Guardar dinheiro para o futuro: Seguro de Vida, Consórcio ou Previdência Privada?

O seguro de vida te dá uma boa chance de acumular dinheiro para os filhos e os entes queridos, já os consórcios são maneiras alternativas para quem quer juntar recursos no longo prazo. E aí, qual é a melhor forma de guardar dinheiro para o futuro?

Para responder essa pergunta da melhor forma, vamos considerar os dois assuntos principais deste artigo: seguro de vida e consócios, em dois grandes tópicos!

Mas, há mais: previdência privada. Qual desses é o melhor?

Ah, e ainda vamos te dar uma colher de sopa – criamos um bônus no final do artigo falando sobre os planos de capitalização…

Será que eles valem a pena quando o assunto é guardar dinheiro para o futuro?

Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) está fadado ao fracasso financeiro. Olha, não queremos falar mal de partidos políticos, nem do Governo Federal.

Mas, a verdade é que mais pessoas estão ficando velha, com a expectativa de vida alta, o que prova, concretamente, que não será possível continuar pagando “bem” os aposentados.

Por isso, é muito importante conhecer o melhor investimento financeiro no longo prazo nos dias de hoje.

A ideia de citar uma aplicação financeira de longo período deve-se ao fato simples de “se preparar para a aposentadoria”.

Nessa fase da vida, muitas coisas acontecem e poucas delas têm a ver com a crescente das finanças.

É como que os aposentados tenham uma redução no giro financeiro devido à queda da renda mensal – isso é comum, de verdade.

Então, há contas altas, como Planos de Saúde, Remédios, a obrigatoriedade de exercícios físicos (seja musculação, fisioterapias, atividades aeróbicas).

Além do fato de que haverá filhos e gastos periódicos, como com Natal, Dia das Crianças, entre outros.

A velhice pode ser uma das melhores fases da sua vida. Isso é um fato muito verídico. No entanto, observe que para tal sucesso, você terá que se preparar…

É o simples e famoso Planejamento Financeiro.

Planejamento Financeiro

Quem poupar dinheiro hoje – sabe onde investi-lo – vai ter o dinheiro necessário para uma vida confortável amanhã.

Não muito segredo e já falamos muito aqui no Trovo Academy – quanto mais educado financeiramente você for, melhor será o seu futuro.

Pense em começar a economizar dinheiro com 20 anos de idade, então, bastaria apenas 30 para você ficar milionário e ter uma aposentadoria mais do que confortável.

Se você já passou dos 30, pode fazer um plano de investimentos de 30 anos e se aposentar com 60, também com uma boa poupança.

Tudo, portanto, é questão de se planejar.

E se planejar é realmente difícil. Você tem que começar por quitar as dívidas e nunca mais fazer novas. Depois, tem que cortar gastos supérfluos e ter uma economia mensal de, no mínimo, 10% do seu salário.

Poupando esse dinheiro, você escolherá um investimento financeiro ideal, conforme seu perfil e suas vontades.

Pronto, a receita está feita, você terá, sem sombra de dúvidas, uma aposentadoria confortável, podendo custear os próprios gastos, mantendo o estilo de vida e ainda mimando os netos.

Sobre guardar dinheiro para o futuro – tudo que você tem que saber

Os tópicos abaixo foram separados da seguinte forma:

  1. Seguro de Vida
  2. Consórcios
  3. Previdência Privada

Bônus – Planos de Capitalização

E a lista de produtos financeiros poderia seguir, mas resolvemos falar dessas, que são as opções mais oferecidas pelos gerentes dos bancos.

Confira cada uma delas e descubra se elas são adequadas ao seu perfil.

1 – Seguro de Vida

“Você ainda não tem um seguro de vida? E quando você morrer, como vai ficar a sua família”? Esse é o principal pretexto usado pelos vendedores de seguros.

Afinal de contas, até os menos preocupados acabam pensando em maneiras de guardar dinheiro para o futuro, né.

Inicialmente, vamos considerar os motivos pelos quais você deva ter um seguro de vida.

Em qualquer momento da sua vida, em qualquer fase, com qualquer idade… Pode haver uma ruptura na sua vida – e a gente nunca vai saber quando, né.

Porque, como diz o dito popular: “a gente nasce sem querer e morre sem saber”.

Essa é uma verdade que não dá para contestar.

