Veja essa história e saiba como ganhar dinheiro com o lixo

Recentemente, uma história foi publicada em diversas revistas e sites famosos. Ela conta sobre Ande Costa, um artista visual que deu um jeito de ganhar dinheiro com o lixo. Como ele fez isso? Usou os resíduos da indústria de comunicação e criou obras.

Se você acha pouca coisa, saiba que as obras já foram para as galerias dos Estados Unidos e também para alguns países europeus. A gente recolheu trechos importantes das entrevistas que ele deu para tais mídias e trouxemos para você se inspirar.

Afinal de contas, quando o assunto é ganhar dinheiro, saiba que quanto mais criativo você for, maiores serão as suas chances de se dar bem no mercado. Essa história é exemplo disso. Confira.

Sobre André Costa

André Costa é um artista visual que criou o projeto “arte com interface ambiental”. Mas, a sua história com a arte é bem antiga, desde 189 ele faz moldes para diversos materiais publicitários.

No ano de 1999, ele começou a criar técnicas novas e lançou o projeto “poética dos resíduos”. Isso fez um grande sucesso. A ideia é simples: redesenhar os símbolos e sinais de comunicação de massa que ficam em grandes centros urbanos.

Isso tornou possível unir a arte e a comunicação em um negócio de sucesso. E o sucesso chegou até a Artevistas Gallery, de Barcelona. Por lá, a definição do trabalho do brasileira é vista como:

“Cores, letras, símbolos e números. Seu trabalho estimula a necessidade de refletir sobre desperdícios e exageros em todo o mundo usando resíduos de comunicação visual. Tudo o que anteriormente nos agrediu, incisão agressiva e poluidora, se torna arte”.

E tem mais: “Com forte influência da Pop Art, suas pinturas mostram a inspiração de Roy Lichtenstein e Andy Warhol”, completa a curadoria da galeria de Nova York – que é outra que recebeu o trabalho de André.

O empreendedorismo

E já que anunciamos no título deste artigo que a assunto seria sobre ganhar dinheiro com o lixo vamos falar dessa parte agora mesmo. André é aberto ao falar sobre o seu instinto empreendedor.

“O mais interessante em empreender na arte é considerar profundamente o processo de transformação do material, já que os recursos materiais que utilizo, de certa forma, não têm mais utilidade para a sociedade”.

E continua: “E, neste ponto, a arte se apropria desses resíduos e os transforma em conceito e produto”, afirma Costa.

O pensar fora da caixa, que é tão cobrado nesse meio, veio dos materiais que ele recolhe nas indústrias gráficas e de comunicação visual. Apesar dos papéis picados e indiscretos, André viu ali um colorido intenso, com signos desenhados em rolos de adesivos.

O destaque maior, no entanto, fica para o vinil adesivo, que é a matéria prima dele. Esse material solventes e silicone. Por isso, quase sempre vai para o lixo, sem reaproveitamento. Não nas mãos do artista.

“Minha solução para este problema ambiental é o uso artístico deste material”, explica Costa, nascido em Ituverava (SP), com formação em artes visuais pela Unifran e especialização na UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais).

A burocracia

Também é importante ressaltar aqui que nem tudo são cores. O próprio artista comenta sobre a problemática de ter que lidar com as questões jurídicas, além das formas e texturas.

“Empreender na arte é aprender que as dificuldades são as mesmas dos outros setores, que não somos diferentes de outros empreendedores, pois vivemos as mesmas sistemáticas de mercados, cada um com sua identidade, razões e exigências próprias, peculiares e particulares”.

“Sou um trabalhador da arte, que transforma resíduos da indústria gráfica brasileira em negócios”, finaliza Costa.

A experiência

Agora, para quem acha que tudo só depende de ter uma boa ideia na cabeça está enganado. E é o próprio André que fala sobre isso. Afinal, ele diz que o estudo faz, sim, toda a diferença.

“Em primeiro lugar, estude, estude e estude sempre. Não se empreende nada sem conhecimento. Como dizia Matisse, “um artista sem conhecimento, está fadado ao fracasso’”, cita o artista visual.

No caso dele, dá para falar sobre a pesquisa sobre as formas de produção e de escoamento da arte. “Esse mercado está aqui, está ali em Nova York, está em Franca, está em Barcelona, está em São Paulo, está ali nos Emirados Árabes. Tudo são possibilidades”, conta.

“Sempre acreditei na minha autonomia, no meu gerenciamento, na minha administração. Por isso, criei o meu próprio mercado, onde sigo minhas regras e normas de condutas, pautadas em parcerias reais, verdadeiras e equilibradas”, afirma o artista visual.

E o networking

Outra dica que vem do artista que conseguiu ganhar dinheiro com o lixo tem a ver com o networking. Por exemplo, as feiras. Para eles, são ótimas para se conhecer tendências.

“Aprenda a apresentar seu trabalho, fale de forma consistente e verdadeira, visite galerias e exposições, conheça pessoas boas, faça das suas habilidades manuais, intelectuais, sensitivas e sensórias o seu maior talento. E estude, estude e estude muito”, insiste no conselho.

A economia criativa

E para fechar, além de tudo, André ainda comenta sobre a importância da economia criativa, que é uma tendência de negócio.

“A economia criativa é a 3ª maior economia do mundo. Olhar para a arte com um olhar local, mas com uma visão global, para mim, faz o maior sentido, já que poeticamente e arte é uma linguagem universal. Então, os negócios que ela representa, se tornam universais”, completa.

Não há posts para exibir