10 Dicas breves antes de comprar um imóvel em 2018

O próximo ano parece ser um ano de retomada da economia e com a queda dos juros, a compra de imóveis parece estar no seu melhor momento – especialmente para quem vai financiar um. A dica, porém, é juntar dinheiro até que se consiga dar uma boa entrada.

As dicas listadas abaixo não são para mostrar a melhor modalidade de compra e sim para ajudar o comprador a descobrir se “falta alguma coisa”.

Marta Almeida é advogada especialista em direito imobiliário e diz que:

“existem normas que envolvem animais de estimação, barulho do apartamento e regras de utilização da área comum que devem ser observadas com muito cuidado, pois as regras pertinentes a esses temas são as campeãs de reclamações no judiciário”.

Confira as dicas!

1 – O imóvel atende as necessidades?

A compra de um imóvel, especialmente um apartamento, é algo sério e, na maior parte das vezes, nada barato.

Se você toma uma decisão no “calor da emoção”, então, não poderá desistir no meio do processo porque isso traria várias consequências, como a perda da entrada paga.

“Por isso, há que se examinar a localidade em que se situa o edifício, para tentar minimizar problemas com vizinhança, conferir a metragem do imóvel, o valor do IPTU e especialmente do condomínio”, diz o advogado em direito imobiliário Thiago Cardoso Neves.

2 – Saiba sobre a convenção do condomínio?

É na convenção do condomínio que fica registrado tudo que é decidido em conjunto com os outros moradores – é como a famosa “reunião de condomínio”, sabe?

“Verifique o rateio das despesas e se existem serviços prestados que pesem muito no condomínio. Veja também o valor da multa por atraso no pagamento das cotas e como se dá a participação nas assembleias. Fique por dentro de tudo que acontece durante o mandado”, diz.

3 – Quais são as regras?

Se você quer saber como comprar um imóvel, vai precisar ler (com bastante atenção) todas as regras do condomínio.

Existem lugares que não permite animais de estimação, por exemplo. E se é regra, precisará ser seguida, ainda que não seja do seu agrado.

Outro ponto que costuma causar muita discordância é a garagem – vá até o local e confira a disposição das vagas, principalmente, os equipamentos de segurança disponíveis.

Até os elevadores, saídas e entradas de equipamentos de emergência, área de lazer, parques, piscinas, manutenção dos espaços… Tudo isso precisa ser visto com antecedência.

Durantes as convenções, por exemplo, pode haver a proibição das áreas de convivência por visitantes – tudo isso tem que estar de acordo com o seu estilo de vida.

4 – Já sabe quais serão as finanças do condomínio?

É importante levar em conta o índice de inadimplência dos outros moradores – se for acima de 6%, então, há um risco que se corre e que pode comprometer todo o fluxo de caixa do condomínio.

Repare também em como foi feita a prestação de contas mensal, que deve acontecer da forma mais transparente possível.

Outra dica é observar se o condomínio está em dia com as questões trabalhistas, por exemplo. Essa pendência pode gerar processos judiciais e acabar aumentando o valor do condomínio de forma inesperada e assustadora.

5 – Já pensou nas taxas do condomínio?

Se o prédio já for antigo, então, é possível que necessite de uma futura reforma.

Logo, as taxas extras podem ser cobradas.

“Examine também uma eventual pendência do apartamento em relação aos débitos de IPTU e condomínio, para não ser surpreendida. É importante também procurar saber se há alguma restrição na prefeitura em relação ao imóvel”, dizem os especialistas.

“Até tombamentos podem impedir a realização de obras ou reformas”, afirmou Neves.

Reprodução: Google

6 – Há irregularidades no imóvel?

Aliás, as reformas sãs permitidas em quais tipos – obras na fachada e nas dependências do imóvel podem trazer dor de cabeça para muitos moradores.

O ideal é saber se há irregularidades e verificar quais são as condições e autorizações do condomínio decidido em assembleia – isso se tudo for registrado na prefeitura e em órgãos competentes.