Mas, o que é, de fato, um seguro de vida?

Seguro de vida, como o próprio nome já diz, tem o poder de trazer segurança para aqueles que dependem de você em termos financeiros.

É um valor que você determina junto a uma seguradora para que, no caso da sua falta, os seus dependentes [beneficiários] estejam garantidos [ao menos por um tempo].

Imagine que você casou, tem filhos e você tem que ter uma segurança no futuro para toda a sua família [esposa/marido e filhos], ok?

A ideia é que os recursos sejam suficientes para que eles possam ter uma formação acadêmica, segurança com os gastos fixos domésticos, assistência médica e consigam manter o padrão de vida atual.

Agora, imagina que seu salário está pagando tudo isso nos dias atuais.

E, automaticamente, você também está construindo uma reserva financeira – mesmo porque INSS [Instituto Nacional do Seguro Social] não vai dar para você essa sustentabilidade.

Então, você vai ter que criar uma reserva complementar ao longo da sua vida [e isso tem tudo a ver com guardar dinheiro para o futuro – seu e da sua família].

Nesse momento você tem que pensar o seguinte o que poderia garantir a sua sustentabilidade nos próximos tempos:

“O que posso fazer para a minha família para que ela tenha o mesmo padrão de vida após minha morte”?

O seguro de vida é uma das alternativas!

Como calcular o valor ideal para o seguro de vida?

Esse seguro de vida, então, deve ser feito desde o momento que você começa a construir a sua reserva financeira para a sua aposentadoria sustentável.

Isso significa que cada momento, cada ano, você tem que revê-lo.

Entenda agora que estamos falando de dois investimentos paralelos [o seguro de vida e uma reserva financeira com rentabilidades melhores].

Por quê?

Porque você está construindo o seu patrimônio aos poucos…

1º ano – você conseguiu uma reserva

Então, você vai ao seguro de vida e verifica qual valor que já tem acumulado lá.

2 º ano – você diminui o seguro e aumenta a reserva.

Chegando lá na frente, com seus 30 anos,  você atingiu a sua reserva!

Então, você tem a sua independência financeira, sua aposentadoria está garantida, eu não preciso mais do seguro de vida.

Agora, tem que refletir da seguinte forma…

A reserva financeira você ficou pagando boa parte da sua vida e agora vai receber o benefício integral dela, sendo composto pelo valor investido e mais os juros acrescidos.

E aí, já estando aposentado, você vai ter uma parte que vai poder usar para manter a sustentabilidade financeira da família.

  • E o seguro de vida?
  • O dinheiro pago desaparece?

Sim.

O seguro de vida você paga para ter um montante dessa reserva qualquer momento, dessa ruptura, ou seja, da sua morte.

Então, ele é um valor que você paga para ter um montante garantido – e só isso.

A fórmula geral do seguro de vida

O seguro de vida não é diferente dos seguros de veículos, de casa, de equipamentos eletrônicos, motos, ônibus, bicicletas, objetos pessoais, etc.

No fim, você está pagando pela segurança momentânea dele e quando acontece o sinistro [que é o que falamos quando se dá um impacto], você tem o seguro para garantir esse momento.

Você não tem o dinheiro de volta se você não estiver o sinistro, tem?

Então, a mesma coisa no seguro de vida!

Não existe só um tipo de seguro de vida, aliás.

Você tem também o seguro de vida capitalizado e muitas seguradoras que fazem isso.

Imagina que você paga uma parte para uma previdência junto com o seguro de vida.

Chamamos isso de seguro capitalizado, ao passo que você tem os dois juntos, complementares.

Aí, você tem que analisar se isso é mais caro ou mais barato.

É uma questão de você buscar no mercado.

Mas ele pode também ter o mesmo propósito.

Imagine que você está construindo a sua reserva financeira através do seguro de vida [agora estamos falando de um único investimento financeiro].

A qualquer momento se você morrer, automaticamente o seu seguro de vida entra com essa reserva e a sua família vai estar garantida pelo resta da vida dela. Isto é fato.

  • É bom? Talvez.
  • É ideal para você? Pouco provável.
  • Existem opções melhores no mercado? Com certeza!

São diversas as ofertas para que você possa comprar os seus seguros de vida: têm nos bancos, nas seguradoras, financeiras e em muitos lugares.

