Debêntures – Como Ganhar Dinheiro com esse Investimento de Baixo Risco?

As debêntures são consideradas aplicações financeiras da renda fixa e, portanto, de baixo risco. Do lado positivo, sabe-se que os rendimentos são acima de outros concorrentes, como aqueles da caderneta de poupança.

Ela é um título de crédito feito entre o investidor e a empresa – sendo que o objetivo é justamente o de suprir as necessidades da companhia. Na real, é uma forma mais econômica de a empresa conseguir pagar juros menores do que os empréstimos bancários.

Para a CVM (Comissão de Valores Mobiliários), “a debênture é um valor mobiliário emitido por sociedades por ações, representativo de dívida, que assegura a seus detentores o direito de crédito contra a companhia emissora”.

Portanto, “consiste em um instrumento de captação de recursos no mercado de capitais, que as empresas utilizam para financiar seus projetos. É uma forma também de melhor gerenciar suas dívidas”.

A tributação segue a mesma linha – tabela regressiva do Imposto de Renda (IR), onde a porcentagem varia de 22,5 à 15%, sendo que quanto maior o prazo menor será a incidência.

E, como toda renda fixa, o investidor pode escolher o resgate, a correção e o prazo da aplicação – sendo que elas são divididas em duas classes: conversíveis e não conversíveis em ações.

Debêntures Não Conversíveis

As não conversíveis pagam juros periódicos como definidos pelo emissor. Daí, no final da aplicação é pago o valor investido mais o acréscimo em forma de juros.

Debêntures Conversíveis

Já as debêntures conversíveis permite que o investidor transforme os juros periódicos em ações conforme regras pré-estabelecidas pelo emissor.

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O Rendimento das Debêntures

Quem quer captar recursos financeiros, lança debêntures no mercado financeiro. A partir disso, tem a liberdade de determinar a maneira que vai pagar a rentabilidade do título.

As leis que tratam desse assunto são abrangentes e dizem que os rendimentos das debêntures podem ser pagos em juros fixos, juros variáveis, participação nos lucros ou prêmios.

Confira alguns pontos que são importantes para saber a rentabilidade das debêntures.

Taxas de Juros Prefixadas

Essa taxa é usada em conjunto com a atualização monetária.

De forma exemplar, pensando nessa parte prefixada, a remuneração seria de 14% ao ano. Então, um investidor que aplicasse 100 mil reais, receberia 14 mil reais por ano de juros com esse investimento.

Taxas de Juros Pós-Fixadas

Essa é uma forma mais utilizada da rentabilidade das debêntures do que a citada anteriormente.

Nesse caso, o investidor recebe um percentual da variação de um índice, que normalmente é o CDI (Certificado de Depósito Interbancário) ou a Selic.

Imagine que você vá receber 110% do CDI e no período o CDI é de 14%. Nesse caso, o investidor teria uma rentabilidade de 1,1 vezes 14%, o que daria uma rentabilidade de 15,4%.

Atualização Monetária

De todas, essa é a maneira mais usada na remuneração das debêntures – levando em conta que protege o capital da inflação temporal.

De forma geral, o indicador usado é o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo).

Imagine os 100 mil reais investidos e a inflação de 9% no ano. Ao final do ano, você teria 9 mil reais de juros, ou seja, uma soma de 109 mil reais, o que protegeria o seu poder de compra.

Tradicionalmente, a remuneração é feita de forma mista, sendo paga pela inflação e outra parte fixa, como o IPCA.

Logo, as debêntures garante uma rentabilidade fixa acima da inflação – 9 mil da inflação e mais 6 mil reais da parte fixa, o que totaliza uma rentabilidade final de 15 mil reais, no nosso exemplo.

Nessa opção, normalmente, o tipo de remuneração costuma ser comum ao passo que a parte fixa seja paga regularmente durante o período, como se fosse um aluguel. E a inflação, que remunera o valor principal seja devolvido no prazo estipulado ou no vencimento.

Outras formas de rentabilizar as debêntures

Ainda que sejam bem menos conhecidas no mercado, existem outras formas de ganhar rentabilidade nas debêntures, veja:

Rendimentos atrelados à TR e a TJLP

São índices que remuneram pouco o investidor, ainda mais em tempos de inflação alta.

