5 motivos para investir em debêntures incentivadas

Com a retomada da economia, elas voltaram a pagar boas rentabilidades aos seus investidores. Saiba por que as debêntures incentivadas estão entre os melhores investimentos financeiros para 2018.

Entre as vantagens, estão: potencial de ganhos maiores do que a poupança e o tesouro direto, isenção do imposto de renda, proteção contra a inflação do período investido e diversificação de risco.

Ah, e tem uma coisa importante para você saber, antes de tudo: elas são consideradas títulos de renda fixa, ou seja, são conservadoras e com de pouco risco.

E agora, antes de continuar explicando os detalhes das debêntures, vamos a uma notícia importante que foi publicada neste ano no Jornal do Comércio.

“Debêntures são aposta para 2018”

Esse é o título da matéria e nós vamos entender isso.

No ano passado (2017), as emissões desses ativos somaram mais de 88 bilhões de reais.

O número é representativo: aumento de 45% comparado a 2016, conforme a Anbima (Associação Brasileira das Entidades do Mercado Financeiro e de Capitais).

Do total, 10% foram para as debêntures incentivadas – que são aquelas que financiam os projetos de infraestrutura e por isso são isentas de imposto de renda.

Para Érika Lacreta, que é gerente da Anbima e cedeu entrevista ao Jornal do Comércio, o retorno desse título está atrelado ao risco, ao prazo do investimento e às garantias.

Também conforme a Anbima, em 2017 a remuneração média das debêntures foi de 106,4% do CDI (Certificado de Deposito Interbancário), que é uma taxa que fica próxima à Selic (taxa básica de juros da economia).

Alguns ativos renderam até 150% do CDI – o que fez com elas estivessem entre os melhores investimentos financeiros para 2018.

Visto isso, vamos entender o que são as debêntures!

Debêntures incentivadas – o que são?

Elas estão baseadas na lei 12.431, de 2011, que prevê vantagens fiscais aos investidores.

Ou seja, eles são ficam isentos de pagamentos de imposto de renda.

Entre os principais artigos, as denominações são:

  • Atrair investidores estrangeiros,
  • Atrair pessoas físicas para financiamento de SPE (sociedades de propósito específico),
  • Investir em projetos de infraestrutura ou produção econômica. E outros.

Então, o benefício fiscal é justamente a isenção do desconto do IR sobre os ganhos nominais (inflação + ganhos reais).

De maneira geral, as debêntures incentivadas têm prazos maiores do que 4 anos e é vedada a recompra antes de 2 anos.

Os pagamentos podem ser, no mínimo, a cada 180 dias (6 meses).

Debêntures realmente são investimentos de baixo risco?

O risco de uma debênture está associado à credibilidade do emissor, portanto, tudo está associado ao risco de crédito – que ocorre como a empresa deixa de pagar ou cumprir as suas honrarias assumidas.

Além disso, tem também o risco financeiro, que acontece quando a empresa não tem fluxo de caixa bem estruturado para pagar os juros que foram combinados.

Podemos citar ainda o risco monetário e o risco cambial.

Mesmo com todos esses riscos, existem agências que classificam o risco das debêntures emitidas por essas empresas – gerando mais segurança no mercado financeiro.

As notas usadas pelas agências são as mesmas usadas pelos gestores ao redor do mundo, logo, é considerada de boa credibilidade.

Outro ponto a se considerar é o de que muitas empresas que emitem debêntures costumam ser maiores do que os tradicionais bancos comerciais.

Por exemplo, quando estamos falando da Vale, é possível considerar uma debênture com garantia e segurança.

Dentro desses parâmetros, ainda existe a classificação das debêntures, confira algumas delas.

Debêntures incentivadas – outras 5 características

Para saber a resposta para essa pergunta, você tem que considerar vários fatores, inclusive, ter planejado um tipo de investimento financeiro que dure no longo prazo.

E isso tem a ver com seus objetivos financeiros pessoais.

Mas, focando apenas nas debêntures incentivadas, como você sabe, ela está sim entre os melhores investimentos financeiros para 2018.

E nós vamos explicar o porquê.

Recapitulando: a debênture é um título privado do tipo de renda fixa, que é emitido por uma empresa anônima (S.A.) e não necessariamente uma financeira (como um banco).