  • Mas, o mais importante é você saber qual é o número do seu sapato, entende?
  • Qual o número do seu valor de seguro?

Por que você pode estar pagando 1 milhão e receber 100 mil reais. E em outra aplicação, você teria pago 1 milhão de reais e receberia mais do que isso… Bem melhor, né?

Entenda os produtos do mercado financeiro

Por que é muito importante isso?

Às vezes você vai a uma instituição financeira que quer vender um seguro para poder cumprir com a cota mensal de vendas – porque isso tudo faz parte do grupo dos “produtos financeiros” e precisam ser vendidos.

E nisso não há nada de errado, tá?

Só que nem sempre você vai ter um bom produto e que atenda ao seu perfil.

E não estamos falando apenas do seguro de vida [que pode sim ser uma forma de guardar dinheiro para o futuro].

Então, para esse tópico e para todos os outros, a nossa dica vai ser:

SEMPRE PESQUISE MUITO SOBRE OS PRODUTOS DO MERCADO FINANCEIRO.

Mesmo porque há taxas, impostos, regras – e tudo precisa ser entendido.

Atenção também na sua apólice quando você estiver contratando o seguro de vida: você precisa definir muito bem os beneficiários, aquelas pessoas que vão ser beneficiadas em caso da sua falta e também não esquecê-las de avisá-las.

Então, falar de seguro de vida é algo muito sério, muito importante!

  • Agora, você mesmo vai responder, será que vale a pena ter um seguro de vida?
  • Isso te dá garantia para o futuro da sua família?

Ele não é bem um investimento financeiro, mas pode ser uma forma de guardar dinheiro para o futuro. Resta a você saber se vale a pena ou não.

E, antes mesmo de responder, confira outras opções do mercado!

2 – O consórcio como forma de guardar dinheiro para o futuro

Você sabia que você pode se tornar independente financeiramente por meio do consórcio?

Se você não sabe, o consórcio é um meio para você conquistar aquilo que você também deseja e é outra opção para guardar dinheiro para o futuro.

É mais ou menos assim: você junta um grupo de pessoas ou empresas em prol de um objetivo, que pode ser um bem, um imóvel ou um veículo.

Com todos juntos fica mais fácil porque você está compartilhando a distribuição de um valor maior, um montante.

A cada mês, uma pessoa é contemplada.

Hoje, temos diversas empresas de consórcio e [quase] todas reguladas pelo Banco Central.

Temos ainda a Associação Brasileira de Administração de Consórcios (ABAC), que faz um trabalho maravilhoso junto às administradoras de consórcios.

Normalmente, o sistema de consórcio contempla seus consorciados de duas formas:

  • Sorteio ou
  • Lance

E quando você é contemplada pelo lance, logicamente terá que descapitalizar, vai ter que colocar o dinheiro naquele valor que você ofertou naquele lance.

Por isso, você tem que ter recursos financeiros para que você possa sair na frente.

Consórcio é uma boa ou não?

Pode ser uma boa aquisição para bens móveis e imóveis.

O que você precisa é estar educado financeiramente: você precisa saber que os próximos meses e anos você estará pagando uma prestação, uma mensalidade, uma parcela, uma conta parcelada.

E essa será uma prestação extra que você terá que honrá-la mensalmente [para não colocar tudo por água abaixo].

Portanto, para que você realmente investir no consórcio tem que ter educação financeira.

Saiba exatamente que esta prestação será vista como um investimento e, por isso, tem que caber no seu orçamento financeiro.

Muitas pessoas me perguntam:

  • Consórcio é investimento financeiro?
  • Pode ser visto como uma maneira de guardar dinheiro para o futuro?

Sim, a maioria dos analistas e consultorias considera o consórcio como um investimento financeiro porque você paga as prestações durante o ano [como se tivesse aplicando valores em uma renda fixa].

E geralmente esse valor é corrigido anualmente – o que também é positivo.

Você está amortizando o valor daquele bem a ser adquirido, por isso, é considerado um investimento financeiro pela maioria das pessoas do setor financeiro.

O consórcio também é uma forma de você adquirir bens de valores como um veículo ou uma casa própria.

E você tem outras formas de conseguir esses bens, como o financiamento: só que neste caso, você vai pagar muito mais caro do que o consórcio.

Comparando com o financiamento, o consórcio é uma boa.

Como se tornar independente com o consórcio?

