CPF na Nota, Senhor?

Existem vários programas que incentivam e aconselham o consumidor a inserir o CPF (Cadastro de Pessoa Física) na nota fiscal da compra dos produtos. A medida, ao que tudo indica, é usada para combater a sonegação de impostos e oferecer vantagens ao consumidor. Mas, será que isso é realmente vantajoso, do ponto de vista financeiro? Confira a resposta abaixo.

Mas antes vamos á algumas recomendações sobre gastar dinheiro – será que você não está fazendo isso errado demais?

Se sua carteira tem 3 cartões ou mais, talvez o erro já começa por ai. Gastar dinheiro é um hobby? Pior ainda. E você tem fama de esbanjador, ostentador, gastão? Temos, sem dúvidas, um problema em vista.

A relação de qualquer pessoa com o dinheiro deveria ser de alegria, mas na maioria das veze é de relação complicada. Ao mesmo tempo em que você o quer [o dinheiro] para o resto da vida, ele está te dando uma dor de cabeça danada…

Gerando estresse e lhe pondo em situações verdadeiramente negativas.

Se, por mais que as pessoas dizem, você não acredita, então, faça uma auto avaliação – responda essas seguintes questões abaixo e veja você mesmo.

Quanto Entra na Sua Conta?

Se você tem um salário mensal médio, que recebe como um funcionário de uma empresa, é muito provável que você não veja o valor exato que recebe todos os meses, sem se importar com as variações ou reajustes.

Isso acontece porque o dinheiro geralmente entra para cobrir o negativo do mês passado e o que sobra… Bom, o que sobra já tem destino certo né. Aliás, não dá para ignorar a promoção da loja ou o churrasco do final de semana.

Quando você, finalmente, decide olhar para o extrato, nota: onde está o dinheiro? Você tinha quase certeza que tinha uma quantia lá, que tinha sobrado para gastar com os amigos, mas não. Por isso você nem vê o extrato – só traz decepções.

Esse é um erro fundamental de quem não tem controle financeiro – não acompanhar os gastos, sabendo exatamente quanto se ganha e quanto se gasta.

Os Vendedores das Lojas sabem o Seu Nome?

Não, isso verdadeiramente não é nada bom para você. Ser um “velho” conhecido entre os comerciantes só mostra que você gosta de gastar dinheiro periodicamente e enriquece os lojistas e comerciantes.

Assim, se você chega na loja e a vendedora logo pergunta se você melhorou da dor nos joelhos, tome consciência… Talvez sua relação de fidelidade com a loja esteja muito aquém do que deveria estar.

O carinho retribuído é ótimo para a estima, mas não para o bolso. Se você tem uma relação que vai além das compras e dos cartões da loja, aí tudo bem. Isso pode ser importante para a sua vida social, mas, na real, isso é totalmente raro.

Aliás, se você foi até a loja, tente renegociar sua dívida e não fazer novas parcelas. Esse, com certeza, é o melhor caminho a seguir.

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Comprou Outro?

Se você ouve muito expressões como essa… Algo não vai bem, mesmo. A princípio pode parecer perseguição ou inveja, mas no fundo é alguém querendo dizer que você está comprando demais, sem que tenha necessidade disso.

O ideal é começar a tomar medidas mais drásticas e passar a ouvir mais essas perguntas indiretas, que são boas formas de direcionar os seus passos financeiros.

Vou me dar ao Luxo de…

Dizer isso sempre após uma conquista é extremamente saudável para a vida de qualquer pessoal. Todo mundo deveria se dar ao luxo de poder comprar algo algum dia desses ou de fazer algo que gostaria, mesmo que isso custasse muito dinheiro.

Mas, se você faz isso com muita constância e considerando até mesmo as pequeninas conquistas, talvez seja hora de rever seus hábitos. O seu time ganhar pode ser legal, mas isso não quer dizer que você tenha que comemorar gastando muito dinheiro, não é?