“Caso não, deve-se logo consultar a convenção do condomínio para verificar se aquelas obras poderiam ter sido feitas. É importante também consultar o síndico e saber sobre a possibilidade de regularizá-las junto ao condomínio”, diz Neves.

“Isso é possível por meio de uma assembleia para ratificar, e assim evitar uma eventual ação judicial no futuro. Depois, busque a prefeitura para dar início ao procedimento de regularização”, completa Neves.

7 – O imóvel tem débitos?

As dívidas de condomínio são herdadas na hora de comprar o apartamento. Portanto, confira se o antigo dono fez todos os pagamentos como deveria – antes de assinar o contrato.

“É preciso saber se essas dívidas existem, pois o novo proprietário pode, inclusive, ser demandado judicialmente por essas dívidas”, alerta Neves.

“Cabe salientar que o débito referente à dívida de condomínio pertence ao imóvel. Logo, o novo proprietário precisará fazer todo acerto do débito antigo”, diz Marta.

8 – É preciso investigar o antigo dono até que ponto?

Também antes de comprar o imóvel é preciso ficar atento à saúde financeiro do vendedor, logo, busque as certidões judiciais da pessoa para verificar se existem processos e isso demonstra a real situação do vendedor.

“Se o vendedor tiver dívidas e estão vendendo o imóvel para esvaziar o patrimônio e lesar os seus credores, a compradora do imóvel pode perder seu bem sob alegação de fraude”, diz Marta.

9 – E sobre a estrutura do apartamento – o que é preciso saber?

“Verifique se existem infiltrações, rachaduras, fissuras, se o sistema elétrico está em bom estado e se a fase de energia está distribuída corretamente. Também vale a pena testar o sistema hidráulico, como os vasos, encanamentos, chuveiros”, frisa Marta.

Os mínimos detalhes também precisam ser vistos para evitar os futuros aborrecimentos. Se preciso, conte com a ajuda de profissionais… Vale também fazer vistoria em todo condomínio assegurando se o empreendimento é seguro.

10 – Avaliou o bairro também?

Os imóveis que parecem ser muitos bons e que tem preços baixos deve ter algum problema, não é? E, na maior parte dos casos, isso tem a ver com o bairro, que não é muito valorizado  ou por que fica em áreas perigosas.

“É importante avaliar isso, já que com o aumento da violência, ocorre a desvalorização do imóvel e não é uma opção para a sua família”, diz Marta.

Observe se há comercio, como escolas e transporte público – isso facilita o dia a dia!

https://youtu.be/TFmMYd7FvJw

Bônus – Vale a pena investir em imóveis de leilão para ganhar dinheiro?

Imagine que você tenha feito um financiamento imobiliário pela Caixa Econômica Federal – isso é muito comum nos tempos atuais.

Daí, você começa a pagar sua mensalidade até o apartamento ficar pronto. Quando ele fica, seus gastos aumentam porque além dessa parcela, ainda há os gastos domésticos e o aluguel e a energia e as coisas que quebra e a pintura e o acabamento.

Enfim, você não se planejou muito bem e começou a atrasar as contas do banco.

O que acontece? O banco não é seu amigo e com o tempo, vai tomar o seu imóvel. Além disso, com as contas atrasadas você acumulou uma dívida e está sem condições para pagar… O resultado, qual é?

O banco toma o seu bem e faz um leilão dele. O valor que for vendido será usado para arcar com a sua dívida. Enquanto isso, você fica sem imóvel e vai precisar voltar a pagar aluguel.

É por isso que um leilão de imóveis tem preços abaixo do praticado no mercado – existe uma necessidade de tempo na venda dele. Quando ele é vendido, todo mundo sai ganhando:

  • O comprador que pagou mais barato,
  • O banco que vai receber a sua dívida,
  • E o ex-morador que quitou a dívida.

Claro que o morador vai precisar reestruturar a sua vida a partir disso.

Portanto, o funcionamento de um leilão de imóveis é bastante simples, como visto.

Mas, será que esse é um investimento seguro? Continue lendo…

Com informações da UOL

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