Assim sendo, quando um investidor opta por uma debênture, ele empresta dinheiro a uma empresa, que usa o capital para realizar projetos e reestruturar dívidas.

O título é de longo prazo – mesmo porque quase sempre o recurso é usado para levantar empreendimentos ou projetos de infraestrutura (no caso das debêntures incentivadas).

1 – A rentabilidade das debêntures

Se comparado à um CDB (Certificado de Depósito Bancário) de um grande banco, a diferença é que os títulos são emitidos pelos bancos que aplica o dinheiro em títulos públicos.

Agora, as debêntures, apesar de menos usuais, também têm regras de retornos financeiros.

A remuneração é feita com o percentual do CDI (CDI + Spread).

O Spread é um índice de preços (parecido com o IGP-M – índice geral de preços ao mercado) ou o IPCA (índice de preços ao consumidor amplo).

Mas, pode ser também através de uma taxa pré-definida.

O mais comum é que o pagamento da remuneração acontece no final do título, só que algumas empresas também pagam os juros periodicamente, conforme o contrato.

E, além de tudo, existem 2 tipos de debêntures: simples ou conversíveis em ações.

Sobre a rentabilidade das debêntures, confira os tipos disponíveis no mercado:

Taxas de Juros Prefixadas

Essa taxa é usada em conjunto com a atualização monetária.

De forma exemplar, pensando nessa parte prefixada, a remuneração seria de 14% ao ano.

Então, um investidor que aplicasse 100 mil reais, receberia 14 mil reais por ano de juros com esse investimento.

Taxas de Juros Pós-Fixadas

Essa é uma forma mais utilizada da rentabilidade das debêntures do que a citada anteriormente.

Nesse caso, o investidor recebe um percentual da variação de um índice, que normalmente é o CDI (Certificado de Depósito Interbancário) ou a Selic.

Imagine que você vá receber 110% do CDI e no período o CDI é de 14%. Nesse caso, o investidor teria uma rentabilidade de 1,1 vezes 14%, o que daria uma rentabilidade de 15,4%.

Atualização Monetária

De todas, essa é a maneira mais usada na remuneração das debêntures – levando em conta que protege o capital da inflação temporal.

De forma geral, o indicador usado é o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo).

Imagine os 100 mil reais investidos e a inflação de 9% no ano. Ao final do ano, você teria 9 mil reais de juros, ou seja, uma soma de 109 mil reais, o que protegeria o seu poder de compra.

Tradicionalmente, a remuneração é feita de forma mista, sendo paga pela inflação e outra parte fixa, como o IPCA.

Logo, as debêntures garante uma rentabilidade fixa acima da inflação – 9 mil da inflação e mais 6 mil reais da parte fixa, o que totaliza uma rentabilidade final de 15 mil reais, no nosso exemplo.

Nessa opção, normalmente, o tipo de remuneração costuma ser comum ao passo que a parte fixa seja paga regularmente durante o período, como se fosse um aluguel.

E a inflação, que remunera o valor principal seja devolvido no prazo estipulado ou no vencimento.

Outras formas de rentabilizar as debêntures

Ainda que sejam bem menos conhecidas no mercado, existem outras formas de ganhar rentabilidade nas debêntures, veja:

Rendimentos atrelados à TR e a TJLP

São índices que remuneram pouco o investidor, ainda mais em tempos de inflação alta.

Rendimentos atrelados à TBF (Taxa Base Financeira)

São usadas por empresas hipotecárias ou de leasing.

Rendimento por Variação Cambial

É pouco usada porque gera um grande risco para as empresas que correm grandes riscos quando compra dívidas em dólar.

2 – O risco das debêntures

Há o risco de crédito.

E se compararmos ao CDB, as debêntures têm uma desvantagem – não é garantida pelo FGC (Fundo Garantidor de Crédito).

É fácil entender isso:

  • Os títulos públicos têm garantia do governo federal,
  • Os títulos dos bancos são garantidos pelo FGC,
  • As debêntures têm garantia dada pela empresa emissora.

E essa garantia é definida em escritura, que pode ser real, flutuante, quirografária, subordinada ou fidejussória – vamos explicar isso detalhadamente no fim deste tópico.

Na hora de escolher uma empresa para comprar debêntures, o segredo é fazer como na compra de ações: pesquisar o rating delas, entre outros fatores importantes e empresariais.

O rating é feito por agências especializadas e, no geral, é uma nota que avalia o risco da empresa.