Rendimentos atrelados à TBF (Taxa Base Financeira)

São usadas por empresas hipotecárias ou de leasing.

Rendimento por Variação Cambial

É pouco usada porque gera um grande risco para as empresas que correm grandes riscos quando compra dívidas em dólar.

Reprodução: Google

Debêntures realmente são investimentos de baixo risco?

O risco de uma debênture está associado à credibilidade do emissor, portanto, tudo está associado ao risco de crédito – que ocorre como a empresa deixa de pagar ou cumprir as suas honrarias assumidas.

Além disso, tem também o risco financeiro, que acontece quando a empresa não tem fluxo de caixa bem estruturado para pagar os juros que foram combinados. Podemos citar ainda o risco monetário e o risco cambial.

Mesmo com todos esses riscos, existem agências que classificam o risco das debêntures emitidas por essas empresas – gerando mais segurança no mercado financeiro.

As notas usadas pelas agências são as mesmas usadas pelos gestores ao redor do mundo, logo, é considerada de boa credibilidade.

Outro ponto a se considerar é o de que muitas empresas que emitem debêntures costumam ser maiores do que os tradicionais bancos comerciais. Por exemplo, quando estamos falando da Vale, é possível considerar uma debênture com garantia e segurança.

Dentro desses parâmetros, ainda existe a classificação das debêntures, confira algumas delas.

Debêntures com Garantia Real

É considerada a mais segura de todas e é quando um bem da empresa é colocado como garantia, sendo que ele não pode ser vendido, emprestado, negociado ou substituído sem o consentimento dos debenturistas.

Nos regulamentos, os bens adicionais em garantia são descritos e registrados em cartórios, como o de Registro de Imóveis ou de Títulos.

Na regra geral, a captação por debênture com garantia real não deve ultrapassar o valor total de 80% do valor de avaliação do bem colocado em garantia, o que gera segurança ao mercado.

Isso evita que a aconteça a incapacidade da empresa de pagar a dívida quando as garantias ultrapassam o valor devido.

Debêntures com Garantia Flutuante

É o tipo mais utilizado do mercado das debêntures, e funciona de forma parecida à garantia real, no entanto, o ativo não é fixo e pode variar durante o vencimento do ativo.

A garantia é todo ativo da empresa, de forma que os debenturistas tenham privilégio no recebimento, em caso de quebra.

Debêntures com Garantia Fidejussória

Nesse caso, se oferece um título de coobrigação por fiança, de uma terceira pessoa, que normalmente está na forma de garantia acessória.

Este caso não está previsto na Lei das Sociedades Anônimas, mas juridicamente é possível essa garantia nos casos de emissão de debêntures.

Debêntures sem Garantia

As debêntures podem ser emitidas sem garantia e nesse caso são divididas em dois tipos.

As Quirografárias são aquelas que se houver problema na liquidação da companhia, especialmente no caso do pagamento das obrigações com os credores, elas passam a ter preferência de pagamento frente às subordinadas.

Já as Subordinadas são as debêntures que oferecem risco ao investidor, e, mesmo havendo a liquidação da companhia, são o último tipo a ter a devolução do capital investidor.

Quem pode investir em debêntures?

Se você tem uma aplicação mínima que se inicia em 1 mil reais, já pode começar a pensar a investir em debêntures. De forma geral, esses produtos financeiros costumam ter retornos acima da média.

Há de considerar ainda o prazo do vencimento – que é considerado de longo tempo, podendo ultrapassar os 10 anos. Isso vai depender do seu objetivo financeiro, que tem que estar de acordo com os títulos.

Logo, as debêntures são vistas como alternativas para o investidor diversificar sua carteira de investimentos e gerar bons ganhos financeiros. Isso porque algumas pagam IPCA mais um valor percentual, por exemplo.

Ainda que o mercado esteja mais aproximado das LCIs (Letras de Crédito Imobiliário) e aos Títulos Públicos, as debêntures são vistas como forma de diluir os riscos na hora de aplicar dinheiro.

Como Investir em Debêntures?

Primeiro, o interessado tem que ter conta em um banco ou em uma corretora de valores. Depois, basta transferir o dinheiro da conta bancária para a corretora, a partir disso você estará pronto para comprar os seus títulos.

Como uma Corretora de Investimentos pode te fazer Ficar Rico? 