Vamos te contar uma história, de pessoas que conseguiram se tornar independente financeiramente com o sistema de consórcio.

E aí, você que tire as próprias conclusões.

Vamos imaginar que você tenha um consórcio de imóvel no valor de 1 milhão de reais e você vai pagar por 15 anos todos os meses.

Em algum momento, dentro desse prazo de 15 anos, você será contemplado.

Então, você tem direito a 1 milhão de reais e esse 1 milhão de reais eu posso optar em comprar aquele imóvel ou eu posso pegar esse 1 milhão de reais e aplicar!

Posso aplicar naquela administradora de consórcios, em um fundo que vai ficar vinculado a mim e ter correção mensal sobre ele.

Com isso, você terá que continuar pagando as suas prestações, mas vai ter 1 milhão em mãos.

Então quero dizer que eu tenho um milhão de reais, agora rendendo em média lá, 8 mil reais pagando minhas prestações normal e este valor vai sendo capitalizado a cada momento.

Só que essa opção de guardar dinheiro para o futuro é para quem tem uma boa renda mensal, considerando que o consórcio de 1 milhão de reais tem mensalidade alta.

Agora, por outro lado, você pode fazer com valores mais baixos, menos expressivos e que caibam no seu bolso, afinal, a ideia é a mesma.

Guardar dinheiro para o futuro

3 – Previdência Privada: é apenas para a aposentadoria?

“Todos nós queremos saber qual escolha nos trará mais segurança financeira, para tomar diferentes rumos em nossas vidas conforme a idade avança”, diz o especialista André Bona.

O assunto está em alta devido, principalmente, a Reforma da Previdência, que está no Congresso Nacional e terá que passar pelo Senado.

Conforme o Governo Federal, existe um déficit de 150 bilhões de reais nos cofres federais por causa dos custos de aposentadoria, o que traz certo desconforto sobre como será o futuro para quem quer aposentador cedo.

A Previdência do Governo é chamado de INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e é de direito de todo trabalhador com Carteira Assinada ou de quem paga o imposto à parte.

Para Bona, o ideal é fazer as contas para que o padrão de vida não seja afetado nesse período da vida.

“É fundamental que o investidor tenha uma ideia do quanto precisará para manter os custos. Se optar por uma Social, ele deve saber que o valor do teto é um pouco acima de 5 mil reais, tendo em vista que pouquíssimas pessoas recebem esse montante”, diz o especialista.

“Já alguém que investe na previdência privada, terá a sua rentabilidade de acordo com o que acumulou, podendo manter os custos pessoas ou aumentar em pequena porcentagem. Neste caso o controle é muito maior”, diz Bona.

Cada uma das modalidades – pública e privada – tem seus benefícios próprios. O trabalhador é quem tem que decidir.

Pública e Privada

No caso da Social, terá alguns seguros, como o acidente de trabalho, doença, em casos graves impossibilitando de trabalhar no decorrer deste tempo e, para as mulheres, há também o seguro durante a gravidez.

“Em todo caso, se alguma dessas situações ocorrer, você estará segurado pelo Governo Federal, o que não ocorre nos planos de previdência privada”, afirma Bona.

Já para as pessoas que optarem pela Previdência que não tem vínculo com o Governo Federal, os benefícios serão de acordo com o que for acumulado durante os anos de investimento.

A facilidade está em poder optar pelo saque total ou periódico.

“Essas opções não são elegíveis para os que optam pelo INSS. Os pagamentos mensais serão de acordo com a expectativa de vida de quem investe e do montante acumulado”.

“É interessante esta opção, pois o benefício pode garantir uma renda vitalícia”, afirma Bona.

Para o saque total do investimento feito, não há restrição em ser aplicado em qualquer opção de aplicação, podendo ser previdenciário atuar no mercado financeiro.

“Para um bom gestor de patrimônio pessoal é importante ter em mente todas as opções possíveis”.

“Se o investidor decide retirar, ele pode investir no mercado financeiro, em renda fixa, moedas, ações, gerando mais rentabilidade do que tinha ou começar aquele projeto que tanto quis, mas não havia tido tempo”, conforme André.

Pela Lei Trabalhista, o empregador é obrigado a depositar uma parte do salário na Previdência Social e essa porcentagem (11%) é feita de forma totalmente automaticamente, muitas vezes, sem que o próprio trabalhador saiba de tal “débito automático”.