Na prática, um risco A é melhor do que BB.

Além do risco de crédito, há o risco de liquidez.

Isso porque as debêntures são negociadas no mercado secundário – e pode sim haver falta de interesse dos acionistas, ou seja, da demanda desses papéis.

Ainda podemos citar o risco de mercado, considerando que a remuneração pode ser menos vantajosa do que se imagina, conforme o cenário econômico.

Tipos de riscos (garantias) das debêntures

Já mostramos a classificação das debêntures acima.

Agora, confira os detalhes.

Debênture com garantia real

São garantidas por bens integrantes do ativo da empresa que emite o papel.

Ou também por terceiros, em forma de hipoteca, penhor ou anticrese.

Essa debênture é a que tem menos risco no mercado – e isso justifica o seu tipo de renda fixa.

Nesse caso, a empresa enfrenta qualquer dificuldade para pagar suas dívidas, mesmo em caso de falência – pode ser usado como garantia de liquidação dos débitos.

Debênture com garantia flutuante

O privilégio vem da forma da prioridade.

Logo, na hipótese de falência do emissor, o pagamento é priorizado em relação a outros credores.

No entanto, os bens que fazem parte dessa garantia não são vinculados à emissão das debêntures e a empresa pode usar os bens sem autorização dos debenturistas.

Debêntures quirografárias ou sem preferência

Neste caso, não há privilégios sobre os ativos.

E a concorrência é feita em igualdade entre todos os demais credores, no caso de falência.

Essa garantia faz com que o investidor assuma um pouco mais de risco do que nos subtópicos anteriores.

Ressalta-se que esse é um tipo comum, talvez o mais comum, no Brasil.

Debêntures subordinadas

Em caso de liquidação ou falência, esse tipo não tem garantia nenhuma aos debenturistas, apenas aos acionistas.

Esse é um perfil bem mais arriscado, o mais arriscado do campo das debêntures.

Por outro lado, é o que mais oferece rentabilidade também.

3 – Como investir em debêntures?

Comprar as debêntures é como comprar ações – logo, tudo acontece na bolsa de valores do Brasil.

E a negociação também é parecida com a do mercado acionário.

A grande dificuldade, no entanto, é com a liquidez.

Mas, neste tópico, vamos tratar de como investir em debêntures, portanto, confira as dicas.

Conta na corretora de valores

Para investir na opção desejada é primordial ter uma conta em uma corretora.

Logo, isso já é importante: escolher uma corretora sólida, segura e com bom custo-benefício.

Há corretoras que têm diferenciais, como o acompanhamento especializado ou uma gama maior de opções do que os oferecidos em bancos.

Para escolher sua corretora de forma sensata, veja o vídeo abaixo:

https://youtu.be/Lgfhcz_SdAs

Conta de investimentos

Após ter cadastro em uma corretora de valores, é preciso ter uma conta de investimentos também.

E isso é muito simples: envie um documento de identidade, comprovante de endereço e preencha a ficha de cadastro para a sua corretora.

Em pouco tempo, sua conta está aberta.

Envie dinheiro para a corretora

Para quem está começando a investir dinheiro em debêntures, saiba que após criar a conta na corretora e ter um investimento, a necessidade é enviar o dinheiro para a corretora.

Isso pode ser feito através de um TED, por exemplo.

E, assim que é feito, o dinheiro fica sob custódia da corretora para que você tenha poder de comprar títulos, ações ou outros ativos, como as debêntures.

4 – Como escolher as debêntures

Já falamos um pouco disso, mas vale a pena reforçar porque é importante.

As debêntures têm que estar de acordo com o seu perfil e com seus objetivos. Para isso, considere alguns pontos.

Prazo

O prazo tem que estar compatível com a sua programação.

No caso das debêntures, você não deve precisar do dinheiro antes do prazo.

Se assim for, você tem que escolher outra opção da renda fixa, que tenha mais liquidez.

Se você sacar o dinheiro antes, então, terá prejuízo no título – isso é importante.

Rendimento

Conforme o prazo é preciso escolher os rendimentos.

Isso é feito através da comparação com outras rentabilidades, de outros ativos.

– já usamos um tópico acima para falar especificamente sobre os rendimentos das debêntures.

Emissor

Esse talvez seja um dos mais importantes para evitar prejuízos financeiros.

