pessoas fazem investimentos nacionais com valores que poderia ser aplicados lá fora.

A compra de apartamentos nos Estados Unidos, por exemplo, era visto como uma forma de diversificar investimentos, aumentando a renda e tendo prosperidade.

Nos últimos anos, a busca por este tipo de investimento se acentuou devido a crise econômica que se instalou no Brasil – passando a desestabilizar os investimentos nacionais do mercado imobiliário e também do setor financeiro, como as rendas fixas.

Aigo Pyles é da Genesis Advogados e diz que “vale a pena situações de desvalorização do real, como vemos agora, essa aplicação externa representa uma fonte mais estável e rentável”.

Investir em imóveis no exterior – mercado

Quando o assunto é investir dinheiro em imóveis internacionais, todo cuidado é pouco.

Pyles diz que esse é como toda outra aplicação – precisa de análises e percepção de riscos, levando em conta a possibilidade de valorização.

Se o comprador está atento, ganhará dinheiro.

“Quem comprou apartamentos na Flórida na crise de 2008 por 20 mil dólares, hoje tem um bem valendo mais de 250 mil dólares. Fora o ganho gerado ao longo dos anos em alugueis, que foi na média de 1,5 mil dólares por mês”, garante Pyles.

Ele também fala sobre a oportunidade de ter 1% de renda em relação ao investimento, como os imóveis que são indicados para alguns clientes.

A recomendação do especialista é ficar atento ao mercado – não se deve focar apenas em Nova York e Miami, que são rotas já conhecidas. “O que se deve pensar é nas formas de ganho, que é a valorização do imóvel e a renda do aluguel”.

Em termos de valores dos apartamentos, temos alguns números revelados no meio deste ano, confira.

Apartamentos de 25 a 40 m²

Na França, em Paris, os valores chegam a 400 mil euros. Esses são escolhidos pelos estudantes brasileiros.

Apartamentos de 120 m²

Também em Paris, o valor estimado é de 1 milhão de euros. Eles são procurados por investidores.

Apartamentos de 100 m²

Em Miami, estima-se que eles valem 500 mil dólares. Eles são os mais procurados pelos brasileiros.

Apartamentos de 300 m³

Também em Miami, encontramos valores que ultrapassam os 2 milhões de dólares. Esses são voltados para quem quer investir dinheiro e ganhar com a venda.

Investir em imóveis no exterior – motivos

São vários os motivos que levam as pessoas a investir no exterior, levantamos os principais.

A segurança! Como o Brasil passa por intensas mudanças políticas, os planos econômicos acabam sofrendo com a inflação e a Selic – assim, investir em imóveis no exterior, para muitos, parece ser um porto seguro.

Lá nos Estados Unidos, para se ter uma ideia, a modalidade desfruta de uma reputação de solidez e segurança.

Fora isso, casas e apartamentos são bens físicos, que tem forte valor psicológico.

Estabilidade dos preços. Esse é outro ponto importante porque é diferente das ações – onde se corre grandes riscos.

É raro que o mercado imobiliário americano tenha oscilações muito grandes dos preços.

Além da valorização do bem, também há de se pensar na renda que vem do aluguel – essa é uma fonte de renda que torna possível viver de juros.

Depois de ter um motivo em vista, também é preciso considerar outras questões importantes: quanto gastar, para que comprar, como comprar, qual o processo e como pagar?

Por exemplo, no ano passado, com 260 mil dólares era possível comprar uma casa em condômino fechado na Flórida, com 3 quartos e piscina. Porém, há os custos adicionais – que é de aproximadamente de 3%.

Se a sua ideia é morar, pense também que você pode ganhar algum dinheiro durante as altas temporadas, fazendo a locação e tendo uma renda de praticamente 10% do valor da propriedade.

Na hora de comprar, pense em fazer isso como pessoa jurídica – falaremos disso adiante.

Para fazer o pagamento, também é possível financiar, mas nem sempre isso é vantajoso. Também falaremos disso no final do artigo, acompanhe!

Investir em imóveis no exterior – os compradores

Em Paris, na França, os brasileiros ocupam o 3º lugar entre os estrangeiros que mais compram apartamentos em bairros nobres. Mas, quem são esses compradores? Confira o raio-x!

Investidores

São aquelas pessoas que enxergam no mercado imobiliário uma oportunidade de ganho para os próximos anos. Costumam adquirir o imóvel para alugar ou vender posteriormente.

Compradores Maduros

Eles viajam inicialmente como turistas e depois acabam optando por um segundo imóvel fora do país, para assegurar seus recursos financeiros.

Compradores Iniciantes

São aqueles que tendem a comprar imóveis em outros países por impulso. Normalmente, eles não têm muito foco para os negócios e enfrentam dificuldades na compra.

Pais de Família

Compram imóveis pensando nos filhos pequenos, a fim de que eles tenham onde ficar se decidirem fazer um intercâmbio, por exemplo.

