Falar em dinheiro ainda é um tabu para as mulheres? 5 Lições de Educação Financeira para elas

O Magazine Luiza foi fundado em 1957 e hoje tem mais de 780 lojas, com 8 centros de distribuição, cujas economias estaduais correspondem à 75% do PIB Nacional. Luiza Helena Trajano é a presidente do Conselho de Administração da Companhia. E esse é só um exemplo de como a mulher tem crescido e ganhado destaque no mercado de trabalho.

“Em âmbito internacional, a Revolução Industrial* tirou a mulher de baixa renda de casa e a levou para dentro das fábricas. Nesse novo ambiente ela passou a enfrentar as críticas da sociedade. Acusava-se o fim da família, com o aumento da promiscuidade, da infidelidade, entre outras questões”, afirma Lilian Rosa, historiadora e vice-presidente do Instituto Paulista de Cidades Criativas e Identidades Culturais.

*Revolução Industrial: foi a transição para novos processos de manufatura entre 1820 e 1840. Esta transformação incluiu a transição de métodos de produção artesanais para a produção por máquinas, além da substituição da madeira e de outros biocombustíveis pelo carvão. Teve início na Inglaterra e em poucas décadas se espalhou para a Europa Ocidental e os Estados Unidos.

“De lá pra cá, muita coisa mudou, mas a mulher ainda carrega o peso da responsabilidade familiar, associada ao trabalho profissional, o que resulta em dupla e, às vezes, em tripla jornada”, ela completa.

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Essa responsabilidade dita pela historiadora é visível de maneira cada vez mais acentuada. No entanto, em outra vertente, especialistas também afirmar que as mulheres ainda estão distante do mercado financeiro. Vale lembrar que essa não é uma questão apenas das mulheres, e sim, todo brasileiro como um todo. Porém, como estamos falando delas e da importância delas na sociedade, então, é válido frisar.

Para Rafaela Pimpão, psicóloga e coach, uma das maiores dificuldade das mulheres é lidar com o dinheiro justamente por não conseguirem dizer NÃO. “Essa resistência para dizer não vem de uma dificuldade de dizer sim para o que consideram importante de verdade. A falta de clareza e a tentativa de minimizar culpas que, no fundo, são sem sentido, também colaboram”.

Para muitas mulheres, falar sobre dinheiro é totalmente desinteressante e chega até mesmo a ser um tabu. No entanto, com a atual crise político-econômica, elas tem tido a “curiosidade” de enfrentar o assunto, cada vez visto como mais importante.  Isso aconteceu porque algumas perderam emprego, outras tiveram redução de salário e algumas precisaram rever os orçamentos financeiros.

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O Harris Interactive Institute fez uma pesquisa e apontou que 70% das mulheres realizam atividades domésticas diariamente e 56% delas dizem que é na compra de produtos para essa finalidade que investem a maior parte de seus salários.

E os casais?

Para os casais, a importância sobre o assunto também é crescente. Aliás, todos os meses chegam as contas e isso torna-se um aspecto delicado aos relacionamentos, pelo menos é o que afirma uma pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). Na pesquisa, 37,5% afirmaram que a administração do dinheiro é o principal motivo de brigas, depois, cerca de 30% das entrevistas afirmaram que a falta do dinheiro é o principal motivo.

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“O dinheiro é o assunto mais privado do ser humano. Até a vida sexual você compartilha de vez em quando, mas o quanto você tem no bolso é muito mais difícil”, afirma Heloísa Capelas, diretora do Centro Hoffman no Brasil.