O jeito é fazer uma boa pesquisa sobre a empresa que está emitindo o ativo.

5 – Como fazer a declaração das debêntures?

Fazer a declaração das debêntures é fácil.

Se ele for tributado, no caso da debênture comum, serão retidos na fonte e você não tem que se preocupar.

Isso porque ele será declarado no informe anual que será enviado à Receita Federal, junto aos outros investimentos.

O lado bom dessa opção é que, geralmente, a corretora entrega o informe com os rendimentos conseguidos no período. E você só precisa copiar.

Também não é necessário pagar DARF ou preencher formulários, como em outros tipos de aplicações financeiras.

Não termine a leitura agora…

E não é porque já citamos os 5 pontos importantes para você investir em debêntures, que você vai terminar a leitura aqui né.

Ainda há tópicos bem escritos até o final do artigo, como:

  • Debêntures incentivadas x debêntures comuns
  • Debêntures incentivadas – vale a pena investir?
  • As debêntures no mercado financeiro atual
  • As dúvidas mais frequentes sobre as debêntures incentivadas
  • Outros tipos de investimentos financeiros em renda fixa

Confira a leitura até o fim porque isso pode ser importante para a sua vida financeira neste ano.

Debêntures incentivadas x debêntures comuns

A diferença é que no caso das incentivadas elas são emitidas por empresas que vão financiar projetos de infraestrutura, como as estradas, os portos, os aeroportos, gás natural, desenvolvimento, inovação, logística, minas e energia, telecomunicações, etc.

Com isso, o governo dá aquela ajudinha para que tudo dê certo e isenta os investidores do IR.

Essa isenção do IR, como nas letras de crédito (LCI/LCA) valoriza o rendimento.

Enquanto isso, as debêntures comuns segue a tabela regressiva conforme o tempo de investimento:

  • Entre 0 e 6 meses – imposto de 22,5% sobre a rentabilidade,
  • Entre 6 e 12 meses – imposto de 20% sobre a rentabilidade,
  • Entre 12 e 24 meses – imposto de 17,5% sobre rentabilidade,
  • Superiores a 24 meses – imposto de 15% sobre a rentabilidade.

E é fácil entender porque as incentivadas são mais vantajosas.

30 mil reais em 12 meses

Imagine um investimento de 12 meses de 30 mil reais.

Nesse caso, uma debênture comum poderia render 12% ao ano que não valeria a rentabilidade de uma incentivada de 10% ao ano.

Na debênture comum, com imposto de 20% (720 reais), o lucro líquido seria de 2.880 reais.

Já na incentivada, sem imposto, o lucro líquido seria de 3 mil reais.

50 mil reais em 36 meses

Outra situação, agora menos vantajosa para as debêntures incentivadas é de um investimento de 50 mil reais em 3 anos.

Nesse caso, a comum teria imposto de 15% (mais de 3 mil reais), resultando em um lucro líquido de pouco mais de 17 mil reais.

Já as debêntures incentivadas, que são isentas de IR, traria um lucro de mais de 16,5 mil reais.

Portanto, não resta dúvidas de que antes de fazer uma aplicação é preciso simular os valores!

Debêntures incentivadas – vale a pena investir?

Em se tratando de um investidor pessoa física, o ideal é escolher um ativo que não tenha as taxas do Imposto de Renda, no que é chamada alíquota zero.

E as debêntures incentivadas aceitam isso – o que se torna um atrativo fiscal para o investidor que pode ter um pouco mais de rendimento.

Quando comparamos a outros títulos também da renda fixa, é preciso entender a debênture incentivada como vantajosa e mais compensadora justamente porque tem alguns riscos a mais: o de crédito, especialmente.

Agora, se o seu objetivo financeiro tiver a ver com os prazos de remuneração impostos na escritura, então, sobrará apenas o risco de liquidez.

E aí, você já sabe: escolhendo uma boa empresa, não terá problema algum.

Outro ponto positivo para as debêntures incentivadas é que as aplicações são consideradas baixas, a partir de 1 mil reais.

Mas, se você ainda não somou 1 mil reais, pode investir apenas 100 reais nos fundos que investem nessas debêntures – só que aí há outros detalhes a serem pensados.

As debêntures no mercado financeiro atual

Esse tópico é complementar ao de cima.

É interessante entender que o mercado financeiro brasileiro atual passou por transformações no longo da sua história – em uma revolução silenciosa.

