Como ter Controle Financeiro para o Reajuste da Mensalidade Escolar?

Estamos no final do ano e… Muitas coisas vão acontecer. Por exemplo, o reajuste da mensalidade escolar ou como os diretores gostam de falar: Rematrícula. Assim, o período também é marcado por ser importante para manter o controle financeiro familiar em dia!

E claro, continuar mantendo a qualidade educacional dos filhos.

Para a maior parte dos pais, os gastos com a escola não são, necessariamente, gastos e sim investimentos. No entanto, eles costumam ser altos e isso pesa no orçamento financeiro.

Ainda que não seja possível cortar ou diminuir a conta, é preciso atentar-se à alguns fatores na hora da renovação. Confira alguns pontos importantes a serem analisados nesse período do ano e que tem tudo a ver com a sua vida financeira dos próximos meses.

A Atual Situação Financeira da Família

Faça um diagnóstico da sua vida financeira – em qual patamar a família está? Endividada? Com as contas em dia? Apertada?

Se a resposta for muito negativa – como um endividamento – então é hora de rever todos os gastos, inclusive o da educação. Tenha uma lista de prioridades a seguir e veja se é possível dar continuidade ao estudo dos filhos na mesma escola.

O fim de ano é um ótimo momento para começar a ajustar o orçamento do próximo ano, considerando, entre tantas coisas, o valor das mensalidades da escola.

“São gastos inerentes que deve ser ‘planilhado’ para ver se vale a pena a transferência de escola em virtude do valor da mensalidade”, diz a diretora financeira do Sindicado dos Estabelecimentos de Ensino no Estado do Rio de Janeiro (Sinepe-RJ).

“A indicação indica a troca no meio do ano em caso de desgaste na relação pedagógica ou mudança de endereço”, completa.

A Escolha do Estudante

Para os educadores, tanto das escolas quanto das finanças, também é importante observar qual é o desejo da criança ou do aluno em destaque.

O melhor jeito de descobrir é sendo franco em uma conversa aberta – pergunte sobre a escola, sobre os estudos, os amigos, professores, passeios.

Na maior parte das vezes, a mudança é vista de forma indesejada, porém, com uma conversa sincera, o próprio filho pode ajudar a encontrar a melhor solução para esse pequeno problema financeiro.

A mudança não deve comprometer o rendimento escolar, levando em conta que ele terá que se adaptar á um novo ambiente e a novas pessoas, leve isso em consideração.

Dê Atenção aos Gastos Adicionais

No processo de planejamento para o próximo ano, todo pai tem que considerar as demais despesas que envolvem a rotina escolar e não apenas a mensalidade.

Neste caso, estamos falando de uniformes, lanches, materiais adicionais, eventuais passeios, transportes, entre outros.

Para evitar prejuízos financeiros com esses gastos extras, o aconselhável é que os pais tenham uma reserva financeira criada justamente para conter os imprevistos educacionais.

Isso é importante para não se endividar, inclusive, durante o ano pode ser que a mochila necessite de uma troca, assim como a reposição de materiais.

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Nunca tenha Vergonha de Pechinchar com a Escola

O recomendável em toda compra é negociar os valores – sempre vai haver espaço para pagamentos à vista, por exemplo, e isso gera uma grande economia.

No caso escolar, vale muito a pena marcar uma reunião com o diretor e explicar a atual situação da família e tentar ajustar o que pode e o que não pode ser feito para viabilizar a permanência do aluno na escola.

Na real, muitas vezes perdermos boas oportunidades simplesmente pela falha de não tentar.

Existe a chance de conseguir bolsas, descontos, isenção da matrícula ou mesmo uma condição especial para o pagamento das mensalidades. Pechinchar é regra, é fundamental e importante para encaixar o reajuste da mensalidade escolar.

“Se quiser trocar, avalie bem o sistema pedagógico da nova instituição. Cortar atividades extracurriculares, como aulas de judô e balé, que pode ser necessário nesse momento econômico porque pesam no bolso”, diz Alexandre Prado, especialista em finanças.