E outra, quando for comemorar e se dar ao luxo, tente considerar apenas alguns itens e não todos – salão de cabeleireiro, manicure, massagista, bar, barbearia, restaurante, roupas, sapatos, perfumes. Cuidado com o excesso.

Aqui vai valer um questionamento pessoal: será que estou precisando de momentos demais para desestressar? Então, melhor começar a rever a qualidade de vida e não apenas os momentos de se dar ao luxo.

Vamos Comer Fora hoje?

É outra forma de estar na lista dos mais consumistas. Comer fora de casa é muito bom, é verdade. Mas optar pela marmita durante a semana e comer fora com tanta frequência podem resultar em uma boa economia de dinheiro.

Se você não acredita, basta parar e fazer as contas de quanto gasta com esse item – é realmente assustador.

Vai CPF na Nota, senhor?

A pergunta é rotina em quase todos os estabelecimentos – se não é, deveria ser. Desde 2015, vários programas de incentivo ao registro da nota fiscal estão presentes no país.

Porém, as últimas pesquisas comprovaram que os consumidores ainda estão resistentes aos programas.

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A ideia é da Receita Federal, de confrontar informações pessoais dos consumidores e, provavelmente, conseguir aumentar os impostos. E, então, não vale a pena pedir o CPF na Nota?

Funciona assim: os governos destinam uma fatia do Imposto de Contribuição sobre Mercadorias e Serviços (ICMS), normalmente de 30%, aos consumidores que registram o CPF na Nota.

O ICMS é recolhido por cada estabelecimento e o percentual do imposto é rateado aos consumidores proporcionalmente às compras, quando pedem CPF na nota, registrando a emissão do gasto.

As vantagens variam de estado para estado, mas entre as principais estão:

  • Restituição do ICMS em dinheiro,
  • Descontos no IPVA e IPTU,
  • Sorteio de Prêmios.

Antes de solicitar o CPF na nota, é preciso fazer o cadastro na Secretaria da Fazenda e informar os dados pessoais.

Agora sim, a grande resposta:

Conforme Mauro Ricardo Costa, que é secretário da Fazenda do Paraná, a ideia de o registro é usado pelo governo para ter controle dos gastos do consumidor é um boato.

“Não nos interessam as aquisições individuais e o movimento econômico de quem comprou, mas sim de quem vendeu. Tanto é que quem comprou pode informar o seu CPF, de um parente ou de um amigo, por isso são informações que não teriam validade jurídica”.

Outra informação adicional está no site e-farsa, que diz que os programas são gerenciados pelo governo do estado, enquanto que a Receita Federal é federal, sendo duas esferas diferentes.

A Depressão, a Ansiedade e o Consumismo

Atualmente, existem mais de 60 milhões de brasileiros endividados. A situação acontece porque as pessoas gastam mais dinheiro do que ganham, mesmo que esse seja um principio básico das finanças.

Esse comportamento de inadimplência leva o consumidor ao sentimento de culpa e frustação, em um ciclo de ganha-perde.

A questão, porém, envolve muito além do comprometimento financeiro e orçamentário, que já seria suficiente para reconhecer os indivíduos consumistas

Você já se perguntou se o seu “complexo interior” tem algo a ver com a sua necessidade de comprar?

Conforme um estudo da pesquisadora Astrid Mueller, do University Hospital of Erlangen, na Alemanha, 90% das pessoas que são oniomaniacas (transtorno por compras compulsivas) sofrem também transtornos psiquiátricos.

Os mais comuns são:

  • Depressão – 74%
  • Ansiedade – 54%

Transtorno Bipolar (TAB) e Transtorno Compulstivo (TOC) e Síndrome de Borderline, em porcentagens menores.

Portanto, não resta dúvidas que as questões emocionais levam ao consumo excessivo. E, há quem dia, que o vice-versa também acontece – quem consome demais pode ficar depressivo.

Se existe uma solução, com certeza, ela está na busca pelo conhecimento. Só resta agora saber se você tem feito a sua parte… ou se ainda ficará endividado por muito tempo.

Com informações da Hintigo

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