Isso tem a ver com o ambiente macroeconômico, estrutural e também regulatório.

Junto com ele, o mercado de debêntures cresceu também.

E há de citar os esforços da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), Bolsa de Valores, CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e de todas as instituições financeiras que fazem parte desse conglomerado de debêntures.

A partir disso, considere que as sociedades anônimas se empenharam em fazer os coupons, ou seja, pagamentos anuais ou semestrais que se somam a amortização dos pagamentos periódicos.

Para a empresa é apenas uma empresa emissora de dívidas no longo prazo, que permite ao investidor montar um fluxo de pagamentos.

Mas, a questão vai além e envolve: financiamento de projetos, do capital de giro, amortização e alongamento, financiamento de fusões e outros temas.

As dúvidas mais frequentes sobre as debêntures incentivadas

Separamos este tópico para listar algumas dúvidas das pessoas sobre o tema.

As debêntures incentivadas x tesouro direto

As debêntures pagam uma taxa fixa acrescida de um índice, como vimos acima.

Então, as pessoas gostam de compará-la aos NTN-Bs, que são títulos públicos que fazem a remuneração da mesma forma.

Para somar nesse contexto, há muitas debêntures que tem a mesma data de vencimento das NTN-B.

Só que o ideal é encontrar NTN-B que tenha a mesma duration, ou seja, um indicador de tempo (em anos) que mede a sensibilidade do valor do título às variações do mercado.

E a diferença entre a taxa da debênture e da NTN-B de mesma duration é o Spread (que já falamos acima).

Considere que o Spread das debêntures sempre tem que ser maior do que da NTN-B porque ele tem mais riscos envolvidos.

Vantagens e desvantagens

Na hora de analisar se o investimento é vantajoso, as pessoas costumam imaginar as vantagens e as desvantagens da aplicação.

E isso é, realmente, um bom começo.

Então, fizemos esse trabalho para você, confira, de forma resumida.

As principais vantagens são:

  • Bom rendimento – acima de outras opções da renda fixa,
  • Isenção do IR – isso aumenta a rentabilidade da aplicação,
  • Diversificação – é ótimo para proteger seu capital.

Já as desvantagens:

  • Prazo longo – geralmente, acima de 4 anos,
  • Não tem margem de garantia – para operações day trade,
  • Não tem FGC – que garante valores de até 250 mil no banco.

E agora que você já conhece praticamente tudo sobre as debêntures incentivadas, o que vai fazer neste ano (2018) – compensa ou não investir nelas?

Para muitos analistas, esse será o ano das debêntures – isso porque elas já tiveram bons resultados em 2017 e porque com a baixa da Selic, elas apresentam ainda melhor rentabilidade aos investidores.

Exemplo de uma debênture

Vamos imaginar que uma empresa vai realizar um novo projeto de 1 bilhão de reais.

Ao invés de pegar dinheiro emprestado no banco (que cobra juros caros) ou de conseguir um financiamento do BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento (que está dificuldade isso), a empresa emita títulos.

Esses títulos em forma de debêntures podem custar 1 mil reais cada e ter um total de 1 milhão de títulos. Logo, chegaremos à 1 bilhão de reais.

Quem comprar um papel como esse vai se tornar credor da empresa ou debenturista.

Esse exemplo tornou fácil entender… Mas vamos a um exemplo real.

Exemplo real

É claro que vamos usar uma situação mais antiga (de 2013), para facilitar o entendimento.

A Rodovias do Tietê S.A. emitiu 1.065.000.000,00 de reais em debêntures.

Isso deu uma oferta de 1.065.000 debêntures que custavam 1 mil reais cada.

A empresa prometeu juros de 8% ao ano.

E o valor seria ajustado também pela inflação (IPCA).

Então, seria 8% ao ano + a inflação do período.

Não se se você conhece de taxas e rentabilidades, mas acredite: esse é um valor muito bom!

Considerando que a Taxa Selic na época estava em 7,5% ao ano, o título ficava bem acima de qualquer renda fixa do mercado.

Os títulos do tesouro IPCA, por exemplo, pagavam o IPCA + 5,25% ao ano.

Ah, outro detalhe: os juros das debêntures seriam pagos semestralmente e a amortização também.

Isso quer dizer que a cada 6 meses o investidor receberia os juros do período e mais uma parte dos 1 mil reais.