Para quem não sabe, na definição mais simples, uma Corretora de Investimentos é uma instituição financeira que faz uma intermediação entre o investidor e as aplicações financeiras.

Elas são parecidas com os bancos, com a grande vantagem de ser, especialmente, dedicadas aos investimentos financeiros.

O que isso quer dizer?

No banco, temos vários produtos financeiros, como empréstimos e financiamentos por exemplo. Na corretora, não. São apenas ativos voltados a investimentos.

Mas, qual a vantagem?

Se o banco também tem investimentos e, além disso, tem outros produtos financeiros, então, por que a corretora de investimentos seria mais vantajosa?

Justamente por ser especifica para investidores, ou seja, para quem tem a intenção de fazer o dinheiro render e o patrimônio aumentar.

Vamos tentar explicar isso na prática! 

Suponhamos que o seu banco tenha um CDB (Certificado de Depósito Bancário) que pague 90% do CDI (uma taxa que fica próxima à Selic).

Agora vamos imaginar que você descubra que outro banco, que não é o seu pague a mesma rentabilidade.

Ao que tudo indica, fica tudo na mesma.

Mas, você tem que pensar que a taxa de administração do seu banco pode ser um pouco maior, ainda mais se for um banco de grande porte.

https://youtu.be/Lgfhcz_SdAs

Isso é importante?

Muito! Porque influencia diretamente na rentabilidade final e líquida do seu investimento.

Bom, muito, além disso, pense agora na quantidade de CDBs que existem em todos os bancos do Brasil… Muita coisa, não?

A corretora tem uma vantagem muito grande quanto à isso: ela busca e encontra o melhor produto para o seu perfil em qualquer canto do país.

Você, claramente, ganharia tempo e, mais do que isso, ganha em escolher o melhor investimento financeiro para você.

Mas, o foco de entrar em uma corretora de investimentos é apenas conseguir chegar ao melhor produto financeiro?

Na verdade, não. 

A especificidade das corretoras de investimentos e tratar somente das aplicações faz com que ela tenha condições, entre outras coisas, de acompanhar o mercado financeiro!

Mas isso é importante?

Sim! Porque os melhores investimentos hoje não, necessariamente, são os melhores investimentos de amanhã.

Bom, apenas para te orientar: o CDB é uma renda fixa que pode estar variando conforme a escolha do investidor – sendo com taxas fixas ou algumas que (ainda que oscilem) variam conforme o mercado.

Por isso, acompanhar o mercado financeiro é importante: pense só nessa queda de juros que estamos convivendo – há algum tempo, a Selic estava em 14% e agora a expectativa é que cai para 7%.

Uma diferença, no mínimo, representativa. 

Óbvio que as rentabilidades mudaram, assim como as melhores opções de investimentos.

Até a legislação mudou! E deve mudar mais. 

Governo Federal está estudando, por exemplo, cobrar imposto de renda em alguns títulos que eram isentos – LCI (Letra de Crédito Imobiliário) e LCA (Letra de Crédito do Agronegócio).

Isso diminuiria muito a rentabilidade desse ativo da renda fixa a ponto de deixá-lo inválido para o mercado financeiro.

Existe também um novo título, que mescla a renda fixa e a renda variável, que será usado para angariar fundos para o setor imobiliário.

Ah, e como estamos falando da Renda Variável, saiba que a Corretora de Investimentos é importante nesse ponto porque sem uma conta em uma delas, nenhum investidor consegue aplicar dinheiro na Bolsa de Valores.

Essa é uma forma de regular o mercado.

Mas, as Corretoras de Valores cobram taxas para administrar os negócios.

Isso é verdade, mas calma lá! Isso não quer dizer que por isso as corretoras te fariam perder dinheiro.

O que é preciso pensar é na rentabilidade líquida – somando todas as taxas e impostos, qual é o rendimento do ativo?

Cuidado quando você fizer essa pergunta por que provavelmente não vai gostar dos seus rendimentos do banco. Sim, eles rendem bem menos do que aqueles expostos pelas corretoras.

No fim das contas, vale sempre fazer as contas e saber o que é mais vantajoso. Observe que uma Corretora de Valores pode ser tão segura quanto um banco, se você tiver definido o seu perfil para investir.

Com informações do queroinvestir

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