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Para os casais, existem algumas dicas de como evitar que o dinheiro seja o vilão do fim do relacionamento, veja:

  1. Autoconhecimento – Ambos precisam conhecer os perfis financeiros e saber como e quando vão gastar dinheiro e quando vão investir. A reflexão também vale para identificar os comportamentos que podem evitar futuras dores de cabeça.
  2. Conversa – É fundamental para qualquer assunto e sobre finanças, não é diferente. Mesmo que seja tabu, os objetivos e prioridades precisam ser claros.
  3. Casal – Pensar em conjunto é fundamental. Quando os esforços são somados, os objetivos podem ser realizados mais rapidamente.
  4. Planejamento – Tudo tem que estar no papel. É importante manter as contas em equilíbrio e acompanhar os gastos e os abusos mês a mês.
  5. Independência – Para os especialistas, é fundamental que ambos tenham alguma quantia para gastos individuais, o que reduz a chance do conflito.

Casamento: com ter um planejamento financeiro?

E se tratando de mulher, de casal, de amor e dinheiro… É possível economizar dinheiro na hora de festejar a união do casal? Sim, é possível e os tempos de crises estão ai para mostrar como. Esse sonho, apesar de estar relacionado muito mais ao aspecto emocional, pode ser realizado e você não precisa ficar frustrado. E o 1º passo para isso é saber a quantidade de convidados. Depois, a cerimônia, os trajes, lembrancinhas… São muitas coisas.

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O resultado é que é preciso ter planejamento e organização, o que quer dizer que não vai ser possível extrapolar o orçamento, afinal, ninguém quer começar a vida a dois com várias contas para pagar, não é? Existem várias formas de economizar dinheiro, seja com a música, com os presentes, convidados ou mesmo com o buquê da noiva. Mas, hoje, vamos focar em dar as melhores dicas de como se preparar para o casamento e, assim, evitar gastar dinheiro sem necessidade.

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  1. Tipo – Defina o tipo de evento e o número de convidados. Um mini wedding, por exemplo, pode ter 100 convidados, enquanto um casamento tradicional deve ter 300 pessoas ou mais.
  2. Orçamento – O valor do Buffet é pago por pessoal, então, ao limitar os convidados, você terá uma previsão do orçamento. Aí, também precisam estar presente os outros gastos.
  3. Prioridades – Para listar esses gastos, é preciso definir o que são prioridades. O vestido da noiva? A entrada em uma limusine?

5 Lições de Educação Financeira

Já falamos da crescente das mulheres no mercado financeiro, de como economizar dinheiro no casamento e de como a educação financeira é importante para o casal. Agora, por fim, vamos listar 5 lições dessa educação para enriquecer. Ah, e apesar de ser indicado para mulheres, essas dicas valem para quaisquer pessoas que queira prosperar.

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  1. Respeite o seu dinheiro – O dinheiro não aceita desaforo e quantas vezes você comprou e se arrependeu logo em seguida?
  2. Objetivos – Trace objetivos de curto, médio e longo prazo. Você precisa focar e ter metas para correr atrás delas, se não, dificilmente vai conseguir poupar dinheiro. Casar é uma boa meta!
  3. Degrau – Esteja sempre um degrau abaixo, ou seja, gaste menos do que você ganha, sempre! Essa é a regra fundamental para uma vida equilibrada financeiramente.
  4. Tempo – Reserve algum tempo para aprender algo novo. É isso que os grandes investidores e os milionários fazem. Quanto mais você aprende sobre o mercado financeiro, por exemplo, mais você consegue economizar.
  5. Preço – Nem todo produto tem um preço compatível com o valor dele. Pense sobre isso!

Jovens também precisam de Educação Financeira

Se você ficou “boiando” quanto ao último item do tópico acima, veja essa pesquisa e entenderás: O maior gasto dos jovens são com roupas (62%), seguido de calçados (48%) e cosméticos/Perfumes (44%). Já quanto ao crediário, o 1º lugar é das motos e dos carros (35%), depois viagens (26%), e educação (22%). O levantamento é do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).

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Outro dado refere-se ao fato de que 77% dos entrevistados afirmaram que já se arrependeram ao comprar algo que não precisavam. E 75% disseram que querem trabalhar muito na vida para poder adquirir bens como carro, celular e roupas.

Com informações da Revista Realiza, Donna e MePoupe

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