9 investimentos isentos de imposto de renda

As pessoas que buscam investimentos isentos de imposto de renda são aquelas que querem encontrar maneiras de aumentar os seus ganhos no mercado financeiro.

E, no Brasil, não existe regras gerais para essas opções, por isso, vamos explicar cada uma das opções.

O que se sabe é que alguns investimentos financeiros recebem o apoio do governo federal visando estimular o maior fluxo de recursos para determinadas áreas, como o setor imobiliário, do agronegócio e de infraestrutura.

O Brasil é um dos países que tem os piores retornos em termos de serviços e infraestrutura. Ao todo, aproximadamente 40% do nosso PIB é destinado aos impostos, conforme informações do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT).

Em países mais desenvolvidos (como Bélgica, França e Itália) essa carga também é alta, só que os retornos podem transformar vidas – a qualidade é muito alta.

Como é cobrado o imposto de renda na maior parte dos investimentos financeiros

Independente do volume que você negocia, as aplicações financeiras que movimentam valores tem a incidência sobre os ganhos, ou seja, apenas sobre os lucros das liquidações.

O lucro ganho sempre é considerado renda e será tributado se o investimento escolhido não for isento de IR.

Na renda variável, há algumas explicações:

  • Gasto de 5 mil na compra de papéis,
  • Ganho de 7 mil reais na venda de ações,
  • Despesas e taxas somando 400 reais na operação,
  • Base de cálculo de 1,6 mil reais.

Essa base de cálculo é feita considerando o preço de venda menos o preço de compra das ações e as despesas e as taxas.

Quando há a necessidade de pagar o IR, é preciso emitir o DARF (Documento de Arrecadação da Receita Federal) para realizar o pagamento até o último dia útil do mês.

Já na renda fixa, o imposto sobre os rendimentos é feito pela instituição ou corretora que faz a custódia. Dessa forma, o investidor não precisa se preocupar com a apuração e pagamento de tributos, porém, prestando atenção.

Apesar dessa facilidade, o investidor precisa conhecer as alíquotas, que seguem uma tabela regressiva:

  • 22,5% de IR sobre os rendimentos para até 180 dias,
  • 10% de IR sobre os rendimentos para até 360 dias,
  • 17,5% de IR sobre rendimentos para até 720 dias,
  • 15% de IR sobre os rendimentos para mais de 721 dias.

Considerando esses valores desde cedo, o investidor consegue optar pelo melhor investimento para ele, partindo do pressuposto que tempo e objetivo são importantes.

9 investimentos isentos de imposto de renda

De maneira geral, para o investidor financeiro, essa isenção pode tornar a aplicação mais atrativa porque eleva os percentuais de lucro.

Confira os 9 investimentos isentos de imposto de renda no Brasil.

1 – LCI (Letra de Crédito Imobiliária)

É um investimento da renda fixa e muito conhecido justamente por ter a facilidade de não ser incidente do imposto de renda.

O título é emitido pelos bancos e os recursos devem ser alocados em empresas ou pessoas do setor imobiliário, como na construção de apartamentos, shoppings e residências.

A LCI, como toda renda fixa, é um empréstimo de dinheiro feito pelo investidor ao banco. Na troca, há um ganho de lucro, visto em rentabilidade. Essa taxa de juros se baseia no CDI (Certificado de Depósito Bancário).

O investimento recebe o apoio do governo federal, por isso, o benefício da isenção o IR.

E essa é a justamente a maior vantagem da LCI – é um investimento isento de imposto de renda.

Por outro lado, os pequenos investidores costumam ter dificuldades devido ao alto valor de aplicação inicial e ao período de tempo necessário para ter direito aos recursos investidos.

2 – LCA (Letra de Crédito do Agronegócio)

É exatamente igual ao LCI, com a diferença de que os recursos financeiros são usados para o segmento do agronegócio.

Também vale ressaltar que essas letras de crédito só não são indicadas para quem vai usar o investimento no curto prazo. Quanto a garantia de ambas, elas são feitas pelo FGC (Fundo Garantidor de Crédito) para valores de até 250 mil reais por pessoa e por banco.

3 – CRA (Certificado de Recebíveis do Agronegócio)

Para as pessoas físicas há a isenção do imposto de renda. Para as empresas, não. A pessoa jurídica tem o único benefício da isenção do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).

A diferença para a LCA é que a CRA é emitida por securitizadoras, que são organizações que convertem dívidas em títulos lastreáveis.

