Confira esse checklist antes de comprar os papéis de uma carteira de ações recomendada

Atualmente, praticamente todas as corretoras, bancos de investimentos e até mesmo portais de notícias de finanças possuem uma carteira de ações recomendada. Para quem tem pouco tempo para estudar as opções do mercado, essa pode ser uma ideia.

No entanto, é preciso cuidado. Afinal, será que é inteligente toda semana pegar uma parte do patrimônio e comprar os papéis daquela carteira? A verdade é que existem estudos por trás delas, que são de profissionais. No entanto, nem sempre elas podem ser ideais para você.

Então, quer dizer que nem sempre uma carteira recomendada é tão recomendada assim? É exatamente isso. O motivo é que cada investidor possui as suas características e realidade. Por isso, criamos esse checklist.

A ideia é que você consiga estudar e saber se aquela indicação serve para você ou não. Isso vai te deixar mais seguro na hora de comprar papéis para compor a sua carteira da renda variável. Até mesmo porque seguir uma indicação de olhos fechados não soa bem.

O prazo de investimento

A primeira coisa é saber sobre o seu prazo de investimento. Isso tem a ver com o seu objetivo de investimento, também. Geralmente, as corretoras indicam carteiras pensando no médio-longo prazo. Se você não tem essa projeção, a carteira pode não ser boa para você.

Logo, não faz sentido você comprar papéis de uma recomendação que é focada no longo prazo, se você sabe que precisará vender suas ações daqui há 5 meses, por exemplo.

A compra de um único ativo

Seja na hora de fazer aportes ou comprar os primeiros papéis daquela empresa, considere que jamais se deve investir em uma única companhia. Aqui, vale muito a ideia de diversificar a carteira – porque isso diminuir muito os riscos de perda.

Assim, por mais bem-intencionada que uma carteira de ações recomendada seja, saiba que comprar uma única ação não é bom para ninguém. A dica é escolher ao menos 5 papéis. Mais do que isso, vale a pena pensar na diversificação dos setores também.

A escolha de ações defensivas

Além de pensar na diversificação dos papéis e dos setores, considere como ponto importante ter ações defensivas na sua carteira. Mas, o que seriam essas ações? Aquelas com baixa volatilidade – mesmo em épocas de crises.

Por exemplo, aqui podemos falar de papéis do setor elétrico ou de saneamento. Isso quer dizer, na prática, que independente da recessão, esses setores continuarão sendo importantes. Assim, são empresas que não flutuam tanto com o mercado.

Outra ideia é pensar nas ações que pagam dividendos.

O cuidado com os micos

O que seria um mico na bolsa de valores? É uma ação de uma empresa falida ou em recuperação judicial. Hoje, o melhor exemplo que temos é a Oi. De modo geral, esses papéis custam menos do que R$ 1. Porém, o risco é bem alto e a liquidez é mínima.

Além da Oi dá para falar da OGX, de Eike Batista. Essa é a maior prova que jamais deve-se deixar de estudar os fundamentos da empresa, tais como balanços, demonstrativos e etc.

As bolhas financeiras

O próximo cuidado para se ter antes de aceitar uma carteira de ações recomendada é saber que existem bolhas. Isso acontece, de forma comum, quando uma empresa tem uma valorização muito repentina e sem uma explicação exata para tal.

Essa subida rápida também vai significar uma queda rápida. Ao menos, quase sempre isso acontece. Novamente, vale a ideia de colocar dinheiro apenas em empresas sólidas. Nesse caso, dificilmente você vai estar em uma bolha financeira.

A escolha das blue chips

Essas são as empresas líderes de mercado. Elas possuem bons números, com boa cotação, alto volume de negociação e de marcas com credibilidade. Geralmente, tem cotação média mais elevada e alto volume de negociação.

Aqui no Brasil, os principais nomes são: Vale, Petrobras, Ambev, Banco do Brasil, Gerdau, Bradesco e Itaú. Outra das vantagens delas é que possuem ótimos pagamentos de dividendos. Assim, essas sim são boas para você ter na carteira.

carteira de ações recomendada

O estudo sobre a tendência

Voltando mais um pouco o foco para a questão da carteira de ações recomendada, considere que os analistas focam muito nas tendências do mercado. E não há problema algum nisso. Porém, jamais deixe de ler sobre as análises técnicas e fundamentalistas.

Esses métodos de estudo são essenciais para quem quer fazer boas compras na bolsa. Então, não que não se possa usar as carteiras para comprar papéis. Porém, faça o bom uso dos gráficos e dos métodos também.

Para quem não sabe, a análise técnica usa gráficos para ver sobre o histórico de preços e o volume de negociação. Enquanto a fundamentalista avalia os investimentos e faz um verdadeiro diagnóstico das informações cedidas pelas empresas periodicamente.

Os gurus do mercado

Uma última dica que temos aqui é sobre os gurus do mercado acionário. Não queremos julgar ninguém, ok? Porém, algumas carteiras que vêm dessas pessoas podem ser ruins. Isso porque nem sempre elas conhecem a bolsa como falam que conhecem.

As supostas técnicas usadas, que acabam sendo exclusivas, podem ser tendenciosas demais. E isso é um perigo muito grande para o investidor menos atento. Então, saiba que as análises são importantes e a bolsa de valores não é um jogo de cartas, ok?

Conheça os 5 passos iniciais para montar uma carteira de ativos da renda variável

Ainda sobre isso, podemos citar o efeito manada, né? Assim, muita gente grava vídeo o tempo todo falando e recomendando a compra ou venda de ações sem muito estudo. Mas, não é porque a pessoa falou que é uma boa ideia, concorda?

Fique atento para escolher os seus ativos porque o risco será somente seu e de mais ninguém.

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