Economia 2018 – como ficam as 5 principais variáveis econômicas?

No final de 2017, os economistas afirmavam que 2018 seria um ano de continuidade da atual tendência das variáveis da economia. A inflação era destacada com níveis bem abaixo dos anos anteriores.

O Boletim Focus mostrou um termômetro para a variável do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que indicava a mediana em 4,06% ao ano em 2018.

Para os estudiosos da economia nacional, é preciso analisar o PIB (Produto Interno Bruto) também, que deve ficar acima dos 3% e chegar bem próximo a 4%.

Isso quer dizer que a economia vai melhorar?

“A sensação para a população em geral é positiva. Tudo conspira para que 2018 seja um ano muito melhor”, diz a economista do Santander, Adriana Dupita.

A recuperação da economia brasileira já começou em 2017 e deve acelerar em 2018 – mas não se sabe até qual ponto considerando que o ano é de eleições presidenciais.

“Dependendo de quem sejam os candidatos e, principalmente das suas propostas, haverá um impacto maior ou menor sobre as variáveis econômicas”, diz Alexandre Santo, da Órama Investimentos.

Para entender um pouco mais detalhadamente o futuro da economia, separamos as 5 principais variáveis, leia.

1 – Inflação

A inflação deve ficar sob controle, conforme o Banco Central.

“O cenário não será tão bom como foi em 2017, quando a super safra de alimentos derrubou os preços. Mas, ainda assim, não vejo nada que possa provocar uma disparada em 2018”, analisa a analista da Órama.

2 – Emprego

A população vai perceber a melhora dos empregos devido ao aumento da oferta deles.

Em 2017, a taxa de desemprego foi de 13%, mas começou a cair no fim do período.

“Acreditamos que a taxa de desemprego vai cair para algo entre 11% no fim do ano”, diz Adriana.

“Alguns setores já estão acelerando, enquanto, em outros, a recuperação ainda não começou. O ritmo da atividade está heterogêneo, mas a tendência é que todas as áreas melhorem em 2018”.

3 – Juros

A Selic deve ficar em um patamar baixo, mantendo os 7% ao ano. Porém, há indícios de que ela possa cair um pouco mais, chegando a 6,75% nos próximos dias.

“Há espaço para o Banco Central realizar um novo corte. Esse seria um bom ponto para encerrar o ciclo de afrouxamento monetário iniciado em 2016”, diz Adriana.

O juro menor significa um crédito mais barato. Logo, isso tem a ver com o crescimento da economia, a redução do desemprego e a queda dos juros para financiar o consumo.

“O juro mais baixo também reduz o custo das empresas com dívidas e estimula o investimento produtivo, gerando mais empregos e ampliando os lucros”, diz Raphael Figueredo, da Eleven Financial.

Reprodução: Google

4 – PIB

O crescimento em 2018 deve ser da ordem de 2,7%, conforme o Focus.

“Você tem um processo de crescimento cíclico, que é reflexo da recuperação da crise pesada que passamos em 2015 e 2016”, diz Figueiredo.

O crescimento pode ser abalado pela Reforma da Previdência e também conforme o candidato vencedor das eleições.

“Se o crescimento vai continuar em 2019 aí é outra história. Vai depender de vários fatores. Mas para 2018, está garantido”, diz.

5 – Dólar

O comportamento do real se comparado ao dólar tem uma previsão complicada de ser feita e poucos analistas se arriscam a dizer sobre isso. A reforma da previdência pode mudar tudo.

“O mercado não tem paixão por nomes, mas por ideias. Se, eventualmente, for eleito um candidato que tenha a intenção de abandonar o tripé macroeconômico, isso pode provocar volatilidade no câmbio”, orienta Adriana.

Isso sem contar ainda com os efeitos externos, especialmente a economia americana.

“É preciso ver como o Fed vai se comportar daqui para frente, após a troca de comando da instituição”, avalia Raphael.

Como proteger os investimentos financeiros neste momento?

Como o clima é de incerteza, o jeito é controlar ainda melhor o orçamento mensal. “O personagem mudou, mas o momento é tão ou mais delicado”, diz Juliana Inhasz, do Insper.

“Esse não deve ser mais o ano em que as reformas acontecerão e 2018 não deve ser mais o ano da recuperação”, diz.

https://youtu.be/nlGaBKN0x_0

Portanto, a dica é organizar o orçamento pessoal e não gastar mais do que se ganha. Se possível, corte gastos e mantenha uma reserva financeira atualizada para os casos emergenciais, como uma demissão ou uma doença.

Precisamos abrir um espaço aqui para falar sobre o controle financeiro pessoal. Você já tentou observar se faz isso da forma certa? Você anota todos os seus gastos? Se não anota, já começou errado.

E, se você acha muito complicado anotar tudo que gasta no dia a dia, precisa conhecer a técnica dos envelopes. Ela é muito simples de ser feita: você só precisa ter envelopes e uma caneta, nada mais!

Ficou curioso? Conheça a técnica dos envelopes!

Saiba também que dessa forma você consegue saber exatamente por onde começar na hora de cortar os gastos supérfluos e, mais do que isso, vai saber quanto, exatamente, poderá investir de dinheiro mês a mês.

Não faça Dívidas

Mais do que nunca, esse não é o momento para contrair dívidas, conforme orienta Emanuelle Serra, que é superintendente comercial da Gradual Investimentos.

Seja por motivos de demissão ou renda diminuída, o melhor é esperar outro momento para fazer dívidas e isso inclui todos os financiamentos, assim como a compra de carro, casa ou viagens.

Além do mais, os bancos devem continuar restringindo o acesso ao crédito e a Taxa Selic, que é uma referência para os juros, não deve cair com a mesma frequência com que vinha caindo nos últimos meses.

“Acabou a euforia com os juros caindo. Agora é melhor esperar para entrar em um financiamento”, diz Juliana.

Invista em Renda Fixa Atrelada à Selic

Se você é um investidor profissional e sabe o que está fazendo, tudo bem. Mas, se não é, o melhor a se fazer é fugir da volatilidade da renda variável e apostar nas rendas fixas que acompanham a taxa básica de juros, como o Tesouro Selic, os CBDs ou os fundos mais simples.

É importante saber que as taxas dos investimentos atrelados à Selic podem variar muito conforme o período de investimento.

Porém, é possível que o investidor calcule uma prévia da sua rentabilidade e se beneficie caso os juros subam.

Renda Variável e Dólar

Se você optar pela renda variável, o ideal é não fazer mudanças bruscas.

“Neste momento, devemos evitar decisões precipitadas. Para quem está dentro do barco, não é a hora de sair”, diz Emanuelle.

Já quanto ao dólar, a compra não é aconselhável. “Espere os próximos dias e depois compre aos poucos”, sugere a especialista.

Se você quiser proteger a volatilidade da moeda, o mais correto é investir em fundos cambiais, que protegem o dinheiro da variação e mantém o poder de compra.

Com informações da terra, uol

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