E as debêntures eram incentivadas (sem imposto de renda) porque o projeto visava investir nas estradas do interior paulista.

O prospecto da debênture tinha mais de 1,5 mil páginas falando sobre o projeto.

Na época, adivinha quem mais comprou essas debêntures? Os bancos.

Depois, as previdências privadas. E por fim os fundos de investimentos.

Somente na 4ª posição apareceram as pessoas, ao todo, foram 463 pessoas que conseguiram um bom lucro com esse tipo de investimento.

Outros tipos de investimentos financeiros em renda fixa

Vamos considerar basicamente todos os mais importantes tipos de renda fixa no mercado.

Só que na outra parte do artigo, vamos citar apenas aqueles que realmente serão rentáveis neste ano. Afinal, estamos falando na melhor renda fixa de 2018.

Caderneta da Poupança

“A poupança não está ruim e em certos períodos até conseguiu ganhos acima da inflação. Há 12 meses estava bem pior”, garante o professor Alexandre Cabral, da FIA (Fundação Instituto da Administração da USP).

Mas, com um rendimento que fica em 70% da Selic + a Taxa Referencial, não se pode esperar muito desse ativo financeiro.

Geralmente, as pessoas que optam pela caderneta é porque não tem aptidão ou interesse para conhecer outros tipos de investimentos financeiros.

Logo, a poupança ainda que seja um bom “quebra galho” não é a melhor renda fixa de 2018.

Fundos de Investimentos

Os fundos de investimentos também são acessíveis à todos os investidores porque tem uma diversificação grande de ativos.

No entanto, eles têm a cobrança dos impostos e das taxas, o que pode diminuir a rentabilidade.

“O pequeno investidor tende a fugir dos fundos DI com taxas de administração alta – o que é totalmente correto. Mas, nesses casos, o investimento inicial pode ser um pouco mais alto”, diz Cabral.

A dica é que corretoras e bancos médios podem ter fundos interessantes mesmo para os pequenos investidores, levando em conta que a taxa de administração deve ser menor do que 0,5% ao ano.

Agora, será que essa é a melhor renda fixa de 2018?

Leia Mais – O melhor investimento financeiro para 2018: renda fixa ou multimercados?

Certificado de Depósito Bancário (CDB)

Os CDBs, ao que tudo indica, devem ter os melhores ganhos do ano – ao menos, acima da poupança e do tesouro Selic.

Antes, entenda que os CDBs são os investimentos da renda fixa mais simples do mercado financeiro.

Eles, nada mais são, do que empréstimos financeiros feitos por investidores aos bancos. Logo, os bancos usam tais recursos para financiar seus próprios projetos (investimentos).

Leia Mais – Qual é o melhor banco para investir em renda fixa!

A dica, nesse caso, é que para serem melhores a remuneração precise ficar acima de 100% do CDI (Certificado de Depósito Interbancário).

Os bancos médios e as corretoras de valores costumam oferecer opções melhores do que os grandes bancos em CDBs.

Os CDBs, no entanto, podem não ser tão bons no curto prazo.

Letras de Crédito (LCI e LCA)

São investimentos financeiros parecidos com os CDBs.

Porém, com algumas diferenças: eles são isentos do imposto de renda e devem ser usados para fins específicos, como imobiliários e do agronegócio.

A ideia é a mesma do CDB – ou seja, muito indicado para o médio e longo prazo.

Sendo isento de imposto de renda, seria essa então a melhor renda fixa de 2018?

A resposta vai aparecer ao longo do texto, acompanhe!

Tesouro Direto

São títulos públicos do governo federal.

O governo usa esses recursos para quitar suas dívidas e remunera o investidor pelo empréstimo.

Esses títulos costumam ter liquidez ainda mais longo do que as outras opções de renda fixa.

Por outro lado, é um investimento financeiro totalmente seguro.

Há dois tipos de opções:

  • os pré-fixados (remuneração estabelecida),
  • pós-fixados (atrelados no IPCA ou na Selic).

Para comprar os títulos do tesouro, o investidor precisa ter conta em uma corretora de valores.

Existem outras opções de renda fixa, mas não citaremos aqui. Se você quiser conhecer o leque integral dessa opção de investimento, leia nosso guia definitivo e gratuito!

Com informações do Jornal do Comércio

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