Investir em Debêntures: Aprenda como Funciona essa Renda Fixa em 6 Passos

No Mercado Financeiro, a notícia que mais tem chamado a atenção dos investidores é: “A Petrobras lançará uma oferta pública de debêntures em um montante total de 5 bilhões de reais”. Mas, você conhece este tipo de investimento financeiro? Sabe como Investir em Debêntures?

– Sobre a Petrobras, teremos um tópico no final do artigo para explicar melhor. Leia!

Debêntures não é simplesmente investir em ações ou em startups. A palavra, na sua breve definição, significa “títulos de dívida de empresas”.

Marília Fontes é analista de Renda Fixa da Empiricus e afirma que “quando a gente fala em Renda Fixa, categoria em que estão as Debêntures, estamos falando de dívidas. Se for do governo, chamados de títulos públicos, se for do banco é CDB, e, quando é de empresa, falamos debêntures”.

Assim, participar de uma oferta de debêntures como pessoa física é o mesmo que emprestar dinheiro para as empresas tendo, na contramão, o pagamento de juros e a correção do valor por um índice da inflação, seguindo, conscientemente, um prazo e uma taxa definidos no momento da aplicação.

Voltando a falar da Petrobras, o comunicado da estatal diz que dos 5 bilhões de reais, 800 milhões serão alocados em duas séries como debêntures incentivadas, ou seja, títulos voltados ao financiamento de projetos de infraestrutura e que, por isso, são isentos de imposto de renda e IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).

“Se por um lado o governo é o emissor mais seguro do mercado, já que ele sempre procurará honrar seus pagamentos, nem que tenha que aumentar impostos para isso, por outro lado as empresas, por serem emissoras mais arriscadas, acabam pagando melhor. É aí que está uma grande vantagem desses papéis”, afirma Marília.

Como Investir em Debêntures

Como os investimentos financeiros feitos no Tesouro Direto, é preciso abrir uma conta em uma corretora de valores. Logo, os investidores poderão comprar diretamente os papéis, aceitando ou não as ofertas das corretoras ou ainda investindo em fundos de debêntures geridos por elas – visando os melhores resultados.

Normalmente, as debêntures tem a incidência do IR regressivo, sendo que quanto maior for o tempo de aplicação, menor será o imposto cobrado.

Os papéis incentivados, como os que serão oferecidos pela Petrobrás, só serão mais vantajosos que as debêntures comuns se o rendimento prometido por eles também forem bons.

Na média, as ofertas de debêntures têm rendimentos de 9% mais inflação, sendo que taxa poucos títulos do Tesouro Direto.

Assim sendo, o grande segredo, como recomendado pelos especialistas, está em encontrar uma boa relação no que é chamado risco-rendimento.

Isso quer dizer que a promessa pode ser ótima – 120% do CDI, porém nem sempre ela valerá muito se a companhia não demonstrar, através dos balanços, as melhores condições dos pagamentos previstos.

“É o que chamamos de risco de default no mercado, ou seja, o risco de a empresa emissora não honrar com os pagamentos de juros”, afirma Roberto Indech, que é analista-chefe da Rico Corretora.

Se você é iniciante no mercado financeiro e nunca aplicou dinheiro em nenhuma opção da renda fixa, não é aconselhável começar pelas debêntures, a não ser que tudo seja feito com a orientação de um gestor.

“Nem todo mundo tem experiência na leitura de balanços ou mesmo de como está o mercado secundário para aquele papel, por isso o auxílio de um gestor pode fazer a diferença na hora de investir em debêntures”, disse Marília.

Regras Gerais do investimento em Debêntures

Agora, se você já investe em Renda Fixa e Renda Variável, pode começar a levar em conta o investimento nas debêntures. O investimento inicial não é considerado alto, sendo a partir de 2 mil reais, o que possibilita a entrada dos pequenos investidores também.

Além disso, não são cobradas taxas de administração quando o investidor compra as debêntures de forma direta – e sim quando há o trabalho do gestor por trás. Já a taxa de custódia, que costuma ser de 0,03% ao ano.

Algumas corretoras cobram uma parte do rendimento prometido.

É fácil, pensa assim:

Se a rentabilidade prevista é de 120% do CDI, a corretora vai oferecer ao investidor algo como 119% do CDI. Se a diferença entre a oferta original e a da corretora for muito grande, desconfie sempre.

As corretoras são mais aconselháveis do que os bancos, porém, ainda assim é preciso pesquisar e se atentar.

Leve em conta que a maioria das corretoras independentes não faz esse tipo de cobrança.