Justamente por isso é considerado mais arriscado, sendo que não conta com a garantia do FGC. A segurança desse investimento financeiro está apenas na saúde da empresa na qual você está aplicando seu dinheiro.

Então, note que ele é parecido com a LCA, mas não tem o FGC. Então, por que as pessoas optariam por esse investimento isento de imposto de renda e não pelo outro?

As CRAs costumam ter melhores rentabilidades, sendo superior, na maior parte das vezes, do que as outras opções da renda fixa e garantindo retornos que ficam acima da inflação.

A remuneração também é paga sobre o CDI, mas pode estar indexada a outro índice de inflação. Além de que pode ser prefixada a um valor único.

Os ativos mais usados no mercado financeiro são aqueles que se baseiam no IPCA (Índice de Preços ao Consumidor) e ao IGP-M.

Os lucros são pagos semestralmente ou anualmente – e isso é bom.

Só que o valor total investido só retorno em prazo de 4 anos, na média – o que pode ser ruim se você estiver precisando do dinheiro rápido.

Logo, a conclusão é a de que se trata de um investimento de médio prazo.

4 – CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliário)

Como o CRA, é um investimento isento de imposto de renda. E, novamente, a diferença é o uso do recurso, que é destinado ao setor imobiliário.

5 – Debêntures Incentivadas

As debêntures incentivadas são títulos de dívidas. Achou confuso?

É quando as empresas de capital aberto (ou fechado) buscam formas de captar recursos para que seu caixa se movimente.

As debêntures podem ser simples, conversíveis ou incentivadas – cada uma tem característica diferente.

O fato é que as incentivadas são aplicações financeiras isentas de imposto de renda e de IOF.

Isso porque elas são emitidas pelas empresas que usam o dinheiro para financiar projetos que normalmente são de infraestrutura, logo, o governo apoia a causa.

O rendimento desse investimento se dá de maneira pós-fixada, prefixada ou híbrida.

As debêntures incentivadas costumam ser muito aconselháveis para quem busca maneiras de diversificar a carteira de ativos sem ter que pagar o IR.

6 – Fundos Imobiliários (ATENÇÃO)

Os fundos imobiliários são opções que investem em imóveis ou papéis lastreados desse setor – que podem ser empreendimentos, shoppings, salas comerciais e corporativas, entre outras.

A ideia de um fundo como esse é a de ganhar dinheiro com a venda ou o aluguel de imóveis.

Falando de forma simples, eles são maneiras de investir em imóveis sem precisar desembolsar uma grande quantidade de dinheiro e sem ter que administrar um imóvel pessoalmente.

Tudo acontece em forma de cotas que são negociadas na bolsa de valores – como se fossem ações de empresas. Portanto, é como se ele comprasse apenas um pedaço do imóvel e ganhasse uma rentabilidade proporcional a isso.

Em comparação com comprar um imóvel para alugar, as vantagens são inúmeras, a começar pela liquidez e pelos rendimentos.

A pergunta agora é: os fundos imobiliários são investimentos isentos de impostos de renda? Sim, mas com ressalvas.

Para ter a isenção, o investidor não deve ter mais do que 10% do patrimônio total do fundo e os cotistas devem ser maior, em números, do que 50.

Essa é a regra!

Apesar disso, há ainda outro detalhe: a venda das cotas pode ser sujeitas a tributação (de 20%) sobre os ganhos.

Portanto, ainda que seja uma opção de investimento isento de imposto de renda, é preciso tomar cuidado para não comprar gato por lebre – faça as contas e se valer a pena, invista!

7 – Rendimento de dividendos (ATENÇÃO)

Na bolsa de valores, as ações são vendidas como sendo pequenas frações das empresas são comercializadas livremente e o investidor torna-se sócio dela.

Dessa forma, a valorização da empresa pode se dar pela forma de divisão de lucros, chamado de dividendos.

No Brasil, isso é obrigatório – as empresas que tem ações na bolsa de valores precisam distribuir, no mínimo, 25% dos seus lucros em forma de dividendos.

Esse lucro, por sua vez, é isento do imposto de renda. Entenda que estamos falando apenas de dividendos, está bem?

8 – Ações (ATENÇÃO)

Quanto as ações, elas também podem ser consideradas investimentos isentos de imposto de renda, mas há regras para isso. Isso vai acontecer se você vender até 20 mil reais em ações em um único mês.