Para todos os tipos de compradores, as corretoras são importantes. Elas podem avaliar a disponibilidade e as condições dos imóveis oferecendo as melhores opções para o cliente.

Além disso, acompanham os potenciais compradores e ponderam a valorização do bem, incluindo as despesas.

Até o meio deste ano, os destinos mais buscados eram:

  • Miami (EUA),
  • Orlando (Miami),
  • Nova Iorque (EUA),
  • Montevidéu (URU),
  • Lisboa (POR),
  • Barcelona (ESP),
  • Paris (FRA) e
  • Roma (ITA).

Investir com segurança – o que é preciso saber?

O SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e a CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas), mostrou que a caderneta da poupança é o investimento preferido do brasileiro.

Ela está nos planos de mais de 60% das pessoas [entrevistadas].

Mas, qualquer um que conheça o mercado financeiro sabe que ela não é a mais rentável do país – e está longe de ser.

Aqui vale a mesma ideia da previdência – será que é um investimento seguro e rentável?

A resposta: seguro sim, rentável não.

Então, a partir de tudo isso, fizemos a seleção de alguns passos importantes para você começar a investir com segurança de verdade e, ao mesmo tempo, ganhar dinheiro com isso.

Considere!

Os objetivos financeiros

Se você está estudando os investimentos financeiros e buscando alternativas para investir com segurança, tem uma pergunta a ser feita: para quê?

Para que você está investindo dinheiro, rapaz?

E, na real, não queremos saber o motivo – mas, você tem que ter um motivo.

E quanto mais forte for esse motivo, maiores suas chances de ganhar dinheiro no mercado financeiro.

Ninguém investe apenas por investir – porque isso seria um erro e você aplicaria apenas na poupança.

Mas, poupança vem de poupar.

Aqui, estamos falando em algo maior: ganhar juros.

Então, tenha em mente, no papel, na agenda, no celular um motivo bem forte para você investir dinheiro – isso é um objetivo financeiro.

E, a dica final deste tópico é: seja o mais sensato, realista e detalhista possível.

Você não tem que escrever assim: quero ficar rico em 2018. Isso é amplo demais.

Mas, você pode ser exato, da seguinte forma:

Eu quero acumular 500 mil reais até a minha aposentadoria (que é daqui 20 anos). Para isso, vou aplicar valores mensais de 200 reais em um fundo de investimento com taxa de rentabilidade próxima à Selic e taxa de administração em 0,5%.

Conseguiu sentir a diferença?

Isso é um objetivo muito bem traçado, né.

E você pode ter muitos objetivos, como: viajar para o exterior, fazer um intercâmbio, trocar de carro, mudar de casa, pagar a faculdade do filho, etc.

Conheça o seu perfil para investir

Esse é outro ponto bastante importante porque tem a ver com quem você é – no mercado financeiro.

Acredite: tem quem não tenha paciência com a renda fixa e, ao mesmo tempo, tem quem não tenha estômago para suportar as turbulências da bolsa de valores.

Você precisa se conhecer antes de investir dinheiro.

Investir com segurança é investir com sabedoria. Você até pode correr riscos, mas se souber domá-los, não sofrerá efeitos colaterais.

A gente já falou um pouco disso, né, acima. Na renda variável, quando citamos a diversificação da carteira de ativos.

Então, assim, mesmo com ações da para investir com segurança.

Agora, o mais importante é entender se você tem perfil para investir em ações.

Vamos considerar qualquer investimento seguro e rentável (tanto na renda fixa como variável).

Agora diz, com qual você mais se adapta? Para saber a resposta você terá que conhecer mais sobre cada uma das opções.

Mas ó, entenda que não há nada de errado se você preferir um fundo de investimento ou uma LCI, porque ambos podem ser vantajosos para você.

O mais importante de tudo é saber que existem opções que estão no mercado apenas para te confundir – como a caderneta da poupança e as previdências privadas, além das capitalizações.

Ah, o meu perfil é conservador (com aversão ao risco) e eu preciso criar uma reserva de emergência ainda, já que não tenho nenhum patrimônio acumulado.

Então, com apenas essas afirmações, já dá para notar que o ideal para você poderia ser um CDB (Certificado de Depósito Bancário) com liquidez diária.

É a partir do seu perfil que você encontra os melhores investimentos do mercado.

Já se você quer ganhar dinheiro rápido, terá que se expor à renda variável, às ações.

E aí, já conhece o seu perfil? Se não conhece, faça um teste, no vídeo abaixo:

https://youtu.be/eIuD7qxmu94

Informação sobre o mercado financeiro

Todo mercado financeiro tem alterações conforme o mercado mundial e nacional como um todo.

Para você entender isso, imagine considerar a Fibria, uma produtora de celulose, que é uma das mais recomendadas da bolsa de valores.

Então, se você tem ações nela, terá que analisar o mercado em diversas variáveis – o preço do dólar, da celulose, mudanças de cargos na companhia, consumo de papel.