12 Títulos: Renda Fixa é Considerada Porto Seguro em época de Crise

Tipos de Títulos de Renda Fixa

Como existem muitas informações sobre os Títulos de Renda Fixa, acabamos deixando de falar sobre os Tipos de Renda Fixa. Mas, vamos corrigir esse erro agora mesmo.

Já citamos até aqui muitas opções – como CDB, Letras de Crédito e Tesouro Direto – mas, pode ser que você ainda não os conheça, então, vamos apresentar.

Considere ainda que esses são os mais “famosos”, porém, existem muitas outras opções.

CDB (Certificado de Depósito Bancário)

É um título privado emitido por bancos para a concessão de crédito. Quando você compra um CDB, você empresta dinheiro ao banco e recebe juros por isso.

LCI (Letra de Crédito Imobiliário)

É um título privado emitido por instituições financeiras e é lastreada em créditos imobiliários, garantidos por hipotecas ou alienação fiduciária. Quando você compra um título de LCI, você empresa dinheiro às instituições e recebe juros por isso.

LCA (Letra de Crédito do Agronegócio)

É um título privado também de instituições financeiras, atrelado à operações do agronegócio. Quando você compra uma LCA, você empresta dinheiro e recebe juros por isso.

LC (Letra de Câmbio)

É um título de crédito privado emitido por instituições financeiras. Ele é lastreado para contratos de financiamento para pessoas físicas e jurídicas, mas nada tem a ver com a compra ou venda de moeda estrangeira. Quando você compra uma LC, você empresta dinheiro e recebe juros por isso.

Debêntures

É um título emitido por empresas com a finalidade de financiar projetos e operações. Quando você compra debêntures, você empresta dinheiro à empresa e recebe juros por isso.

Tesouro Direto

É um título emitido pelo Tesouro Nacional, do Governo Federal, para captar dinheiro para financiar gastos ou rolar dívidas. Quando você compra títulos do Tesouro, você empresta dinheiro ao governo e recebe juros por isso.

Reprodução: Google

Para não Esquecer o que São as Debêntures

São Investimentos feitos com títulos de dívidas emitidos por empresas. Vendidas em oferta pública a investidores de diferentes perfis (como fundos de investimentos, fundos de pensão e pessoas físicas).

Quem compra um título desse tem que esperar até o vencimento do papel e recebe juros por isso.

Assim, na hora de investir dinheiro nessa opção da Renda Fixa, considere:

1 – Rentabilidade das Debêntures

Por serem títulos de empresas privadas, as aplicações envolvem mais riscos do que os de dívida pública, ao mesmo tempo, a rentabilidade é maior do que o Tesouro Direto e o CDB.

Para se ter uma ideia, a variação fica entre 110 e 120% do CDI, sendo que nos bancos, os títulos não passam de 95%.

2 – Taxas das Debêntures

Normalmente, não são cobradas taxas de administração quando o investidor compra as debêntures diretamente. O que tem é a taxa de custódia, que costuma ser de 0,03% ao ano. Algumas corretoras cobram a taxa de rendimento prometido.

3 – Diversificação das Debêntures

As debêntures são indicadas para quem já é investidor, ou seja, quem já tem aplicações financeiras em Renda Fixa e Ações e tem o objetivo de diversificar ainda mais os investimentos.

A ideia é a de equilibrar os riscos e conseguir mais rentabilidade.

4 – Riscos das Debêntures

Assim como os investidores de ações, quem investe em debênture está assumindo o risco de a empresa não pagar o que prometeu.

Por isso, é preciso avaliar bem a companhia em destaque, avaliando as condições de cumprimento do prometido e analisando o investimento para o seu tipo de perfil.

5 – Prazo das Debêntures

A oferta de debêntures e o mercado secundário é importante também para avaliar se o investidor realmente pode abrir mão do investimento por um determinado período.

O vencimento do papel pode ser para daqui 5 anos, por exemplo. Na real, nunca será menor do que 2 anos.

6 – Liquidez das Debêntures

Nem todos os papéis tem “liquidez”, que significa que o mercado usa títulos que têm muita procura e não demoram muito tempo para serem vendidos no mercado secundário.

É importante sondar como está o mercado para este tipo de ativo levando em conta a possibilidade de venda dos papéis antes do vencimento.

4 Vídeos para Investir Dinheiro na Renda Fixa e Ficar Rico Sem Riscos

Petrobras Quer o Seu Dinheiro Emprestado

Os debêntures que foram divulgados em julho serão emitidos com vencimentos entre 2022 e 2024, porém, a data de lançamento ainda não foi divulgada, mas deve ocorrer brevemente.