Acima desse valor, a alíquota cobrada pelo IR é de 20%.

E o benefício deve-se apenas as ações, sendo que os fundos de ações não participam dessa benesse do mercado financeiro.

O segredo, nesse caso, é entender perfeitamente como funciona o mercado de ações no Brasil.

Se você tem esse interesse, faça um workshop gratuito que disponibilizamos aqui no site: Workshop 100% Online e Gratuito: Risco Zero nos Investimentos

9 – Caderneta da Poupança

Para muitos, nem é um investimento financeiro. De qualquer maneira, a poupança foi considerada a primeira aplicação financeira isenta de imposto de renda do país.

Talvez você já conheça tudo dela, mas vale considerar que: são contas bancárias, tem liquidez diária e tem isenção de impostos (inclusive do IR).

O lado ruim da poupança é que a rentabilidade dela é baixa e perde para quase todas as outras opções do mercado financeiro.

Uma pesquisa de 2016, da Federação do Comércio do Rio de Janeiro, mostrou que a poupança é a opção preferida por 76% da população brasileira.

Investir em investimentos isentos de imposto de renda é lucrativo?

Ninguém pode afirmar isso com certeza se não fizer alguns cálculos.

Tudo vai depender dos objetivos financeiros que você tem, do valor para aplicar e do tempo de resgate que poderá fazer.

O que é opinião comum entre os analistas é que essas 9 opções citadas acima são indicadas para todos os investidores que querem diversificar seus investimentos financeiros. Isso a se considerar um prazo maior de aplicação.

Diversificar dá a garantia e a segurança de que você terá um patrimônio acumulado no futuro.

Para não errar, faça essas análises.

Rentabilidade

Um investimento isento de imposto de renda pode ser melhor ou não do que um que tem a incidência do IR. O único jeito de saber é comparar a rentabilidade líquida das modalidades em destaque.

O IR pode ser um diferencial, mas isso não garante nada.

E o que se sabe é que as opções entre bancos e corretoras podem variar muito. Muitas vezes, as instituições menores tem alternativas mais rentáveis, com taxas menores.

O negócio é ter um plano para encontrar o título ideal para você.

Prazos

Os investimentos isentos de imposto de renda, quase sempre, têm as melhores opções no longo prazo – o que pode oferecer vantagens conforme o período.

Antes de fechar qualquer contrato, avalie a sua necessidade de tempo – vai precisar do dinheiro agora ou pode esperar por alguns bons anos?

Novamente, vale a máxima: isenção do imposto de renda é um diferencial para a escolha, mas não deve ser o único critério a ser analisado.

Custos

A perspectiva final só se dará após a análise de todos os itens, inclusive, os custos.

São muitas as taxas que podem ser cobradas em um investimento financeiro. E, ainda que ele seja isento de IR, pode sair prejudicado dependendo delas.

Até na hora do resgate é possível pagar taxas em algumas opções.

Reprodução: Google

Bônus – dicas para declarar o imposto de renda

O Imposto de Renda é um imposto cobrado pelo governo sobre os ganhos das pessoas, na qual incluem salários, aluguéis, prêmios de loteria, entre outros. O valor é pago conforme a renda, assim, quem tem menor renda, paga menos imposto.

Declaração do Imposto de Renda tem que ser feita conforme os impostos descontados todos os meses do salário e outros rendimentos.

Assim, o trabalhador envia a declaração para a Receita para que ela veja se ele pagou mais ou menos do que deveria.

Nessa declaração, ele precisa informar os dados do ano anterior, ou seja, os ganhos e os gastos.

Tabela do Imposto de Renda é calculada sobre quanto o trabalhador deveria ter pagado de imposto.

Com isso, a Receita soma os rendimentos que ele teve e desconta uma parte dos seus gastos, o que é chamado de dedução.

O valor final é comparado com uma tabela, que determina a porcentagem de imposto sobre a renda que ele precisa pagar.

As Deduções do Imposto de Renda são as despesas feitas durante o ano e que podem ser abatidas na declaração do Imposto de Renda, o que fará com que o contribuinte pague menos imposto de renda.

Logo, é possível deduzir gastos com saúde (plano de saúde, médico), educação (escola, faculdade) e dependentes, entre outros.

Restituição do Imposto de Renda é feita caso a Receita note que o contribuinte pagou mais imposto do que deveria, assim, ele tem direito à uma restituição, ou seja, receber de volta a parte a mais que foi paga.