“Tais atitudes são mais recomendadas do que trocar o estudante que está adaptado e feliz na escola atual. É preciso comprar tudo adequadamente”, finaliza.

Tenha histórico e faça Orçamentos em outras escolas

Se você tem o histórico de bom pagador, isso é um ponto positivo. Leve em conta os pagamentos de materiais didáticos (apostilas, livros) e isso pode facilitar a negociação contratual do novo acordo.

E, além de pechinchar (como no tópico anterior falamos), sempre tenha em mãos orçamentos de outras escolas para fazer breves comparações e saber se o preço não está muito acima do praticado no mercado atual.

Apresentar outros preços, dos concorrentes, pode te ajudar a ganhar melhores descontos.

Se a escola não quiser negociar, vale a pena considerar os outros orçamentos.

Aposte na boa Comunicação com a Escola

A Diretora Regional do Sieeesp (Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de São Paulo), Cenira Blanco Fernandes Lujan afirma que o diálogo é a melhor solução – “mesmo porque milagre não existe”.

“Sentir a situação real de cada um. Uma opção, por exemplo, é oferecer um desconto momentâneo. Que voltem a conversar depois para ver se a situação já melhorou. Também é preciso que todos entendam que temos que ver os dois lados”, diz.

“A escola tem que ver o lado da família e a família, o lado da escola. A escola é uma instituição educacional, mas é uma empresa como outra qualquer, que paga tributos, tem funcionários para pagar”, garante.

Observe a diferença entre o Custo e o Valor

Obviamente que nem toda escola cara é boa e nem toda escola barata é ruim.

Toda escola tem seus diferenciais, assim como seus pontos negativos. O ideal, para este caso, é conhecer a escola e fazer uma descrição das características sendo que até mesmo o local dela pode ser um fator determinante na sua escolha.

Nessa hora também é importante considerar o valor que vai ser pago. Confira com as mensalidades anteriores, veja de quanto foi o aumento e compare com a inflação.

Considere sempre o melhor caminho para que a nova geração tenha um comportamento sustentável e financeiro, seja criança, jovem ou adulto. A vida endividada é muito complicada e a de inadimplente também, portanto, priorize o orçamento financeiro familiar.

“É preciso conhecer a filosofia e a reputação do colégio”, diz João Luiz Cesariano da Rosa, que é da diretoria da Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino (Conefen).

“Se o motivo da troca for uma dificuldade financeira momentânea, como no caso de desemprego, os pais podem procurar a escola em que a criança já está matriculada”, completa.

Sempre leve em Consideração Mudar para a Escola Pública

Lilian Guimarães é mãe de um aluno que mudou para a escola pública e cedeu entrevista ao Jornal Extra. Veja o que ela disse:

“Como ele é pequeno, vai mais para brincar, mas os preços estão puxados. Não estão a nosso favor. Quero uma escola que tenha um bom ensino, que ele vá aprender, mas com um preço bacana”, disse.

“É uma diferença grande de mensalidade entre uma escola e outra. Vários conhecidos estão tirando os filhos da escola particular para a pública porque está pesando no orçamento”, completou.

O efeito representado por Lilian é uma realidade em todo Brasil.

Conforme dados da Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro, em 2017, mais de 25 mil crianças que vieram de escolas privadas foram matriculadas na rede municipal de ensino.

Sendo que 16% a mais do que em 2016, quando foram matriculados 21 mil alunos.

Do todo, as que saíram de escolas particulares representaram 23%.

Esteja por Dentro da Lei que a Escola precisa Cumprir

Esse caso é um pouco mais especifico – é para as pessoas que atrasaram a mensalidade.

Considere as condutas que a escola pode tomar ou não na hora de fazer cobranças.