Isso tudo (e muito mais) pode alterar o seu lucro com as ações dela. Entende isso?

E não é apenas na renda variável.

Na renda fixa, a queda dos juros (Selic) também altera a rentabilidade, considerando que a maior parte dos rendimentos tem a ver com a taxa CDI (que está próxima a Selic).

Você não tem que ser um especialista do caderno de economia do jornal, mas tem que compreender o mínimo e as nuances da onde você está inserindo.

Quanto mais você conhece disso, mais chances têm de investir com segurança.

Procure fontes oficiais e seguras para isso, como a Trovo Academy – onde sempre publicamos notícias importantes para o seu crescimento enquanto investidor financeiro.

Prazos de investimentos

Quando falamos em objetivos, citamos um pouco isso, mas vamos complementar agora.

O investidor que tem foco em ganhar dinheiro rápido, no curto prazo, tem a chance de ir para a bolsa de valores, que é a melhor indicação para isso.

Só que esse mercado exige muito e muito e muito conhecimento.

Se não, você vai se tornar alguém que “perdeu tudo” na bolsa.

Portanto, estude.

Agora, se você é uma pessoa que está ingressando nos investimentos, poderia começar com o pensamento de longo prazo.

E isso não é comprar algum ativo e esquecer-se dele, não é isso.

Pensar no longo prazo é entender a importância dos juros compostos.

Vamos usar um exemplo muito breve e simples (e totalmente hipotético), ok?

É o seguinte: você vai investir 100 reais todos os meses de 2018. Então, ao final do tempo, você teria acumulado 1,2 mil reais e mais a taxa de juros, certo?

Essa taxa de juros é composta!

Isso quer dizer que a cada mês que você investe, ela rende sobre o que você tem acumulado.

Bom, no primeiro mês você tem 100. No segundo, não vai ter apenas 200.

Na real, vai ter os 200 e mais alguma taxa de juros.

Suponhamos que tenha somado 204 reais.

Daí, no outro mês, os juros vão incidir sobre os 204 reais, que é o seu total.

E não apenas sobre os 200, que foi o valor que você aplicou até então.

Entende?

Isso pode parecer bobo, mas no longo prazo significa muito.

Se daqui há 10 anos você tiver acumulado 50 mil reais, então, seu investimento estará rendendo sobre os 50 mil reais.

E a verdadeira mágica acontece quando sua aplicação está rendendo mais do que você mesmo está depositando mês a mês.

E, acredite: isso não demora muito a acontecer – desde que você tenha paciência.

Juros compostos

Sim, acabamos de falar dos juros compostos, é verdade.

Mas, vamos complementar nesse novo tópico.

A ideia dos juros compostos é trabalhar da seguinte forma: aplicações mensais (aportes) e ao longo do tempo.

Então, ele funciona muito bem para quem está pensando em aposentadoria, por exemplo. Ou em projetos distantes – acima de 5 anos.

Levando em conta o exemplo acima, considere que você investir 100 reais todos os meses, vai te fazer aplicar um total de 1,2 mil reais no ano, certo?

Agora, fica a pergunta: e se eu pegasse meu 13º salário (de 1,2 mil reais) e aplicasse de uma única vez em investimentos, seria a mesma coisa?

Obviamente que não. A aplicação mensal é muito mais vantajosa porque a cada mês que passa, o dinheiro rende um pouco. Em uma aplicação única, o rendimento começaria mais tarde.

Note que o tempo é que foi determinante, já que o valor investido é o mesmo.

E para você ter uma ideia geral do poder dos juros compostos ao longo do tempo, conseguir encontrar um simulador de investimentos na internet e fizemos algumas contas.

A mágica…

Seguinte: se você aplicar apenas 50 reais por mês, ao longo de 360 meses (30 anos) e uma taxa de 8% ao ano (que é comum hoje em dia), terá acumulado pouco mais de 70 mil reais.

Significativo isso, né. Porque você somou 70 mil tendo aplicado um total de apenas 18 mil.

Seu dinheiro quase que quadriplicou. Isso é juros compostos.

Aposentar e ter um valor de 70 mil reais poderia significar muito para você – daria para quitar a casa, fazer uma viagem dos sonhos e muitas outras coisas.

E isso porque você aplicou apenas 50 reais por mês.

Outro exemplo, também simples: aplicações mensais de 500 reais, com a mesma taxa (8%) ao longo de menos tempo (20 anos) te daria um valor milionário de 280 mil reais.

Você aplicou mais dinheiro mensalmente, mas em menor tempo.

Nesse caso, você investiu 120 mil reais e teve 280 no final – um pouco mais que o dobro.

Entende o que é fazer o dinheiro trabalhar para você – e isso tudo é investir com segurança e aplicando pouco todos os meses.

Disciplina é fundamental!

E aí, o que achou deste artigo sobre investir no exterior?

Ficou com alguma dúvida? Deixe-nos um comentário!

Com informações da Exame e Clube do Valor

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