Confira 4 pontos para avaliar a rentabilidade de um investimento financeiro

Tem alguns novos investidores começando no mercado agora e ficando preocupados com os rendimentos dos seus ativos. Por isso, criamos uma matéria que vai ensinar como avaliar a rentabilidade de um investimento financeiro.

Afinal, se a gente pegar alguns exemplos de 2015 vamos ver que uma renda fixa poderia render até 16% ao ano enquanto hoje a gente tem um rendimento de menos de 2% no ano. Ou seja, é muita diferença, não é mesmo?

No entanto, atente-se para o fato de que estamos em uma época de Selic baixa, o que quer dizer que os ativos da renda fixa também perderem força. Porém, isso não é tudo. Considere que a sua comparação não deve ser com 5 anos atrás e sim de outra forma, como falaremos abaixo.

Antes de começar, só uma última informação: também evite, ao menos no começo, comparar a sua carteira com a de pessoas que possuem mais experiência em investimentos. Além de melhores escolhas, talvez elas também tenham um perfil diferente do seu.

1 – A comparação com outros ativos semelhantes

O primeiro dos pontos é sobre a comparação que deve ser feito com ativos semelhantes. Ou seja, não dá para você comparar o seu CDB, que é da renda fixa, com as ações da Petrobras, que é da renda variável, por exemplo.

Por isso, a primeira coisa é apenas considerar ativos do mesmo tipo, da mesma categoria. Por exemplo, compare um fundo DI com outro fundo DI. Ou um CDB de liquidez diária com outro da mesma liquidez.

Até mesmo porque é óbvio que um CDB com prazo mais longo vai ter rentabilidade melhor do que um que permita o resgate mais rápido. Mas, calma que vamos falar mais disso no decorrer da matéria. Por isso, continue lendo.

2 – O custo de oportunidade do investimento

O nome é diferente, mas saiba que é bem fácil entender isso. Então, o custo de oportunidade nada mais é do que o valor mínimo de lucro que o investidor pretende conseguir em um investimento. Assim, muita gente usa o parâmetro da poupança.

Ou seja, um investimento da renda fixa, por exemplo, só valerá a pena, a princípio, se tiver rendimento melhor do que o da poupança. De todo modo, esse é só um exemplo, já que o seu custo de oportunidade pode ser outro.

Na renda fixa, geralmente, muito se fala em benchmark. Ou que seria isso? Um índice é como mínimo de rendimento para um ativo. Por exemplo, quase todos os ativos querem bater o CDI. Logo, o CDI é o benchmark mais usado, mais que a poupança inclusive.

3 – O risco envolvido na compra do ativo

Para avaliar a rentabilidade de um investimento financeiro, a gente também deve considerar o risco. Oras, mas a renda fixa tem algum risco? Tem sim. Inclusive, nem sempre se fala sobre ter prejuízos, mas sim sobre perder para a inflação, por exemplo.

Para quem é ultra conservador e não quer correr risco algum de prejuízo, títulos do Tesouro, como o prefixado ou CDBs com base no CDI serão sempre aconselháveis. Já para quem busca melhores rendimentos, dá para pensar em ativos de mais longo prazo ou mais risco.

O que seria um ativo da renda fixa mais arriscado? Especialmente, aqueles que não contam com a segurança do Fundo Garantidor de Crédito e nem do Tesouro Nacional. Por exemplo, as debêntures, que são papéis de empresa e garantidos apenas por elas.

4 – A liquidez do investimento

Mais uma dica, que é a última dica, é sobre a liquidez do investimento. Saiba que, inevitavelmente, se você aplica na renda fixa e tem mais tempo poderá ter melhor rendimento do que quem investe apenas paro o curto prazo.

A gente não precisa ir muito longe para ver que ativos longos, como Tesouro IPCA ou LCI para 5 anos pagam mais do que Tesouro Selic ou CDB com liquidez diária, por exemplo. Desse modo, a liquidez do investimento também diz muito sobre as rentabilidades dos ativos.

Lembrando que a liquidez é aquela possibilidade de fazer um resgate mais rápido ou menos rápido dos seus recursos. Aliás, mais do que a rapidez, estamos falando sobre a manutenção dos rendimentos ou a perca deles. O Tesouro IPCA pode ter resgate antes. Mas, nesse caso, pode ser que o investidor não tenha toda rentabilidade que viu na contratação.

A rentabilidade da carteira de ativos!

Se você entendeu ao menos um pouco do que falamos acima, sobre avaliar a rentabilidade de um investimento financeiro, aprendeu que ficar preso a um ou outro ativo pode não ser o ideal para você, certo? O motivo é muito simples: um ativo de curto prazo pode render menos do que de longo prazo.

avaliar a rentabilidade de um investimento financeiro

Agora, o que se deve fazer nesse caso? Uma boa ideia é avaliar a rentabilidade da carteira toda. Sendo assim, se na sua carteira há ativos de curto prazo (reserva), de médio prazo (carro, casa, viagens) e de longo prazo (aposentadoria), então, você busca o rendimento médio.

Inclusive, essa mesma ideia é a que mais comprova a importância da diversificação dos ativos. Assim sendo, quem tem mais ativos na renda fixa pode ter um rendimento menor do que quem aplica mais na renda variável. Mas, obviamente, nesse caso o risco é maior também.

Portanto, jamais se esqueça de alinhar os seus ativos com os seus objetivos. Inclusive, há muito educador dizendo que é mais importante manter a regularidade dos aportes e o prazo final do ativo do que propriamente buscar aqueles com melhores rendimentos.

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