“Daí o conceito de que esta modalidade é uma previdência complementar e não uma previdência substituta a previdência social”.

“A previdência governamental já é praticamente automática que independe da vontade do empregado”, diz André.

“Ela por si só não garante qualquer responsabilidade financeiro pessoal do contribuinte para o seu futuro”.

“Todos, independente da classe social, precisam entender que uma parcela do que ganham, entre 10 ou 20% precisa ser guardado e investido”, aconselha o investidor, falando sobre a importância de poupar dinheiro e escolher bons investimentos financeiros.

“Se por um lado a previdência pública garante benefícios adicionais ao contribuintes, por outro, o envelhecimento da população cria problemas, pois o sistema atual se baseia na ideai de que trabalhadores ativos paguem as aposentadorias dos inativos, não apenas no Brasil, mas no mundo todo”, continuou ele.

Assim, André Bona conclui que:

“Por isso, a coisa é certa: de tempos em tempos os sistemas de aposentadoria ao redor do mundo continuarão sendo ajustados para compensar déficits gerados, o que significa que suas regras sempre podem e precisam ser revistas até que se encontre um equilíbrio financeiro para o sistema”.

E sobre a aposentadoria complementar

“O benefício é fruto direto da capacidade de cada indivíduo de acumular durante a vida produtiva, então a conta individual sempre fecha”.

“Portanto, quanto antes as pessoas entenderem que elas devem assumir as rédeas de suas vidas financeiras sem depender do governo, melhor”.

Ela dá ao investidor uma renda, conforme o aporte e após certo período.

Dessa forma, os bancos aplicam as quantias no Mercado Financeiro justamente com o propósito de gerar rentabilidade e o montante acumulado poderá ser resgatado em uma única vez ou parcelas mensais, exatamente como se fosse uma aposentadoria.

Todas as instituições financeiras, como os bancos, que trabalham com a previdência privada são fiscalizadas e regulamentadas pela Superintendência de Seguros Privados(Susep) e Superintendência Nacional de Previdência Privada (Previc).

Mas isso não quer dizer que ela seja totalmente vantajosa. Falaremos disso mais adiante.

Em comparação com a Previdência Social, na particular, o investidor pode escolher a quantia de contribuição e o período, logo, os retornos financeiros vão depender do tempo e dos valores aplicados.

Por fim, é permitido sacar os valores quando quiser, no que é chamado de liquidez diária– mas sempre analisando as perdas.

Existem 2 categorias de investimento na previdência privada:

Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL)

É indicada para pessoas que ganham muito, pois o valor pago ao plano pode ser descontado o Imposto de Renda, se ele não for 12% da renda bruta anual do contratante.

O valor do imposto é cobrado pela quantia total acumulada.

Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL)

É para isentos do IR ou para declarantes simples, já que não pode ser deduzido no imposto de renda.

Ao resgatar o montante acumulado, o IR incide apenas sobre os rendimentos e não sobre o valor total que houver no fundo.

Quando a Previdência Privada Vale a Pena?

Também conforme informações de especialistas, existem alguns casos onde a Previdência Privada pode valer a pena.

Em um desses casos, eles citam quando essa previdência acontece com a contribuição feita diretamente da empresa, em planos especiais, na qual elas contribuem com algum valor além do que você já deveria contribuir por lei.

Outro caso é aquele chamado de Sucessão, onde o fundo de previdência é usado na praticidade da sucessão de herdeiros, onde os recursos não passam pelo inventário, deixando o beneficiário normalmente isento do ITCMD (Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação).

Vale notar, porém, que é preciso respeitar a parte legítima dos herdeiros necessários.

Nesse caso, portanto, é uma boa opção, mas é preciso analisar as condições para manter este tipo de benefício.

No entanto, na maioria dos casos, elas não valem a pena, como nos casos:

  • Quando o título é de algum banco grande,
  • Quando é feita para qualquer título curto ou médio,
  • Quando a empresa não paga nada a mais,
  • Quando for visivelmente um investimento financeiro, entre outros.

A dica mais importante é sempre saber o rendimento do seu fundo de previdência, procurando alternativas, comparando valores e como tudo diz, há produtos bons e ruins no mercado financeiro.

No caso da previdência, é difícil achar algum que renda mais do que os seus concorrentes.

