Esse é um dos maiores investidores pessoas físicas da bolsa de valores do Brasil. Se você ainda não o conhece, deveria. Por sinal, aqui temos alguns dos ensinamentos sobre investimentos de Lírio Parisotto, que pode ensinar muito a todos os acionistas menos experientes.
São dicas bastante simples, mas que fazem toda a diferença. Por exemplo, você tem dúvidas se vale a pena investir em uma empresa que acabou de entrar na bolsa? Ele tem uma opinião sobre isso.
Curiosamente, em um artigo anterior, a gente citou quais são as 10 atuais ações de Lírio. Ao menos, são aquelas que todo mundo conhece, com a Eletrobras. Como falamos na matéria, Lírio tem poucas ações, mas todas de empresas sólidas. Leia também essa matéria.
1 – IPO
Sabe a Oferta Pública de Ações, chamada de IPO, na bolsa de valores? Então, ela marca a entrada de uma empresa na B3, né. Então, sabe qual é a opinião de Lírio sobre isso? Ele diz que para o investidor, a dica é “não perder tempo com isso”.
Isso porque quando ela vai fazer um IPO, ela gasta muito na contratação de bancos, na impressão de materiais para divulgação, entre outros. Logo, quem paga a conta é o investidor – já que as ações ficam mais caras do que deveriam ser.
Por outro lado, ele diz que nem todos os novos negócios na bolsa são ruins. Porém, as que valem a pena são bem poucas.
2 – Diversificação
A outra matéria, a gente falou que Lírio mantém 10 empresas na sua carteira. Todas são empresas sólidas e para o longo prazo. Assim, podemos dizer que ele é um adepto à diversificação da carteira de ações. Porém, nem tanto assim.
Ele avalia que quanto mais diversificada a carteira, maior a prova de que você não acredita naquilo que está comprando. Concluindo, ele diz que a diversificação é boa para diminuir o risco do investimento. No entanto, o excesso disso dificulta o acompanhamento.
3 – Setores
Outro dos ensinamentos sobre investimentos de Lírio Parisotto tem a ver com os setores das companhias listadas. Assim, ele diz que tem os “setores sensíveis” que devem ser muito bem escolhidos e acompanhados.
Quais? Ele cita os setores aéreos e o de varejistas, que podem sofrer muita oscilação. Da mesma forma, Lírio considera que alguns setores são bem menos sensíveis e, portanto, podem ser mais considerados. Como é o caso da siderurgia e do setor de energia.
4 – Exóticas
Nesse caso, não são as empresas que são exóticas, mas sim os países ou locais que elas querem atuar. Isso vale para o caso de empresas nacionais que visam tais regiões para exportação ou atuação. Os regulamentos de lá nem sempre são fáceis de entender.
Quer um exemplo? Ele acha que é um “absurdo que empreendimentos no Brasil sejam sediados em lugares como as Bahamas”.
5 – Prejuízo
O megainvestidor da bolsa também fala sobre o investimento feito em empresas que dão prejuízo na bolsa. Para ele esse tipo de companhia não é aconselhável. E diz mais: tem gente que investe nessas empresas porque elas estão com ações baratas.
Porém, essa expectativa de que elas se recuperem é algo nem rentável. “Isso raramente acontece”. Por isso, ele garante que só investe em empresas que dão lucro – “porque é mais difícil delas quebrarem”.
6 – Liquidez
Outra dica de investimentos de Lírio Parisotto tem a ver com a liquidez da empresa. E aqui a gente não precisa alongar o assunto. Ele é muito objetivo ao dizer que ter liquidez é fundamental para quem está pensando no curto ou longo prazo.
Afinal, ele avalia que sempre é bom ter uma porta aberta para entrar ou sair de um investimento quando quiser.
7 – Baratas
E diferente do que você pode estar pensando agora, considere que ele é muito receptivo a ideia de procurar ações baratas na bolsa. Porém, ele cita que antes de serem baratas, elas precisam ser boas ações.
E explica falando que “ações com preço baixo são diferentes de ações de qualidade”. Por isso, “ações baratas são facilmente encontradas. Porém, ações boas e baratas é diferente”. Para ele, o melhor momento para isso é aquele citado como “crise”, que gera boas oportunidades.
8 – Avaliações
O que o Lírio fala das avaliações das empresas? Que você deve fazer as próprias. É isso mesmo. Ele comenta que seguir o efeito-manda pode ser um problema. Por exemplo, em momentos da queda da bolsa, quase nunca vale a pena vender ações.
Então, conclui a ideia afirmando que se as suas análises e estudos forem bem-feitos, então, você não tem motivos para se preocupar.
9 – Controle
Sobre o controle, ele pega bastante na questão da emoção. Primeiro porque a bolsa oscila o tempo todo. Depois que é preciso controlar o medo de perder e, ao mesmo tempo, evitar a ganância para querer ganhar muito.
Sendo assim, quando o mercado está em baixa, o investidor jamais deve se desesperar para vender tudo rapidamente. Nessa hora, ele cita o “controle do medo”. Mais do que isso, esse é um bom momento para encontrar boas oportunidades para comprar mais, né.
Na outra ponta, quando a bolsa está em alta, é preciso considerar que ela tem ciclos. Assim, “nada cresce acima do céu”, ele brinca.
10 – Azarão
Por fim, uma dica que pode parecer ir tudo contra o que Lírio disse até aqui: escolher um azarão. Para ele, essa é uma forma de conseguir retorno diferenciado, pensando em ter campo para um maior risco, ele avalia. É pensar no que está fora do radar dos outros.