O anúncio foi feito no dia 26 de julho.

Para participar da oferta, como pessoa física, o investidor precisa emprestar dinheiro para uma empresa tendo como contrapartida o pagamento de juros e a correção do valor por um índice de inflação.

Confira as Séries divulgadas:

1ª Série da Debênture da Petrobras

Será uma Debênture Incentivada com Vencimento para 15 de agosto de 2022, sendo que a Taxa Final será baseada no Tesouro IPCA 2022 (0,05% ao ano) e o volume alocado somará 301 milhões de reais.

2ª Série da Debênture da Petrobras

Será uma Debênture Incentivada com Vencimento para 15 de agosto de 2024, sendo que a Taxa Final será baseada no Tesouro IPCA 2024 (0,30% ao ano) e o volume alocado somará 1,089 bilhão de reais.

3ª Série da Debênture da Petrobras

Será uma Debênture não Incentivada com Vencimento para 15 de agosto de 2022, sendo que a Taxa Final será baseada no CDI (106,75%) e o volume alocado somará 3,3 bilhões de reais.

4ª Série da Debênture da Petrobras

Será uma Debênture não Incentivada com Vencimento para 15 de agosto de 2024, sendo que a Taxa Final será baseada no Tesouro IPCA 2024 (+ 0,9% ao ano) e o volume alocado somará 251,6 milhões de reais.

Existe um Fundo de Renda Fixa que Rendeu 123% do CDI…

Com a incerteza política do último ano, o Fundo XP Corporate Plus Fim CP teve um retorno de 123% do CDI desde a criação, em julho de 2016, um ganho acima do objetivo, que era de 115%.

Fausto Filho é o gestor de Renda Fixa da XP Gestão e fala que o diferencial do fundo é que ele não tem “amarras” como rating mínimo, limitações à empresas de capital fechado e corporate bonds.. .O que faz dele ter aportes estritamente feitos em empresas e bancos.

Os ativos do fundo estão autorizados a investir em debêntures, notas promissórias, DPGES (Depósito a Prazo com Garantia Especial), corporate bonds, CDBs (Certificados de Depósito Bancário) e LFs (Letras Financeiras).

O aporte mínimo para ter acesso ao fundo é de 25 mil reais e a taxa de administração é de 0,75% ao ano.

“A restrição a ativos corporativos já o diferencia de outros fundos. Outro diferencial é que esse fundo não tem restrição de rating. A maior parte dos fundos só podem comprar ativos que são investimento grade. Já o Corporate Plus está apto para comprar qualquer ativo”.

“Basicamente financiamos empresas e bancos por meio de dívidas emitidas no Brasil ou no exterior. Essa é uma grande diferença em relação a outros fundos da casa, que são multiestratégias de crédito e que não compram só dívida corporativa”, diz o gestor.

“Entendemos que há boas empresas que, apesar de não terem capital aberto, conseguimos fazer análises e nos apropriar de um spread de crédito maior, porque muitas vezes a empresa está em um momento de crescimento, tentando acessar o mercado e sem tanta visibilidade”.

“Como o fundo é em reais, eu preciso comprar papel em dólar e transformar esse bond em swap. Se precisar zerar posição, não é um movimento tão trivial e o prazo mais dilatado permite esses movimentos na carteira”.

O fundo tem um patrimônio líquido de 162 milhões e deve chegar, brevemente, em 300 milhões. A estratégia é manter os ganhos elevados. “Queremos continuar mantendo esse diferencial de retorno”.

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Passo a Passo para Aprender a Investir Dinheiro com a Queda da Selic

Os especialistas dizem que existem boas opções de renda fixa com a queda da Selic, porém, é preciso se preparar porque esse cenário tende a mudar nos próximos anos, o que pode proporcionar um risco maior para encontrar os melhores rendimentos.

Relação entre Juros e Inflação

Se os juros caem, a inflação segue a mesma linha.

Portanto, quando for escolher uma aplicação financeira, não veja apenas os juros pagos e sim a expectativa da inflação para os próximos anos. Isso é possível de ser feito calculando a taxa real de juros e descontando o efeito da inflação.

Rendimentos Menores

Não espere mais do que 12% ao ano em aplicações prefixadas. Um investimento que prometa 11% ao ano nos próximos anos é uma ótima opção de escolha. “Os rendimentos estão magros”, dizem os especialistas.