Conforme a Lei 9.870/99 e o artigo 1º, “a escola não pode proibir o aluno de fazer provas ou frequentar aulas, mas pode impedir o aluno de realizar a rematrícula. Não pode haver o reajuste na mensalidade escolar em prazo inferior a um ano”.

Já conforme o artigo 52, “multas de mora, devido a atraso das mensalidades, não devem ultrapassar 2% sobre o valor da parcela”.

Assim, dá para notar que não há um limite para o aumento das mensalidades, no entanto, se você achar o aumento abusivo pode solicitar junto à instituição educacional uma planilha de custos para comprovar o aumento.

O Procon é uma instituição que podem auxiliar nessa decisão.

“É óbvio: o aluno significa faturamento e a escola não quer perder renda. Então, negocie, mas com bom senso. Veja se não há outros cortes a fazer porque a educação precisa estar em primeiro lugar”, diz José Vignoli, que é do SPC Brasil.

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Entendendo o Lado da Escola

Como falamos, observar a diferença entre custo e valor é importante para saber se vale a pena o investimento ou não, a se considerar ainda a comparação com outras instituições.

Para isso, também é importante analisar o lado da escola. A mensalidade, muitas vezes, é a composta por vários fatores, que levam em consideração a correção monetária, inflação verificada no período e também os custos com o pessoal.

Além do aprimoramento no processo didático-pedagógico.

Para a Proteste, associação dos consumidores, isso tem que ser comprovado em planilhas que podem ser consultadas pelos pais e estar a disposição.

Benjamin Ribeiro da Silva, presidente do Sindicato dos Estabelecimentos do Ensino do Estado de São Paulo (Sieeesp), o total de tributos que a escola paga é muito alto.

“As escolas não têm nada que subsidia seus serviços a não ser a mensalidade paga pelos pais e desse valor, 44,4% ainda vai para impostos”, afirma.

Portanto, dá para concluir que o mínimo de reajuste que a escola fará é necessário para conseguir sobreviver às tributações – levando em conta que cada escola tem sua necessidade.

“Temos uma concorrência muito grande, então, o próprio mercado acaba regulando. Se alguma escola fizer algum reajuste errado, o pai do aluno consegue fácil arrumar uma escola que oferece um serviço parecido pelo pagamento justo e mudar de escola”, disse.

Dicas de Como Preservar o Material Escolar

Conversa

Crie um diálogo verdadeiro com os pequenos. Isso é fundamental para que eles entendam a importância de manter os cuidados com o material. Aproveite e dê a Educação Financeira que eles merecem, aliás, isso pode fazer muita diferença no futuro.

Checklist

Monte uma lista de “cuidados”, que serão como regras, na qual a criança deverá seguir para, assim, manter o material conservado.

A lista impressa pode ser colocada no quarto da criança ou na mochila, por exemplo. E você pode adicionar itens como: use os dois lados da folha, guarde todos os lápis no estojo depois de usar, aponte o lápis apenas quando for necessário, mantenha a mochila organizada, entre outros.

Mochilas

As impermeáveis são mais indicadas porque protegem em caso de chuvas fortes, por exemplo. Na hora da compra, vale investir um pouco a mais e comprar um material que seja mais durável.

Livros, Cadernos e Dicionários

Devem ser encapados. Uma ideia é usar papel contact que se transforma em um verdadeiro salva-vidas para manter esses produtos conservados, isso porque eles evitam as famosas orelhas ou sujeiras.

Etiquetas

Cada caneta ou lápis perdido é um gasto que poderia ter sido evitado ao longo do ano. Coloque o nome da criança para que ele possa ser encontrado, se tiver sido perdido.

Organização

Nada de deixar tudo jogado na mochila, aliás, tudo tem o seu devido lugar. Os mesmo vale para as apostilas que ficam em casa.

Lancheira

Ela mal fechada pode estragar o lanche, os materiais, as folhas e a própria mochila. Então, cuidado também com a lancheira, certifique que ela tenha boas travas e que seja segura.

Com informações segs, guiabolso e globo

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