Esse valor é pago pela Receita Federal até o último mês do ano, assim, que declara antes, recebe antes.

Pagamento do Imposto é feito caso a Receita note que o contribuinte pagou menos do que deveria, assim, ele vai precisar pagar mais.

O valor é informado no fim do preenchimento da declaração e o pagamento pode ser feito por boleto ou débito.

Sonegação de Impostos acontece quando as pessoas tentam enganar a Receita Federal e é considerada crime. Se for pego, o contribuinte pode pagar multa de até 150% do valor do imposto que dele deve e cumprir até 5 anos de prisão.

Agora, se a Receita entender que não foi uma ação de má-fé, então, vai cobrar apenas o imposto com juros e correção.

Malha Fina da Receita Federal é o famoso símbolo do leão e usa programas de computadores para cruzar informações.

Assim, a empresa informa quanto pagou ao trabalhador, então, se for declarado um valor diferente, os computadores vão avisar.

Quando a declaração cai na malha fina é preciso reaver detalhes e o contribuinte será chamado para dar explicações.

Retificação da Malha Fina é para quem erra ou se esquece de colocar alguma informação importante.

É uma correção, que pode ser feita gratuitamente no prazo de até 5 anos.

Essa correção já considera que a Receita entende que foi um erro de boa-fé, então, cria-se a Declaração Retificadora.

Contador atua na Declaração do Imposto de Renda ao preencher e enviar a declaração no nome de algum contribuinte que tem dificuldades de fazer isso.

Obviamente, esse serviço terá um preço.

Declaração do Imposto de Renda pode Ser Simples ou Completa e isso quer dizer que algumas pessoas optam pelo modelo completo que permite o abatimento maior do IR ou para aqueles que têm poucas despesas dedutíveis.

De qualquer forma, o sistema da receita informa qual a melhor opção.

Os Ganhos que devem ser declarados são: Salário (incluindo férias), aposentadoria, pensão e o rendimento de aluguel, que vão para os “Rendimentos Tributáveis”.

Já o prêmio da loteria e o 13º salário, por exemplo, são tributados na fonte. O rendimento da poupança, indenizações e seguro-desemprego são isentos.

Os trabalhadores que não tem Registro em Carteira, tais como os prestadores de serviços ou autônomos, também são obrigados a declararem o Imposto de Renda se atingirem os limites exigidos pela Receita Federal.

Quem é Microempreendedor Individual (MEI) também tem que declarar o Imposto de Renda caso se encaixe nas situações obrigatórias.

Fora isso, todo ano ele precisa enviar a declaração da empresa, chamada de Declaração Anual Simplificada.

Os Dependentes são aqueles que podem dar um desconto pelos gastos já que são pessoas que dependem do contribuinte, tais como filhos ou pais.

A receita vai determinar o valor fixo para cada dependente (2,2 mil reais). Aí, nesse caso, também podem ser abatidos gastos de educação e saúde com cada um dos dependentes.

Prazo para a Declaração do Imposto de Renda é de 2 meses, normalmente. Assim, em 2017, a data começou em 2 de março e vai até o próximo dia 28, sexta-feira.

Quem declara mais cedo, tem preferencia na hora de receber a restituição.

Multa é aplicada para quem perde o prazo de envio da declaração. Assim, o mínimo a ser pago é de 165,74 reais e o máximo é de 20% sob o valor do imposto devido.

A multa para quem não informar corretamente é de 150%.

Tablet e Smartphone podem ser usados para fazer o envio da declaração do imposto de renda.

Porém, há algumas limitações, já que eles não fazem declarações retificadoras, ou seja, aquelas corrigidas.

Em caso de erro, será preciso utilizar um computador.

Após a Declaração, é recomendável imprimir uma cópia e guardar junto com o número do recibo e todos os demais comprovantes de renda e de pagamentos por até 5 anos.

Esse é o período que a Receita pode questionar a sua declaração. Assim, guarde tudo em uma pasta e evite futuros problemas.

Para consultar a situação da restituição, o contribuinte pode acessar o site da Receita Federal e verificar dentro do prazo de 12 meses as divergências, se é que elas existem.

Posterior à isso, em caso de erros na restituição, é preciso entrar em contato com o Banco do Brasil. Para a consulta, é solicitada apenas o CPF e a data de nascimento.

Com informações do BTGPactual, Rico e GenialInvestimentos

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