Para saber se vale a pena, compare com o CDI, que é a taxa usada para a maior parte dos investimentos financeiros em Renda Fixa.

Saiba Tudo sobre a Renda Fixa: Como Investir em Renda Fixa: O Guia Definitivo

Aliás, fica aqui uma boa dica, sugestão e desafio: se você encontrar um fundo de previdência de um banco grande que tenha rentabilidade maior do que 100% do CDI, na média de vários anos, deixe-nos aqui um comentário. O desafio está feito!

Bônus – Planos de Capitalização: o que você precisa saber

É uma ferramenta disponibilizada pelo banco que tem como função formar capital.

O produto bancário é totalmente especifico no mercado financeiro porque tem características muito peculiares – é um misto de caderneta da poupança com bilhete da loteria.

Primeiro, eles se assemelham aos investimentos porque remuneram uma parte dos recursos aplicados a uma determinada taxa. Depois, tem a ver com a loteria porque realiza sorteios de prêmios periodicamente.

No fim das contas, ele não é um e nem outro.

O produto é regulamentado pela SUSEP (Superintendência de Seguros Privados).

A estrutura do título é formada pelo seguinte pilar, conforme o Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor):

Cota de Capitalização

É uma parcela destinada à capitalização a ser resgatada no fim do período. Ela é referenciada pela TR – Taxa Referencial. Normalmente, esse valor é de 70% de toda mensalidade.

Cota de Sorteio

É um percentual (normalmente de 15%) destinado a custear os prêmios que serão distribuídos por intermédio dos sorteios.

Cota de Carregamento

Esse é um percentual voltado aos gastos e às despesas. Também tem uma média de 15% e normalmente é levado à formação da reserva de contingência e às despesas de corretagem e seguros.

https://youtu.be/_EZWSY1adDs

Título de Capitalização – Como Funciona

No título, parte do valor que é aplicado pelos investidores é usada para a compra dos prêmios usados nos sorteios. Portanto, parte do valor que você investe tem a função muito parecida como a de um seguro.

Confira cada uma das características do Título de Capitalização.

Os Sorteios

Geralmente, o valor que é usado para custear os sorteios é de 20% do total aplicado.

Obviamente, se o indivíduo não ganhar nada nos sorteios realizados durante o período de vigência, o rendimento dele será bastante baixo – menor do que o da poupança, por exemplo.

Isso levando em consideração ainda que a poupança já não é um bom investimento financeiro, considerando que tem perdido rentabilidade para a inflação – baixo poder de compra.

Os Pagamentos

Nessas opções, a expressão “pagamento” é usada para designar os recursos que são enviados para a compra do título – assim, eles podem ser mensais ou unitários, conforme a proposta.

Vale lembrar que as parcelas pagas mensalmente são reajustadas conforme as cláusulas do contrato. Obviamente, o valor dos prêmios também são corrigidos pela mesma proporção.

Os Prazos

O prazo do pagamento vai depender da forma que o título foi contratado.

O prazo de vigência consiste no período em que o título é administrado pela Sociedade de Capitalização, sendo que ele será sempre maior ou igual o prazo dos pagamentos.

Ficou confuso? Calma, é fácil!

Um título pode ter um prazo de vigência de 12 meses e o prazo de pagamento de 9 meses. Ou um pagamento unitário e ter a vigência de 24 meses. Sendo assim, são várias as opções disponíveis no mercado bancário.

O Resgate

A liquidez desses títulos é um dos maiores pontos fracos dela.

Toda vez que o título for resgatado com antecedência, o valor aplicado será minimizado por uma porcentagem significativa.

Na justificativa dos bancos, isso acontece porque parte do valor aplicado é usado para custear as despesas administrativas e dos prêmios.

Na prática, os títulos de capitalização tem o que é chamado de período de carência, que, normalmente, é de 12 meses.

Em raros casos, esses produtos tem o que é chamado de resgate parcial, onde é feito um contrato com a aplicação de multa, que é limitada pela SUSEP em 10% do capital constituído.

De maneira geral, existem três tipos de resgate: no fim do prazo, antecipado e o parcial.

“Não é comum encontrarmos produtos com opção de resgate parcial. Quando há, a empresa tem regras sobre o saldo mínimo, o valor máximo e outros critérios”, diz Edmilson da Silva.