Investir por Mais Tempo

Se você pode optar por investir por mais tempo, ou seja, no longo prazo, pode ganhar mais dinheiro. Claro que para tanto, você não poderá sacar nada no meio do caminho.

O Tesouro Selic é um exemplo clássico disso, já que oferece boa rentabilidade, com risco muito baixo e excelente liquidez, pois permite sacar o dinheiro de um dia para o outro.

“Quem puder abrir mão da liquidez e investir parte do patrimônio por quatro ou cinco anos vai encontrar papéis com rentabilidade superior ao Tesouro Selic, e com risco muito baixo também”, diz Ricardo Zeno, sócio-diretor da AZ Investimentos.

CDBs dos Bancos Menores

O próprio Ricardo Zeno diz que os CDBs dos bancos médios podem pagar 118% do CDI, desde que não seja resgatado em menos de 4 anos. Já o valor mínimo para aplicação é de 5 mil reais.

O ideal é buscar um CDB que pague, no mínimo, 100% do CDI para superar o rendimento do Tesouro Selic. Em termos comparativos, os bancos grandes, os CDBs estão em torno de 84% do CDI e a maioria não oferece liquidez diária.

A dica final para os CDBs é que os investimentos não passem de 250 mil reais, que é o valor coberto pelo FGC (Fundo Garantidor de Crédito).

CDB para Dinheiro Rápido

O CDB também é indicado para quem quer investir em questões de meses, ou seja, investimentos curtos.

“Para quem precisa de liquidez diária, há CDBs específicos, que pagam entre 100% e 102% do CDI. Essa taxa é ligeiramente superior ao Tesouro Selic. Além disso, o Tesouro Direto apresenta custos, como custódia (0,3% ao ano) e corretagem (que varia de Zero a 0,5% ao ano), que tiram rendimento de aplicações mais curtas. Já os CDBs não têm custos extras para aplicar”.

Impostos

Nos dois investimentos citados acima – Tesouro Direto e CDB – o investidor está sujeito a uma alíquota de Imposto de Renda de 22,5% para saques feitos menos de seis meses após a aplicação.

Quando for comparada à poupança, essas aplicações ainda rendem mais, mesmo depois de descontado o IR pela alíquota mais alta, diz Zeno.

O rendimento tem que ser de, no mínimo, 8% para uma aplicação com IR de 22,5% superar o rendimento da poupança, que é isenta de IR.

Correr Riscos

Opinião comum entre os especialistas é que correr riscos pode te fazer ganhar mais dinheiro. Principalmente, se pensarmos em curtos períodos de tempo.

“Hoje, ainda é possível encontrar aplicações de renda fixa, com risco muito baixo, que pagam um juro real”, diz Illan Besen, da BR Advisors.

Dinheiro nas mãos dos Profissionais

Com um cenário de muitos riscos, as pessoas têm que se informar melhor e conhecer a fundo os diversos tipos de aplicação, tais como as ações, debêntures, contratos de juros futuros e ativos cambiais.

Logo, se você não entende muito sobre os investimentos ou se não tem tempo para acompanhar o rendimento das suas aplicações, é recomendável buscar fundos ou consultorias, conforme o seu patrimônio disponível para aplicações financeiras.

“Uma coisa é tomar uma aspirina para aliviar uma dor de cabeça simples. Outra é tratar de uma infecção. Você vai precisar da ajuda de um médico para receitar o antibiótico certo. A renda variável exige um acompanhamento constante. Você precisa ficar em cima, monitorando os papéis e as notícias. Se você não tem tempo para isso, pode correr um risco ainda maior”, diz Besen.

Fundos Multimercados e de Ações

“É importante ler o prospecto e saber em que determinado fundo investe. Analise o histórico de rentabilidade. Pesquise quais são as expectativas para os ativos investidos pelo fundo. Veja se aquele gestor possui boas qualificações. E fique atento também à taxa de administração”, afirma Besen.

Para ele, os fundos multimercados e de ações cobram, em média, a taxa de administração de 2% ao ano e os investimentos mínimos são de 10 mil reais.

Vale pensar também no acompanhamento de índices, como o Ibovespa, Energia ou buscar papéis de companhias que paguem bons dividendos, que sejam elevados e com regularidade.

Quando Vai Precisar do Dinheiro

“Quem puder abrir mão da liquidez por mais tempo, sempre vai conseguir rendimentos melhores”, diz Ricardo Zeno, da AZ. No cenário de riscos, o especialista diz que não adianta pensar apenas em ganhos.

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Com informações da Gazeta do Povo

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