A Rentabilidade

Existe uma TR (Taxa Referencial) que faz a correção sobre o capital que será acumulado, sendo que as despesas administrativas e os sorteios serão descontados – para os bancos, isso é chamado de Correção Monetária.

A grande questão é que essa TR remunera pouco mais de 2% ao ano enquanto a inflação (medida pelo IPCA – Índice de Preços ao Consumidor Amplo) é bem mais alta do que isso.

O Atraso

Se o investidor atrasa um pagamento ou quiser parar com o produto, terá que pagar multas sobre os pagamentos ou, dependendo do caso, prorrogar o prazo de vigência.

No caso dos pagamentos interrompidos por meses consecutivos, o título é AUTOMATICAMENTE cancelado, ainda que o titular poderá ter direito ao capital formado.

A Fiança

Não que seja um ponto positivo, mas se existe um lado bom dos títulos de capitalização é que eles podem ser usados como garantia de fiança em contratos de aluguel, substituindo o fiador.

Guardar dinheiro para o futuro

Títulos de Capitalização – A Grande Pegadinha!

Nós não queremos te influenciar nas suas escolhas financeiras, mas aqui vale o mesmo aviso de sempre: cuidado, preste atenção, pesquisa e saiba tudo sobre o produto que escolher.

A grande pegadinha dos títulos de capitalização tem a ver com os sorteios de prêmios.

De forma geral, esse é o maior chamariz para os clientes do titulo – no entanto, aplicar dinheiro nele é como apostar em números da loteria.

O jeito mais simples, mais fácil, mais didático e mais sincero de ganhar dinheiro é fazendo investimentos corretos, com ativos que pagam boas rentabilidades e que não se baseiam apenas na sorte de “ter os números certos”.

Muitos gerentes costumam falar ainda que os títulos de capitalização são como “poupanças forçadas”, ou seja, que dão firmeza para o cliente poupar dinheiro.

Porém, o objetivo da poupança é poupar e não arriscar em jogos numéricos.

Por fim, é importante notar que ainda que não seja uma dívida assumida, como os financiamentos ou empréstimos, os títulos de capitalização são compromissos financeiros reais e verdadeiros.

É muito comum reconhecer histórias de pessoas que deixaram esse produto no “débito automático” e acabaram entrando no Cheque Especial por descuido.

O resultado você já deve imaginar – juros corroendo a conta dolorosamente.

Título de Capitalização é um Investimento Financeiro?

Para Ione Amorim, que é do Idec, “o título de capitalização não é nem um ativo, nem uma linha de investimento, ele funciona mais como um seguro com direito à premiação, que é o seu maior apelo”.

Ione continua: “além de sequer garantir o retorno do valor aplicado ao longo do período de vigência, as chances de ser sorteado são remotas, como em uma loteria”.

Isso sem contar que há a incidência do Imposto de Renda.

O Idec lançou uma cartilha – “Venda Responsável de Produtos e Serviços Financeiros” – em2012, onde já se posicionava afirmando que o título não é um investimento.

Veja o que o Instituto dizia na época…

“O Título de Capitalização não é um Investimento Financeiro”.

“É um tipo de aplicação da mesma modalidade do seguro, cuja formação de capital é constituída em depósitos mensais ou num aporte único”.

“Ao final do período de capitalização uma parte do saldo aplicado é resgatado, acrescido apenas da Correção Monetária”.

“Essa correção é feita com a TR – Taxa Referencial. A mesma que corrige a poupança”.

“Em caso de resgate antes do término da capitalização, o consumidor sofrerá perda de quantia considerável”.

“É uma das piores aplicações disponíveis no mercado, mas todos os bancos negociam esse produto, já que é altamente rentável às instituições financeiras”.

Ah, e se você ainda considera como um investimento financeiro saiba que nem a Caixa Econômica Federal diz isso. Confira um trecho da resposta do banco divulgada na internet.

“A Caixa Seguradora acredita que guardar dinheiro e ainda concorrer a prêmios faz com que muitas pessoas adquiram os títulos de capitalização, um produto financeiro que costuma ser uma das primeiras opções do brasileiro para economizar”.

“É uma solução capaz de atender a perfis variados de consumidores, combinando soluções de negócios com sorteios, não podendo ser confundida com investimento, mas sim como uma forma de economia programada”.

Com informações do Youtube

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